A PLURALIDADE CULTURAL BRASILEIRA DENTRO DA SALA DE AULA
Publicado em 13 de março de 2018 por Ciro Toaldo
Muitas são as demandas que se apresentam na escola hoje. Ter por função apenas “transmitir os conhecimentos acumulados pelas gerações passadas” deixou de ser a muito tempo a função da escola, embora haja controvérsias e polêmicas sobre o que, concretamente, essa instituição está fazendo na atualidade, principalmente em relação à diversidade étnica e cultural que existe na sociedade e, é inegável que as demandas e as exigências da sociedade em relação à escola têm aumentado muito.
O que se deseja, segundo Alarcão (2001) é uma escola reflexiva, que pensa continuamente a si própria, revendo sua função social e organizativa, buscando proporcionar ambientes formativos que favoreçam o cultivo de atitudes e capacidades que permitam ao indivíduo viver, conviver e intervir em sociedade, em interação com outros cidadãos.
Diante dessa multiplicidade de funções, que abrange a formação de um cidadão, capaz de agir e de interagir no mundo em que vive, não apenas com competências cognitivas desenvolvidas, mas, principalmente, com aquisições também afetivas, pessoais e sociais, que lhe possibilitem atitudes e valores positivos para uma transformação social efetiva, que torne o mundo globalizado menos excludente e mais humano, percebe-se que a escola não pode trabalhar sozinha.
É imprescindível que a escola desenvolva ações que permita que seus alunos reflitam a respeito da diversidade étnica e cultura existente bem próximo dele, para que ele possa, além de respeitar, valorizar, perceber que ainda não existe a plena aceitação da diversidade étnica e cultural de nosso país, pois fomos educados para aceitar a cultura do branco dominador, vindo da Europa.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 e com a implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, nossa educação passou a ser contagiada por vários elementos que buscaram enaltecer a pluralidade cultural de nossa nação. Dentro destes parâmetros, dentro dos temas transversais, existem tópicos específicos que tratam a respeito da pluralidade cultural existente em no país que devem ser focados principalmente no índio, negro e no migrante.
Despertar no professor e no aluno os conceitos de etnia, raça e a diversidade cultural, apesar de ainda ser desfio em nossas escolas é algo que começa apresentar resultados.
É importante frisarmos que a importância da diversidade cultural – ela precisa ser trabalhada na sala de aula – pois, também é uma forma de solidificar a democracia e os valores que enaltecem a cidadania.
Considerando que compreender, sem preconceitos e pré-julgamentos, as condições, limitações e os próprios conflitos que surgiram, principalmente da imposição de uma única cultura, presentes na maneira de pensar e agir, das pessoas ligadas ao senso comum seja um dos grandes dos grandes desafios das escolas que se comprometem com os princípios de cidadania e que visam à plena formação de seus alunos, leva-nos a afirmar à importância de se abordar às questões ligadas a diversidade cultural.
Mesmo que seja uma tarefa complexa, pois é preciso que a escola como um todo seja despojada dos muitos preconceitos e concepções culturalmente arraigadas, principalmente quanto aos índios e negros, fruto de uma construção histórica, que se disseminaram na sociedade, transformando estas duas culturas em violões e relegadas ao segundo plano; entreato, trabalhos como este nos fazem compreender o quanto é importante o resgate de nossa verdadeira cultura e, em última instancia, quem formou a sociedade brasileira.
Portanto, é preciso que haja uma colaboração fundamental e um grande entendimento, entre escola e sua visão de cidadania, para que os professores ajudem a formar novos cidadãos, não apenas a comprometidos com a melhoria do contexto social, mas com um compromisso de se edificar uma concepção diferencia de etnia, raça e cultura.