A NATUREZA MOSTRA SUA CARA. “O ROUXINOL”

É janeiro. O primeiro mês do calendário gregoriano. O dia amanhece com preguiça. Nuvens cheias despontam o horizonte, e um ar frio sopra em direção ao Leste. Nada de se espantar, pois a quadra invernosa bate na porta com chuvas periodicamente na cidade.

Uma maravilha que a Mãe natureza nos presenteia. E, por conseguinte, alguns não desfrutam da tal beleza que o Criador nos presenteou. Digo, pois diuturnamente, vejo que o bicho Homem despreza seu bem maior.  E por falar num bem maior, somos inteiramente dependentes dela. Sem ela não sobrevivemos. Ademais, os desprezamos, sem dar a mínima da situação caótica que vivenciamos.

Mas, contudo, todavia, quero alertar que somos capazes de vivermos em harmonia com ela. Seguimos a exemplo de nossos ancestrais, os silvícolas; os irmãos indígenas que ensinaram ao “homem branco” como preserva - lá. E a lição ainda não foi cumprida.

O homem desdenha da sua irmã Natureza. Lixo, poluição, desmatamento, contaminação dos rios, lagos, mares. Obstrução em lençóis freáticos. E isso, e aquilo. Nada impede de desapegar o que há na sua frente.

Vi em um anúncio bem explicativo e irônico na rede social engraçado que dizia:

- O homem joga no rio! A TV. O sofá. O pneu. O armário. O fogão.

- Depois tem raiva; reclama quando o rio bate à sua porta e vem buscar o restante de sua mobília.

- Que sirva de lição para todos!

A natureza nos mostra as pequenas maravilhas. E, aqui demonstro minha alegria em um bichinho tão pequenino. “O Rouxinol.” Ave avermelhada, que faz o ninho nos muros. É uma ave da cidade. Sempre encontramos em pequenas flechas, nos caibros, em pequenos orifícios que aparecem em desgastes pela ação do tempo, nos muros. Esse tipo é chamado de “Rouxinol-de-muralha”, devido fazer ninhos em muros e pequenos buraquinho na parede. Seu canto me fascina, apesar de seu tamanho pequenino, faz a diferença com seu canto. - De longe ouvimos seu chamado.

O som é muito bonito e elegante. Lembro-me que quando criança recebi de meu pai um presente de um passarinho de plástico e dentro dele um orifício que colocava água e do outro lado apitava. Aí vinha uma mágica no som que parecia com a do Rouxinol. Quem é desse tempo sabe o que falo. Nada se compara com o som do rouxinol de verdade. Mas, a imitação já me alegrava.

Na Natureza existem vários:

- O rouxinol-de-almada. Rouxinol-de-espadana. Rouxinol-de-muralha.

De Tamanho insignificante, para alguns dos seus e inúmeros tipos que existem na flora e fauna. Na medida de um dedo indicador. Com tonalidade amarela e avermelhada. Um pouco desajeitado, com seu bico longo e pontiagudo, não muito retilíneo e com uma pequena curva no bico.  São importantíssimos no reino animal.

Na minha área recebi um presente de Deus. Já é a terceira vez que o bichinho vem e faz sua morada num buraquinho entre o tijolo na cumeeira. No orifício de um dos tijolos ele está lá. Acompanho e contemplo as maravilhas que a “Mãe Natureza” nos presenteia. No raiá do dia; às Cinco Horas da manhã já manda seu recado. Avisando que o dia está lindo; cantando e soltando aquele som exuberante. Ele, assim como nós, espera para enfrentar mais uma jornada.

Nessa semana, contemplando sua majestosa cantoria. A alegria foi bem maior. Avistei quando chegou com um inseto no bico, para alimentar sua filharada. Duas pequenas criaturas, bichinhos bem pequenos fazendo ruído e abrindo o bico para se deliciar com uma lagarta.

Ele, o rouxinol tem um importante papel na natureza. Combate e dizima os insetos, trazendo o equilíbrio ao meio ambiente. Faz sua parte com a natureza. E nós, que fazemos também a nossa parte!