[1]Roseli Chagas de Santana

A mulher no magistério

No decorrer da 1° Republica, as escolas normais desenvolveram importantes papeis na formação profissional feminina, como essas escolas não eram suficientes, então as moças eram encaminhadas aos cursos em colégios religiosos, que eram mais um empecilho para a profissionalização da mulher, pois a igreja  só se preocupava com a formação da elite .Como meio de sobrevivência a classe feminina menos favorecida procurou as instituições escolares, essa necessidade favoreceu a profissionalização feminina, pois as filhas elitizadas inicialmente não apresentaram interesse pela formação do magistério, elas apenas se preocupavam com o casamento, só após a década de 30, que a elite feminina resolve se interessar pelo magistério por causa dos problemas financeiros de famílias abastadas.

A inclusão da mulher na docência se deu por relacionar o ensino primário com a continuação do lar, maternidade, a mulher era vista pela sociedade como: boa mãe, delicada pura capaz de sacrificar-se com essas características ela tinha capacidade de assumir esse papel, antes direcionado para os homens.

O objetivo do magistério se tornar uma profissão feminina era fazer com que a mulher continuasse com função paralela entre os afazeres domésticos (cuidando de crianças, ensinando e formando futuros homens),sendo assim não teriam tempo de se envolver em questões voltadas para o gênero masculino.As famílias mais abastadas não aceitaram essa profissão para suas filhas, só em ultimo caso na falta de um casamento ou dificuldade financeira, eles tinham vergonha da profissão, porem para outras famílias era um meio de aumentar a renda da família .

O progresso conquistado pelas mulheres, deu uma nova direção ao país, pois precisava olhar mais para a educação feminina e ficou comprovado a presença da mulher na formação primaria como  primeira conquista no reconhecimento profissional.  



[1] Licencianda em pedagogia pela Faculdade Dom Pedro II. Bahia [email protected]