UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

CAMPUS ROLIM DE MOURA

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

CURSO DE ESPECIALIÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA

 

DISCIPLINA: Desenvolvimento, diversidade e políticas públicas

TURMA: 2020 1

PROF. Dr. Nelbi Alves da Cruz

DISCENTE: Beatriz Joana dos Santos

 

A PANDEMIA ENTRELAÇADA COM A DIVERSIDADE E AS POLÍTICAS PÚBLICAS

Neste ano de 2020 a humanidade foi surpreendida por uma pandemia denominada Covid-19, chamada pela ciência de Sars-COV-2. Este vírus tem causado problemas de ordem econômica, política e social de proporções ainda incalculáveis a nível mundial.  É catastrófica a situação em que o mundo tem vivenciado nos últimos meses. A humanidade se viu obrigada a vivenciar o isolamento social para se proteger de tal situação, mas a necessidade de sair para trabalhar, para estudar, para ir as comprar acaba por proliferar a doença, causando assim um número muito alto de pessoas hospitalizadas e em consequência disso muitas mortes. Dentre todas as problemáticas ocasionadas a partir dessa pandemia, as que ganham destaque são as questões relacionadas a saúde e educação.

O Sistema Único de Saúde- SUS entrou em colapso em vários países, faltaram medicamentos, testes, leitos de UTI para os pacientes que tiveram o problema mais agravado. No Brasil, o desafio tem sido grande diante de tal realidade, foi preciso criar mecanismos para garantir os primeiros atendimentos, mobilizar força de trabalho qualificada, disponibilizar insumos como máscaras e ventiladores mecânicos e até mesmo construir hospitais de campanha e ampliar os leitos de unidades de terapia intensiva, as UTIs.(https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/os-impactos-da-covid-19-na-transformacao-do-sistema-de-saude)

Ao longo desses meses houveram momentos em que a saúde Brasileira passou por um enorme colapso, faltaram leitos de UTI, faltaram testes rápidos, medicamentos e ventiladores mecânicos, vidas e vidas ceifadas por esta doença tão contagiosa, pessoas internadas longe de suas famílias, sem poder receber se quer uma visita, e sem a expectativa de voltar a rever seus entes queridos. Pessoas enterradas sem que as famílias possam fazer sua última homenagem. A situação inicial é assombrosa, o medo se instala na vida da maioria das pessoas, a incerteza, a ansiedade, os problemas de saúde que vão surgindo a partir dessa pandemia são assustadores. Essas questão que nos leva a reflexão da falha que existe no Sistema de Saúde, coisas que hoje estão em falta nos atendimentos já deveriam existir no SUS, mesmo sem existir uma pandemia, o que deixa evidente a falha do Ministério da Saúde do Brasil, mostra o quanto o Brasil investe pouco na saúde, mesmo que haja recursos para isso, não está sendo feito, reforça-se assim uma das bandeiras de luta e enfrentamento que é preciso que os políticos e a sociedade coloquem em pauta que é a luta pelo SUS que venha a ser trabalhado de forma correta e transparente.

A Educação no Brasil também sofre impacto grande diante da pandemia. O Sistema Educacional precisou buscar meios para se adaptar a essa nova realidade, os profissionais da educação tiveram que se adaptar as aulas de forma remota, a fim de proporcionar aos alunos uma modalidade alternativa de estudos, para garantir o processo de ensino e aprendizagem, conforme peculiaridades das famílias, a partir da reorganização do tempo e das práticas pedagógicas, para amenizar os impactos durante decreto de calamidade pública.

Tanto os profissionais envolvidos quanto os alunos encararam, num primeiro momento, um grande desafio de adaptação diante da realidade que foi inesperadamente causada pela Pandemia, mas que gerou um inquietação em todos no sentido de buscar meios de fazer com que esse período não fosse perdido em termos de aprendizagem e que não prejudicasse também a questão dos profissionais da educação.

É uma situação nova para a maioria dos professores a questão de trabalhar virtualmente, todos estão passando por um processo de adaptação diante dessa nova realidade. Portanto, ressalto aqui com ênfase na minha experiência enquanto Educadora Infantil, essa nova modalidade de trabalho triplicou na pesquisa e planejamento das atividades remotas, no diálogo diário com as famílias a fim de que acompanhem o desenvolvimento das atividades dos filhos. Deve-se levar em consideração também que muitas escolas não tem os infraestrutura para a efetivação da educação a distância e a maioria dos alunos também não tem acesso aos recursos tecnológicos, o que dificulta o processo.

A partir da vivência da pandemia foi possível refletir sobre a diversidade e, portanto, as especificidades do campo, e se afirmar a necessidade de uma educação e de uma escola que atenda e alimente essa dinâmica formadora, tanto da sociedade quanto dos indivíduos, definindo, cada vez mais, a função social da educação e da escola em um projeto de inserção do campo no conjunto da sociedade.

A pandemia trouxe e continuará a trazer efeitos que irão permanecer por longo tempo nas nossas vidas, na forma de se comportar e de se relacionar com o outro e com o mundo, será preciso se adaptar a esta nova realidade.  É preciso crer que esse seja um momento de aprendermos juntos a cuidar um do outro, e ver essa nova realidade de adaptação tecnológica como possibilidade de aceso a aprendizagem. Precisamos lidar com essa situação nova que está sendo a nós apresentada com equidade diante das diversidade que temos, garantindo assim que todos os envolvidos no processo de aprendizagem tenha sucesso nesse processo. 

O acesso ao uso das tecnologias que nesse momento traz a possibilidade de aprender juntos, mesmo que de longe precisa ser vista como renovação, de uma escola que precisa ser refeita nesse momento de pandemia, e esta deve ser a nossa preocupação e luta pela educação, quando digo nossa, me refiro a todos os envolvidos com a escola e que almejam que o conhecimento continue a ser semeado mesmo durante momentos de tanta dúvida e medo, a esperança de dias melhores precisa ser semeada e que seja através da educação.