A nossa omissão explica.

Você, eu e, quem mais quiser, somos apenas,
Testemunhas passivos de uma guerra voraz.
Que se trava à nossa volta, diariamente.
Sem compreender, corpos tombam... e à direita.

Assistimos refastelados em nossas poltronas,
As notícias sangrentas dadas com alarde e ódio.
Farejam como abutres famintos as más noticias,
Para divulgar como bons moços:"desinformações".

De pais omissos, de famílias desregradas,
De crimes odiosos, de terror e maquiavelismo.
Sem o freio do bom senso, sem o ´pieguismo`,
Do amor a sociedade, sem nada de construtivo.

Os jogos de violência se tornam a grande "diversão".
Os desenhos infantis propagam baixos sentimentos.
Atitudes e espirito belicista é massivamente difundido,
O individualismo é a crença praticada em nosso tempo.

E tudo se explica, tudo se esclarece... nos divãs,
Nos editoriais, nas crônicas, e nas palestras.
Sem que nada mude, sem que nada de útil se faça.
Realmente ? vivemos um momento diferenciado.

Quando alguém mata, por ódio gratuito e por nada.
Meninos, meninas ? e quando tudo se torna conforme,
Vem outra notícia brutal, chocante, desalentadora.
Menino de 10 anos se mata, após atirar na professora.

O pai vai responder criminalmente, por certo.
Aliais já foi devidamente punido e... perdoado.
São as regras imbecis criada por uma sociedade,
Que se preocupa em apenas copiar, os defeitos.

Copiamos o pior dos comportamentos, das atitudes.
Do regime econômico, amor as armas e à sede de sangue.
Sem ao menos nos darmos conta que somos outros,
Apenas outras gentes, sem leis, caráter ou atitudes.

A nossa omissão explica, um desses tiros.
Que aponta para nossa omissão e falta de identidade.
A nossa omissão explica, o outro tiro.
Atinge cheio a nossa consciência, por descuido do amanhã.

AAAlbuquerque Rio, 23 set 2011.