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FACULDADE ESTÁCIO DO RIO GRANDE DO NORTE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA E GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR
RICARDO DE OLIVEIRA GOMES
A PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES DE FÍSICA NAS INSTITUIÇÕES DE
ENSINO SUPERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PARA O
EXERCÍCIO DE SUA PROFISSÃO
NATAL/RN
2016
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RICARDO DE OLIVEIRA GOMES
A PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES DE FÍSICA NAS INSTITUIÇÕES DE
ENSINO SUPERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PARA O
EXERCÍCIO DE SUA PROFISSÃO
Trabalho apresentado a Disciplina de
Metodologia do Trabalho Científico, como
requisito parcial para aprovação na disciplina
de Metodologia do Trabalho Científico. Sob
orientação do Professor: Wellington Lopes.
NATAL/RN
2016
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SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA...................................................................................................04
1.1 OBJETIVOS..........................................................................................................04
1.1.1 Objetivo Geral.................................................................................................04
1.1.2 Objetivos Específicos......................................................................................04
2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................06
2.1 O ENSINO DE FÍSICA E SUA ORIENTAÇÃO PARA O ENSINO
MÉDIO.......................................................................................... ..............................06
2.2 O PCN DE FÍSICA E SUA ORIENTAÇÃO PARA O ENSINO DA DISCIPLINA NO
ENSINO MÉDIO.........................................................................................................06
2.3 A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE
FÍSICA.......................................................................................... ..............................07
2.4 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FÍSICA E CIÊNCIA PARA A
EDUCAÇÃO BÁSICA.................................................................................................08
3 METODOLOGIA........................................................................................ .............09
3.1 TIPO DE PESQUISA............................................................................................09
3.2 CONTEXTO E INVESTIGAÇÃO..........................................................................09
3.3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS............................................................09
3.4 ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................10
REFERÊNCIAS

1 JUSTIFICATIVA

O presente Projeto de Pesquisa busca apresentar algumas discussões acerca
de como se dá a formação acadêmica dos Professores de física, assim, toma-se
como base da pesquisa o relato da experiência vivenciada por um bolsista do PIBID
de Física do IFRN/ campus João Câmara.
Assim, ao termino da pesquisa busca-se compreender melhor se: realmente
os futuros professores de física conseguem adquirir a formação de qualidade, que o
prepara para uma sala de aula?

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 OBJETIVO GERAL

 Fazer um relato das experiências vivenciadas como bolsista de iniciação à
docência de Física do IFRN/campus João Câmara, desenvolvendo atividades
em uma escola da rede estadual da cidade, e assim compreender como se dá
a formação do Professor de física.

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar as principais contribuições da experiência como bolsista para a
formação do licenciando;
 Refletir de forma crítica, com o auxílio das teorias, sobre a experiência
vivenciada;
 Refletir sobre as possíveis contribuições do PIBID ao grupo de alunos da
escola parceira.
Justifica-se a elaboração desse Projeto de Pesquisa e a busca de
compreender melhor acerca de como esta a formação dos Professores de física,
para assim compreender como se dá o ensino da física nas escolas de educação
básica, tomando como referencia a formação desses professores e a prática
vivenciada do Programa PIBID.
Assim, através das pesquisas realizadas verifica-se que o ensino no século
XXI tem sido orientado para uma formação cidadã, independente da disciplina
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ministrada. O ensino da Física, por exemplo, ganhou um novo sentido a partir das
orientações dos PCN para o ensino da Física. Nesse contexto, o PCN para o Ensino
Médio no que diz respeito ao ensino de Física, mostra importante ter a compreensão
de que:
A Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução
cósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas
que compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas
fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse
conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania
contemporânea. Espera-se que o ensino de Física, na escola média,
contribua para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao
indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais,
situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como
parte da própria natureza em transformação. (BRASIL, 2005, p. 22)
Como podemos perceber, o ensino da Física não pode e não deve ser mais
concebido apenas como uma mera decoreba, onde os alunos não conseguem
assimilar os conteúdos programáticos pelo simples fato de não compreenderem o
porquê de estarem estudando tais assuntos.
O conhecimento da Física na escola do século XXI ganhou novos “ares”,
onde o aluno precisa construir uma visão da Física que esteja voltada para a
compreensão de como usar os conteúdos estudados no seu dia a dia e em prol do
outro.
Acrescenta-se ainda que o motivo que motivou a falar do ensino da Física na
rede publica de ensino são vários e um deles é a falta de laboratórios nas maiorias
das escolas e quando existe algum este já se encontra sucateado em total estado de
abandono tanto nas escolas estaduais como nas escolas municipais do Rio Grande
do Norte, dificultando a aprendizagem destes alunos que têm em sua maioria aulas
apenas na teoria e não na pratica.
Através da pratica como docente através do PIBID, e como discente na
formação de Professor de Física, através da formação acadêmica em Licenciatura
em Física, foi possível verificar como é a formação e como se dá a prática. A falta de
uma estrutura nas escolas públicas e a constante mudança de governantes faz a
educação do nosso estado e a educação do município ficar cada vez mais
decadentes. Assim sendo, os alunos não têm a mínima condição de ter um ensino
de qualidade diante de toda essa falta de atenção por parte do governo. Além dos
problemas já citados, há ainda o conflito interno, por assim dizer.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O ENSINO DE FÍSICA E A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

O ensino no século XXI tem sido orientado para uma formação cidadã,
independente da disciplina ministrada. O ensino da Física, por exemplo, ganhou um
novo sentido a partir das orientações dos PCN para o ensino da Física. Nesse
contexto, o PCN para o Ensino Médio no que diz respeito ao ensino de Física,
mostra importante ter a compreensão de que:
A Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução
cósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas
que compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas
fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse
conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania
contemporânea. Espera-se que o ensino de Física, na escola média,
contribua para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao
indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais,
situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como
parte da própria natureza em transformação. (BRASIL, 2005, p. 22)
Como podemos perceber, o ensino da Física não pode e não deve ser mais
concebido apenas como uma mera decoreba, onde os alunos não conseguem
assimilar os conteúdos programáticos pelo simples fato de não compreenderem o
porquê de estarem estudando tais assuntos.
O conhecimento da Física na escola do século XXI ganhou novos “ares”,
onde o aluno precisa construir uma visão da Física que esteja voltada para a
compreensão de como usar os conteúdos estudados no seu dia a dia e em prol do
outro. A educação tem o dever de preparar seus alunos para pratica da cidadania,
além de qualificar seus alunos para o trabalho.

2.2 O PCN DE FÍSICA E SUA ORIENTAÇÃO PARA O ENSINO DA DISCIPLINA NO
ENSINO MÉDIO

Ao ler acerca do que os PCN de Física orientam para o ensino da disciplina
no Ensino Médio, foi compreendido que, na contemporaneidade, o ensino da
disciplina é muito mais que apenas decorar fórmulas e fazer experiências, é permitir
que os alunos aprendam o porquê das formulas e como usar as experiências no seu
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dia-a-dia. Ao ensinar a Física na escola é necessário que os alunos compreendam
como usar a Física no seu cotidiano e assim possam mudar sua realidade. De
acordo com o PCN de Física para o Ensino Médio:
A presença do conhecimento de Física na escola média ganhou um novo
sentido a partir das diretrizes apresentadas nos PCN. Trata-se de construir
uma visão da Física que esteja voltada para a formação de um cidadão
contemporâneo, atuante e solidário, com instrumentos para compreender,
intervir e participar na realidade. Nesse sentido, mesmo os jovens que, após
a conclusão do ensino médio não venham a ter mais qualquer contato
escolar com o conhecimento em Física, em outras instâncias profissionais
ou universitárias, ainda assim terão adquirido a formação necessária para
compreender e participar do mundo em que vivem (BRASIL, 2000, p. 24-
25).
Diante disso, o ensino de Física deve acontecer de forma que os alunos
possam compreender os fenômenos naturais e tecnológicos, presentes no seu
cotidiano e no universo que se distancia da sua realidade.
É sabido que a Física possui especificidades apenas cabíveis a sua
competência, por esse motivo, não podemos fugir das regras e normas implantadas
pela mesma. Por esse motivo, cabe ao professor descobrir metodologias para
desenvolver suas aulas de forma que o aluno interaja com o conteúdo, e consiga
relacioná-lo com sua aplicabilidade no seu dia-a-dia.
A Física deve apresentar-se, portanto, como um conjunto de competências
específicas que permitam perceber e lidar com os fenômenos naturais e
tecnológicos, presentes tanto no cotidiano mais imediato quanto na
compreensão do universo distante, a partir de princípios, leis e modelos por
ela construídos. Isso implica, também, na introdução à linguagem própria da
Física, que faz uso de conceitos e terminologia bem definidos, além de suas
formas de expressão, que envolvem, muitas vezes, tabelas, gráficos ou
relações matemáticas. Ao mesmo tempo, a Física deve vir a ser
reconhecida como um processo cuja construção ocorreu ao longo da
história da humanidade, impregnada de contribuições culturais, econômicas
e sociais, que vem resultando no desenvolvimento de diferentes tecnologias
e, por sua vez, por elas impulsionado (BRASIL, 2000, p. 25).

2.3 A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA

É preciso pensar a respeito de como aproximar os conteúdos que estão
sendo estudados com sua utilização na vida do aluno. Nesse contexto, os
experimentos usados em sala de aula são bons para essa aproximação.
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O ensino de Ciências tem sempre considerado a utilização de atividades
experimentais, na sala de aula ou no laboratório, como essencial para a
aprendizagem cientifica. No entanto, falar em experimentação remete às
concepções do professor sobre o que ensina, o que significa aprender, o
que é ciência e, com isto, o papel atribuído à experimentação adquire
diferentes significados (ROSITO in MORAES, 2000, p. 195).
Como podemos compreender de acordo com o pensamento da autora,
ensinar através de experimentos, também nos remete a refletir sobre o que é
ensinar e como ensinar. Ensinar com experimentos não garante um aprendizado
significativo se o professor não conseguir relacionar o conteúdo com o experimento
de forma clara e objetiva. É necessário ainda desenvolver no aluno o senso crítico
de conseguir relacionar o conteúdo estudado e sua utilização no seu dia a dia.
O objetivo das atividades relacionadas ao conhecimento cientifico é fazer os
alunos resolverem os problemas e questões que lhes são colocados, agindo
sobre os objetos oferecidos e estabelecendo relações entre o que fazem e
como o objeto reage à sua ação (CARVALHO et al, 1998, p. 20).

2.4 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FÍSICA E CIÊNCIAS PARA A
EDUCAÇÃO BÁSICA

A sala de aula pode ser considerada como um laboratório vivo para a
aprendizagem de diversas áreas. Na pratica docente, por exemplo, podemos
considerar a sala de aula como uma forma de conseguir relacionar aquilo que
aprendemos na teoria com o que, de fato, acontece na prática. É percebida, de
modo geral pelos estudantes, uma grande diferença que há com o que aprendemos
nos “bancos da faculdade” com o que desenvolvemos nas salas de aula,
principalmente tratando-se de escolas publicas.
Este dado pode ser resultado, dentre outras coisas, do pouco entrosamento
destes educadores com as colaborações das pesquisas e a inovação didática.
Pode se chegar assim à conclusão de que nós professores de ciências, não
só carecemos de uma formação adequada, mas não somos sequer
conscientes das nossas influencias. Como consequência, concebe-se a
formação do professor como uma transmissão de conhecimentos e
destrezas que, contudo, têm demonstrado reiteramente suas insuficiências
na preparação dos alunos e dos próprios professores (PEREZ e
CARVALHO, 2011, p.15)

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

O estudo busca relatar a experiência como bolsista do PIBID de Física do
IFRN/João Câmara, em especial na Escola Estadual Antônio Gomes. Pretende
assim, como consequência, identificar a relevância do programa tanto para o
licenciando em questão, quanto para os alunos da escola parceira do PIBID.
A pesquisa desenvolvida é caracterizada como um relato de experiência,
uma vez que apresenta um relato das experiências vivenciadas como bolsista do
PIBID. Essa forma de pesquisa é descrita por Fontanella (2011) como:
O relato de experiência tem como principal objetivo dar uma orientação
geral ao autor com relação à estruturação de relatos de experiência
profissional. A relevância de um relato de experiência está na pertinência e
importância dos problemas que neles expõem, assim como o nível de
generalização na aplicação de procedimentos ou de resultados da
intervenção em outras situações similares, ou seja, serve como uma
colaboração à práxis metodológica da área a qual pertence (FONTANELLA,
2011, p. 24).

3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para dar inicio à elaboração do presente trabalho foi percebida a necessidade
de realizar uma revisão bibliográfica sobre o tema. Assim, pesquisamos sobre: o
PIBID (ou seja, o que é o programa a nível nacional), a formação de professores e
sobre a experimentação no ensino de Física. Foram lidos alguns trabalhos como
artigos que descreviam em seu conteúdo assuntos que se relacionavam ao tema
proposto. As diretrizes e PCN para o ensino da Física, também foram fundamentais
para embasar teoricamente o tema proposto. Algumas obras também foram
relevantes como: Formação de Professores de Ciências e Ensino de Física, entre
outras obras. Para o desenvolvimento do trabalho também foram analisados artigos
acadêmicos relacionados ao tema, entre pesquisas em sites, monografias e livros.
Em seguida, foram coletados os dados necessários para o relato de
experiência. Para isso, utilizamos os arquivos adquiridos durante a experiência
vivenciada como bolsista PIBID, como, por exemplo: as fotos, os relatórios e os
planos de intervenção didática. As fotos elaboradas durante a maioria das ações
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auxiliaram na demonstração do empenho e desempenho dos alunos durante as
intervenções didáticas. Os relatórios - que eram exigência do programa - ajudaram a
nortear como foi desenvolvida a experiência e relembrar as vitórias e dificuldades
enfrentadas durante o tempo como bolsista. Os planos de intervenção didática
auxiliaram na organização de cada ação na escola, como também no
desenvolvimento da pesquisa, uma vez que eles explicam como foram elaboradas e
desenvolvidas cada intervenção.

3.4 ANÁLISE DE DADOS

A análise dos dados será feita selecionando algumas experiências como
pibidiano na Escola Estadual Antônio Gomes e refletindo sobre essas experiências,
com a ajuda das fontes teóricas.
Essas fontes teóricas ajudaram a compreender melhor aquilo que foi
vivenciado na pratica, pode-se entender, portanto, a necessidade de ter
conhecimento na prática para que a teoria, de fato, seja compreendida.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2000. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/08Fisica.pdf. Acesso em: 18 mar. 2014.
___________. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio – Bases Legais.
Brasília: MEC, 2000.
CARVALHO, Anna M.Pessoa de. Formação de Professores de Ciências: tendências
e inovações. São Paulo: Cortez, 2011.
__________. et al. Ciências no Ensino Fundamental: O conhecimento físico. São
Paulo: Scipione, 1998.
FONTANELLA, v. 6, n. 21 (2011). Iniciação científica com pesquisas qualitativas:
relato da experiência de um grupo de professores e alunos de Medicina. Disponível em:
http://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/411. Acesso em: 06 de agosto de 2014.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008.
Disponível em: http://wp.ufpel.edu.br/ecb/files/2009/09/Tipos-de-Pesquisa.pdf. Acesso
em: 30 de julho de 2014.
MORAES, Roque (Org.). Construtivismo e ensino de ciências: reflexões
epistemológicas e metodológicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.
ROSA, C. T. Werner da; ROSA, Álvaro Becker da. Física na Escola. V. 13, n.1, 2012.