RESUMO

O presente artigo ressalta que desenvolvimento integral da criança depende do meio sociocultural. A criança que sofre abusos físicos sexuais psicológica afeta o desenvolvimento global. Tendo como objetivo conhecer os tipos de abusos comuns contra criança a adolescente quais as percepções diante de alunos que foram vítimas de violências. Método estudo bibliográfico através de livros e artigos.  Os resultados da pesquisa realizada foram comparações entre os teóricos que garantem que criança abusada podem trazer consequências penosa causando danos irreparáveis nos desenvolvimentos físico, psíquico, social e moral. 

Introdução 

A exploração das violências físicas psicológicas e dos abusos sexuais contra crianças e adolescente é um fenômeno complexo, suas causas são múltiplas e de difícil definição. No entanto, suas consequências são devastadoras para as crianças, vítimas diretas de seus agressores. Ao contrário do que se pensam as desigualdades sociais não são fatores determinantes da violência do abuso sexual, e maus tratos, pois está se encontra democraticamente dividida em todas as classes sociais. No mundo inteiro e em todas as classes sociais, a violência sexual e os maus tratos contra criança e adolescente estão cada vez mais conhecida e divulgada. Os maus tratos e os abusos sexuais são praticado peles pessoas próximas das vítimas e na maioria das vezes são abusadas por pessoas que deveriam dar apoio e proteção, sabe-se que as crianças e adolescentes vítimas de violências carregam sequelas que prejudicam o desenvolvimento afetando o ensino aprendizagem nas escolas e as relações interpessoais, tornando-as pessoas introspectivas, reservadas, com dificuldades de se relacionarem com outras pessoas, ou também sendo agressivas, pois a violência vivida em casa é refletida pela criança através do comportamento. Para a realização deste relatório foi utilizado suporte teórico de vários autores que tratam da violência contra a criança e adolescentes como: Andrade (2006), Pelt (2006), Áries (1981), Azevedo (1995), Andrade (2006), Bandeira e Freire (2006). Ferrari (2004) e outros.

1.0 A INFÂNCIA X CRIANÇA: DO SENTIMENTO DE INFÂNCIA E PROTEÇÃO CONTRA A VIOLÊNCIA.

A infância ou o sentimento de infância é um fenômeno histórico. De acordo com estudos realizados, na Idade Média esse sentimento não existia. Quando a criança não precisava mais do apoio constante da mãe ou da ama (por volta de 5 a 7 anos), ela já ingressava na vida adulta, isto é, passava a conviver com os adultos sem haver um período de transição. Ela era considerada um adulto em miniatura, pois executava as mesmas atividades dos mais velhos. Era como se a criança pequena não existisse. Segundo Ariés (1981) O indivíduo só passava a existir quando podia se misturar e participar da vida adulta. Não se dispensava um tratamento especial para as crianças, o que tornava sua sobrevivência difícil. Tudo leva a crer que - para o pensamento da época - não se acreditava que a criança já contivesse a personalidade humana, sobretudo, devido ao alto índice de mortalidade que estimulava a ideia de que era preciso ter vários filhos para se salvar alguns. Segundo Ferrari (2004, p. 30) a violência possui raízes profundas nas relações de dominação sobre as mulheres e crianças eram subordinadas aos homens, chefes de família, no núcleo familiar e submeteram meninos e meninas a violências. Ressalta a autora que durante toda nossa história sempre existiu a violências contra crianças e adolescentes muitas vezes eram oferecidas aos deuses como forma de salvamentos e fertilidades das Terras. Miller (1994,p.34) ressalta que durante muito tempo as crianças eram considerada propriedade dos adultos eram sujeitas aos abuso físicos ou sexual. Em todos os tempos, o domínio do mais forte sobre o mais fraco sempre existiu e na antiguidade não eram denunciados não havias leis que amparavam as violências contra crianças e adolescentes. Se crianças morriam por abuso causado por ou não violências a idéia era de "perda eventual" era presente à época. Em síntese, como muitas crianças morriam devido às precárias condições de vida, pensava-se que um desígnio divino determinava a sobrevivência de apenas algumas crianças. 11 Segundo as leis da constituição federal de 1988 no artigo 227 os pilares da doutrina da proteção integral obrigando, conjuntamente, família, sociedade e Estado no dever de garantir à criança e ao adolescente os cuidados necessários ao seu pleno desenvolvimento: Art.227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a criança e ao adolescente, com prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação e ao lazer á profissionalização, á cultura, á dignidade, ao respeito, á liberdade e á convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Esta lei ressalta a proteção integral da criança diante do contexto cultural e econômicos são explicações necessárias e esclarecimento para a sociedade, pois sabe-se que na maioria das vezes as leis permanecem somente no papel podendo esclarecer as leis através de palestras para toda sociedade. É a partir do século XVII que as crianças começam, muito timidamente, a receber outro olhar, embora muito aquém dos dias de hoje. Do anonimato, passaram a ser seres engraçadinhos, que davam diversão. Segundo Ariés (1981) A aprendizagem que se dava no trabalho com os adultos passa a acontecer nas escolas, e começa uma preocupação com o infanticídio. No século XVII, de um infanticídio secretamente admitido passou-se a um respeito cada vez mais exigente pela vida da criança. A saúde da criança passou a ser uma preocupação inclusive do Estado, que preconizava a importância da população para um país. Com isso, a presença da mãe junto a seu filho é cobrada de forma ilimitada. A maternidade passa a ser um ideal e assumi-la, sacrificando-se pelo filho, é característica de uma boa mãe. De acordo com Áries (1981), a noção, os sentimentos sobre a infância perpassam um pouco mais de trezentos anos. Esta nova concepção decorre devido a uma nova configuração da família que instaura novos modos de socializar e transmitir conhecimento a partir do século XVII.   [...]