A palavra e o seu significado

 

A palavra e seu significado

 Calma meu velho, o pior ainda virá. Tudo acontece de desmandos, por conta de uma politica só: impunidade.

 Pense comigo: Quando foi instituído a Democracia Republicana, ela se baseava em uma forma de governo com alguns princípios essenciais:

 Primeiro : - Os governantes serem escolhidos pelo povo.

Segundo: - O Regime ser tripartite - Ou seja o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Terceiro:  -  Os poderes serem independentes, e para fiscalizar os demais ( A fiscaliza B que fiscaliza C que fiscaliza A).

 Disso resultaria uma forma de controle de toda uma sociedade: O povo elegeria e não recambiaria para o poder os que desagradassem suas necessidades – Seria uma forma da sociedade conduzir sua vontade.

 O Sarney (é com y mesmo - assim inglesado?), esta no poder toda vida e carreando consigo todos filhos etc. é público e notório que o povo o odeia, mas o formato de aparecer cédulas nas urnas, agora modernamente aparecer votos nas maquininhas digitais é perfeita e notoriamente manipulado. De onde ele é? do Maranhão - Por onde foi eleito Senador? Pelo Amapá. Chega? ou precisa de mais provas para confirmar a inutilidade do primeiro princípio.

 Seria cômico se não fosse trágico a atuação dos deputados e senadores, por extensão vereadores, prefeitos e quem mais sua imaginação encontrar - agindo tão somente nos seus interesses pessoais e particulares, seus e de suas empresas, ou aquelas que lhes financiam as campanhas - note que o financiam aí tem o sentido de que quem não é financiado não tem como ser eleito, daí a revogação do primeiro princípio ESCOLHIDOS PELO POVO, já foi revogado a muito tempo em quase todas as democracias republicanas, nos regimes comunistas e nas ditaduras - ou seja. Isso não passa de conto da carochinha. É o famoso: conversa mole p`ra boi dormir.

 A Independência dos poderes também foram revogados, por conta da Ideologia reinante – monetarismo - Os homens públicos ingressam nos escalões de governo, apenas e tão somente, para fazer fortuna e salve-se quem puder. Dane-se o fiscalizar a atuação dos demais poderes. Por conta disso se criam Tribunais de Exceção em todos os Poderes, onde os pares julgam os pares. Ou melhor ainda, onde os pares inocentam os pares. E o Poder Judiciário deixa de ser um poder julgador, abdica da função de  norteador e fazedor de cumprimento da a lei para se transformar em mais um ator na busca privilegiada por enriquecimento,  nascendo assim o melhor dos princípios essenciais num país onde só interessa o ganho fácil: a impunidade.

 Impunidade não existe somente em julgamentos tendenciosos e fantasiosos, também se manifesta em forma de atraso e prescrição dos processos causados por tempo decorrido sem julgamento. Ou até em forma de procrastinação de julgamento final por interposição de recursos.

 E, surpreendentemente, aqueles órgãos civis independentes que poderiam - ou deveriam se insurgir contra tudo isso, na verdade, não estão também interessados em democracia, republica ou coisa e tal, até porque, gozam, nesse regime, de “liberdade de imprensa” onde se diz irresponsavelmente o que se quer. Estes, estão, também, envolvidos em ganhar dinheiro através do lucro fácil, por isso aproveitam as oportunidades dos escândalos, e em provocar polêmicas, para vender jornais, revistas, fazer chamadas e depois esquecer, porque ninguém é condenado a devolver o fruto do roubo, ou se quer cumprir pena de prisão.

 E, pasmem, isso parece ocorrer apenas no Brasil, mais não é assim, porque a Democracia que reina e é defendida na maioria dos países porque é assim que interessa aos espertalhões e aos  políticos profissionais - que adoram aparecer na Rio+20. Para discutir sustentabilidade do outro, não no seu país. Das 20 medidas recomendadas em 1992, apenas quatro estão em funcionamento precário.

 E mais, cumprir regras é para com pessoas com caráter na formação, índole honesta e ética, na alma. Para os bandidos de hoje, essas regras apenas servem de pano de fundo para encobrir os seus verdadeiros propósitos. Por isso se fala tanto em Ação Republicana, Verdade Republicana; Partido Democrático etc.

 As verdades somente são verdades quando os atos se alinham às palavras; em contrário, quando as palavras significam uma camuflagem perdem o significado histórico, como acontece agora. Precisamos aprender a ler cada palavra, também, em função do seu significado temporal. Especialmente quando ditas com ênfase por “eles”. O Garotinho é um ótimo orador, não acham?

 É preciso entender claramente que o significado de cada palavra que proferimos – o seu entendimento verdadeiro passa por uns filtros instalados em nossa consciência, o filtro da Moral, da Ética e da Honestidade e alguns outros valores que parece foram desativados pela ideologia do monetarismo. Pense bem, antes de julgar o seu interlocutor, avalie se ainda existe instalados esses filtros ou não, como vemos acontecer diariamente nos anais políticos e em alguns comerciantes da praça. Oi, claro, você pensa em telefonia, porque será?.

 E a melhor maneira de saber se os filtros estão ativos ou não é avaliar a pessoa, por seus atos. Esqueça as palavras busque apenas ler seus atos, atitudes, que por certo darão testemunho de “com quem estamos falando”.

 Assim no exemplo seguinte.

 Tem um doido MUJICA, José “Pepe”, presidente do Uruguai que tem um salário de US $ 12.500 e doa os 90% para o partido, fica com US$ 1.250 para sua subsistência, enquanto a colega do lado Cristina Kirchiner tem tem um depósito bancário de US$ 3 milhões, e ostenta um patrimônio de US$ 15 milhões. (O Globo 09 jun 2012 – O Mundo) E faz campanha na mídia para que o povo não faça poupança em dólar. O resto, inclusive no Brasil, é tudo igual a Cristina Kirchiner - está presidente para ficar milionária, é assim que funciona. Talvez não seja a ideologia do monetarismo mas sim da hipocrisia. Ou ambos talvez.

 O Lula, o Henrique Cardoso, O Color, e todos os demais pensam e agem da mesma forma, é a ideologia reinante. E o Cachoeira sabe disso tudo, e... tira proveito deles e da mídia, impunemente, claro.

 Apolinario de Araujo Albuquerque                            12 jun 2012.