A PRÁTICA DE ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA: A experiência do Estágio Curricular Supervisionado III na Escola Estadual Professora Vanda da Silva Pinto

Viviane Lopes da Silva Sobreira[1]

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo principal mostrar as experiências vividas nas turmas do 1° ao 3° ano do Estágio Curricular Supervisionado III no total de seis turmas. Através das observações e a prática dentro da sala de aula, que se realizou na Escola Estadual Professora Vanda da Silva Pinto ensino médio regular, município de Boa Vista/RR. Durante o estágio a metodologia utilizada dentro da sala de aula foram aulas expositivas e as metodologias ativas como grande apoio para o aprendizado dos discentes. O estágio faz parte do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Roraima. Assim, o estágio leva o estagiário a viver a realidade de um docente dentro da sala de aula, no estágio que o futuro professor constrói saberes, experiências no período de regência. Portanto comprova-se que o Estágio Supervisionado é de suma importância para a vida do futuro professor de Geografia, onde se ver o dia a dia do professor, como é o processo de funcionamento da escola. Cabendo ao futuro docente ministrar com as experiências adquiridas no estágio, ministrar as aulas futuras com criticidade instigando o discente para a criticidade, despertando a curiosidade. Diante disso, as aulas lecionadas foram de grande valia para o crescimento do futuro docente.  

Palavras-chaves: Estágio Supervisionado. Ensino de geografia. Experiência acadêmica. Metodologias Ativas.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi realizado a partir das experiências vividas no Estágio Curricular Supervisionado III, que faz parte da grade do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Roraima, realizado no período de 12 de março a 02 maio de 2019. O Estágio é um momento importante para vivência do estagiário no espaço escolar, onde é preparado para exercer a função de docente.

O método utilizado durante o estágio foram aulas expositivas e as metodologias ativas que tira o aluno do modelo passivo para o ativo, um método que no qual vem tomando espaço dentro do ensino de acordo Toledo e Lage (2013, p. 13)

As metodologias ativas concebem a educação como uma maneira de mostrar caminhos para a autonomia, a autodeterminação do aluno, pessoal e social. Então, elas são indispensáveis para o desenvolvimento da consciência crítica, com o propósito de modificar a realidade.

Para tanto, esse método se realizou no estágio e fora de grande valia dentro da regência para o crescimento acadêmico e os discentes que participaram desta jornada. Portanto de acordo com Pimenta (2005) o estágio leva o futuro docente à realidade vivida por um professor, confrontando a teoria e a prática, motivando ou desmotivando, assim, decisões são tomadas no estágio que começa a construção da identidade do futuro professor.

GEOGRAFIA ESCOLAR: AS FORMAS DE ABORDAGEM DOS CONCEITOS ESSENCIAIS NO ENSINO MÉDIO

O conhecimento geográfico na vida do discente é primordial, para que o aluno saiba distinguir cada conceito da Geografia, para não ficar no alfabetismo do ensino médio. Cabe ressaltar que a Geografia é uma ciência e precisa ser compreendida por todos de maneira mais eficaz. Dentro da Geografia encontram-se vários ramos de conhecimento, que não está estanque, é um campo aberto que trabalha como ciência, como salienta Andrade (2008, p.18), Admite-se que a Geografia se tornou uma ciência autónoma a partir do século XIX, graças aos trabalhos dos geógrafos alemães Alexandre von Humboldt e Karl Ritter, e foi no século XIX que surgiram ou ganharam autonomia as demais ciências sociais, salvo a Economia Política, desenvolvida a partir dos trabalhos de Adam Smith, já no século XIII. Isto não quer dizer que não existissem um conhecimento geográfico e uma aplicação da Geografia desde a pré-história; conhecimento e aplicação que foram expandindo-se à proporção que a civilização foi desenvolvendo-se e a sociedade aumentando a sua capacidade de dominar e modificar a natureza, para melhor desfrutar dos recursos nela disponíveis. A Geografia existe várias formas de abordagem dentro do campo educacional, que perpassa os vários entendimentos que foram evoluindo a cada século. Para tanto, no ensino médio a geografia é trabalhada de forma mais profunda, mais detalhada onde o aluno já vem com uma bagagem de conhecimento do ensino fundamental. O ensino médio são três etapas 1°, 2° e 3° ano e a cada ano que passa os conhecimentos adquiridos do ano anterior ajuda no processo de crescimento para a sua vida. Assim, a Geografia foi consolidando-se até nos tempos atuais, ampliando-se no meio da sociedade. Os Parâmetros Curriculares (1998, p.25) deixa claro que, O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreender de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva. Para tanto, porém, é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos com os quais este campo do conhecimento opera e constitui suas teorias e explicações, de modo que possam não apenas compreender as relações socioculturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento geográfico. Portanto a formação do discente sobre o conhecimento geográfico no ensino de geografia é essencial para que o aluno, no decorrer dos anos venha ter várias opiniões próprias sobre os conceitos estudados, entender os processos culturais, sócio espacial e econômico que acontecem na sua cidade, estado, país e mundo. Assim, o discente do ensino médio, é necessário conhecer o mundo pelo método de análise e investigação procurando formar um cidadão participativo, levando a organização do espaço local, nacional e mundial, bem como as interrelações, enfim entender a sociedade como um todo, ser um cidadão crítico não tendo assim, uma visão fechada. Cavalcanti corrobora da seguinte maneira, A construção e reconstrução do conhecimento geográfico pelo aluno ocorrem na escola, mas também fora dela, como se verá mais adiante na análise das representações sociais do aluno. Entretanto, a ampliação desses conhecimentos, a ultrapassagem dos limites do senso comum, o confronto de diferentes tipos de conhecimentos, o desenvolvimento de capacidades operativas do pensamento abstrato são processos que podem ser potencializados com práticas intencionais de intervenção pedagógicas (CAVALCANTI, 2012, p. 12). No contexto de construção e reconstrução o discente processa na maioria dos casos gradualmente as informações dos conceitos geográficos, o aluno tem que entender seu espaço no contexto no qual está inserido no mundo, percebendo as interações que acontece no mundo de forma clara e objetiva. Entendendo assim, a importância da Geografia na vida como o todo. Segundo Callai (2004, p. 3) “E cada lugar responde aos estímulos gerados externamente (globalmente), de acordo com a capacidade de organização das pessoas e dos grupos que ali habitam”. Cabendo ao educador trabalhar esse processo de aprendizagem, com ajuda de métodos no qual estimulará que cada discente tenha essas percepções, de cada movimento que envolve o meio em que vive. Segundo Pinheiro (2006) uma abordagem da geografia que tem crescido nestes últimos anos é a interdisciplinaridade, na qual gera uma dinamicidade entre as disciplinas que não deve ser ignorado, mas sim olhar como ajuda para fomentar o conhecimento dentro do que for trabalhado com os docentes, devendo ser respeitado cada área de conhecimento. [...]