A montanha que sobe e desce 

Sou a gazela a correr pelo outeiro

Inquieta sozinha e ofegante

Tremendo o meu corpo inteiro

E ele não me percebe buscante…

Oh! Imagem etérea, vem me procurar

Oh figura viril vem acalmar meu ser

Mande-me a escalada repensar

Para em seus fortes braços me suster

Sim! Seca meus olhos molhados

Incorformada pela sua ausência

Toca meus sentimentos despedaçados

Já começando entrar em distonia…

Este ansioso. e breve pesadelo

Serviu pra eu poder observar

Como me é bem dificil esquecê-lo

Sem saber que caminho vou trilhar

Vem a lucidez da música e no mesmo passo

Proponho  pauta, ombro a ombro  vida afora

Caminhando no dois por dois seguindo o compasso

Que orienta disciplinado  quem não  vai embora …

Tocando a vida vendo o compasso certo

Compondo a inacabada sinfonia

Junto aos instrumentos do café  concerto

Transparece, no dueto vocal a melodia.

Caminhar buscando  além do imaginário

Melodias profundas, sensíveis, sem temores

Esperando sempre e apenas o necessário

O contralto e baritono podem ser semeadores…

Jogando ao vento a canção composta

Renovando a esperança e a saudade

Sabendo que amar  envolve estar disposta

Mas respeitar o espaço…  e ter lealdade!

Miab 15/3/15