Ao longo dos últimos anos a Cultura Organizacional vem recebendo uma atenção cada vez mais visível nos meios acadêmicos e empresariais. Essa realidade é compreendida quando se parte do fato da atual percepção da sua importância, já que sua influência não se limita somente ao meio empresarial, mas reflete no comportamento dos indivíduos em qualquer esfera de interação social. O seu reconhecimento em um estudo mais formal permite que as mensagens e os comportamentos convenientes possam ser estrategicamente reforçados e aderidos entre os membros. Portanto, o presente artigo tem como propósito identificar a percepção dos líderes de diferentes departamentos de uma empresa sucroalcooleira quanto à cultura organizacional. Diante disso, foi realizado um estudo de caso empregando o método quantitativo (escala de Likert) utilizando o Modelo de Barros & Prates como instrumento de identificação da cultura organizacional, o qual propõe nove traços culturais presentes no
ambiente empresarial brasileiro: Concentração de Poder, Personalismo, Paternalismo, Postura de Espectador, Formalismo, Impunidade, Lealdade Pessoal, Evitar Conflito e Flexibilidade.
Os resultados apontaram que a empresa pesquisada possui vários traços típicos da cultura brasileira, mostrando-se positivos em alguns momentos e opondo-se à moderna Gestão com
Pessoas em determinadas circunstâncias. Finalmente, foi possível concluir que a identificação e a formalização da cultura organizacional permite implantar ações estratégicas em prol da
melhoria dos resultados produtivos, uma vez que ela serve de senso norteador comum para os colaboradores, compreendendo valores e costumes que vigoram com mais intensidade no
ambiente da organização, determinando, portanto, o comportamento das pessoas vinculadas a ela.