PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – CATEQUESE “CRISMA”

A MISSA EXPLICADA PARTE POR PARTE

PROFESSOR Me. CIRO JOSÉ TOALDO


 

     A Missa é a atualização da ceia do Senhor e a atualização do Sacrifício de Jesus.

     RITOS INICIAIS - As equipes de liturgias geralmente  preparam uma introdução e comentários. O animador (comentarista) coloca os motivos que nos levam a celebrar: tempo litúrgico, pessoas, comunidades, aquilo que acontece no país e no mundo... É importante estar bem motivado para celebrar.

A missa é composta de sinais e gestos. Devemos chegar sempre com antecedência para se preparar: pense no que vai fazer, por quem vai rezar, quais as faltas e pecados que precisam de “conserto”?

Durante o canto de entrada, o padre acompanhado com a equipe de celebração, em procissão, dirige

se ao altar. É a procissão do povo de Deus que se dirige a casa do Pai.

O celebrante faz uma inclinação e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade. Seja um membro ativo durante  a missa.

No início da missa o Padre faz uma pequena saudação, cumprimentando toda a assembléia. O padre

faz o sinal da cruz que  tem um sentido bíblico colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade em Deus: Pai, Filho e Espírito  Santo.

ATO PENITENCIAL - É um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus,

reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos. Quem chegar após o Ato penitencial não deve receber a comunhão...

GLÓRIA - Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu contínuo envolvimento em

nossas vidas. Não se reza ou canta o Glória no tempo do Advento e da Quaresma.

ORAÇÃO DA COLETA - É o momento de colocar todas as intenções  que trazemos no coração. O

padre faz um silêncio e cada um faz mentalmente o seu pedido a Deus. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua. 

LITURGIA DA PALAVRA -  (Ficamos sentados) e a parte da missa, onde Deus nos fala através das

leituras proclamada. Deus fala a sua comunidade reunida que nos pede um compromisso. A 1º Leitura geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação.

      Salmo responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Pode ser cantado ou recitado.

Segunda leitura  é tirada dos Atos dos Apóstolos, Cartas de São Paulo, São Pedro, São Tiago, São João, São Judas ou Apocalipse que estão no Novo Testamento.

Canto de aclamação ao Evangelho  - é uma espécie de aplausos para o Senhor que vai nos falar,

através do Sacerdote. O Evangelho é a boa notícia. É tirado dos 4 evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João. Nos domingos do tempo comum, de modo geral, lemos um Evangelho a cada ano: ano A (Mateus); ano B (Marcos) e Ano C (Lucas). O evangelista João entra um pouco em cada tempo  particularmente na quaresma e tempo do advento.

O Evangelho narra a vida e a mensagem de Jesus. É o padre quem proclama, mas é Cristo quem nos fala; antes da Proclamação do Evangelho fazemos o sinal da persignação (se benzer): a cruz na testa – para que Deus  tome conta de nossa pensamento (mente); A cruz na boca – para que passe essa Palavra para os outros (palavras); a cruz no coração – para que Palavra permaneça em nosso coração (sentimentos) para que essa Palavra nos guie em tudo o que pensamos, dizemos e fazemos.

A proclamação termina sempre com “Palavra da Salvação”. Terminada a proclamação, o Evangelho é

beijado por quem o proclamou.

HOMILIA - O sacerdote é esse "homem de Deus". Na homilia ele "atualiza o que foi dito há dois

mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje". Então o sacerdote explica as leituras. É o próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor. Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa vida.

PROFISSÃO DE FÉ – CREIO - A homilia abriu nossos olhos, por isso de pé, a assembléia professa a

fé, rezando o Creio. O Creio é rezado todos os domingos e solenidades; é o símbolo da nossa fé, professamos que cremos em Deus Pai, Filho e Espírito Santo e é o fecho da Liturgia da Palavra. 

ORAÇÃO DA COMUNIDADE (PRECE DOS FIÉIS)  - É onde fazemos nossos pedidos:

Agradecemos a Deus tudo o que Ele nos dá, louvamos e bendizemos; as preces dos fiéis trazem  para dentro da assembléia o mundo todo, a Igreja, a comunidade, de todos os necessitados e de cada fiel em particular

PARTE II -  LITURGIA EUCARÍSTICA COM CRISTO AO PAI - Da Mesa da Palavra passa-s

à Mesa da Eucaristia.Nossa atenção concentra-se agora no ALTAR. É o momento de se preparar a MESA com os elementos essenciais: pão, vinho e símbolos da vida da comunidade. A Mesa da Eucaristia esta pronta: toalhas, corporal, missal, pão e vinho.

CANTO E APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS - Durante a Procissão das oferendas, canta-se o

canto das ofertas. É o momento de fazer  espontaneamente a própria oferta, ela mostra generosidade e o trabalho dos fiéis. Deus não precisa de esmolas, pois Ele não é mendigo e sim Senhor da Vida. A nossa oferta é sinal de gratidão e contribuiu na conservação e manutenção da Casa de Deus.

O sacerdote oferece o pão à deus: depois coloca a hóstia sobre o corporal e, antes  de apresentar o

vinho mistura-se nele um pouco de água, simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele.

DURANTE O CANTO DO OFERTÓRIO – Ou sem ele – o padre apresenta ao Pai do Céu as ofertas

do Pão e do Vinho. Essas ofertas se tornarão pão da vida (Corpo de Cristo) e cálice da salvação (Sangue de Cristo). Durante a apresentação das oferendas o padre diz: “Bendito sejais, Senhor Deus do universo, pelo pão (pelo vinho) que recebemos de vossa bondade... e agora vos apresentamos...” Quando se usa incenso, o padre incensa as oferendas postas sobre o altar. Feita a apresentação das ofertas, o padre lava as mãos; a purificação das mãos significa a purificação espiritual e ele pede: “Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me de meus pecados”.

Orai, irmãos ... (em pé) - Terminado o canto, o padre convida a assembléia a se unir numa só oração

para que Deus aceite o sacrifício que esta sendo oferecido;  de pé, os fiéis expressam o desejo de que Deus aceite o sacrifício pela mãos de quem preside.

Oração sobre as oferendas - É a segunda oração presidencial da Missa. Em nome da assembléia que

celebra, o Padre pede a Deus que aceite as ofertas do povo. A comunidade consente com o “AMÉM”.

      ORAÇÃO EUCARÍSTICA - É o centro de toda a celebração;  a assembléia esta em pé (e se ajoelha na consagração), participando com respeito nas aclamações da comunidade (que podem ser cantadas). No Brasil, temos 14 textos diferentes de Orações Eucarísticas, disponíveis para a escolha das comunidades. Orações Eucarísticas resmungadas ou recitadas às pressas jamais conseguirão expressar ou suscitar a nossa gratidão para com o Pai. Algumas delas tem prefácio próprio.

      O Prefácio é uma ação de Graças ao Pai por Jesus Cristo, e inicia-se com um diálogo entre o celebrante e a assembléia. Há muitos prefácios: para os tempos litúrgicos, solenidades, festas entre outros. Quando o Prefácio é chamado de “próprio”, significa que forma um todo, com aquilo que celebramos. No tempo comum, há prefácios à escolha.

      O prefácio  é um hino “abertura” que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso, o celebrante convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo Corações ao alto! É um hino que proclama a santidade de Deus e dá graças ao Senhor. O final do Prefácio termina com a aclamação SANTO, SANTO, SANTO (Is 6,3) Embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.

      O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que o santifique, enviando sobre eles o Espírito Santo. Por ordem de CRISTO e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e pronuncia estas palavras: “TOMAI E COMEI...”  O Celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: “TOMAI E BEBEI... FAZEI ISTO” aqui se cumpre à vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia. “EIS O MISTÉRIO DA FÉ”. O sacerdote mostra ao povo a hóstia e o vinho consagrados, e todos adoram em silêncio o Corpo e o Sangue de Cristo. Nas celebrações solenes, costuma-se incensar o Corpo e Sangue de Cristo. Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.

      Na eucaristia  Jesus vive o compromisso total com o projeto do Pai. Ele foi morto por defender a vida

Sua Ceia é a celebração da Aliança de Deus com seu povo. Todas as vezes que participamos da Santa Missa, assumimos o compromisso de proclamar: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa Ressurreição”.

      Intercessões: ainda em nome de toda a assembléia, o celebrante (outros padres nas concelebrações) faz as intercessões: Igreja – (Papa, Bispo(s), Presbíteros, Diáconos e todo o povo de Deus), pela comunidade que celebra sua fé, pelo mundo todo e pelos fiéis defuntos. Os cristãos que celebram a Eucaristia não excluem ninguém. As intercessões geralmente terminam pedindo pela própria comunidade que peregrina a caminho da vida eterna.

      “POR CRISTO COM CRISTO EM CRISTO”. Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e Cálice na representação da memória e do Cristo vivo no altar. Isso é o fecho da Oração Eucarística, merecendo ser cantado, sobretudo o AMÉM da assembléia.

      COM O PAI NOSSO começa preparação para a Comunhão Eucarística. Essa bela oração é a síntese do Evangelho. Para comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia é preciso estar em “comunhão” com os irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo. Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante. Pode também ser cantado, mas sem alterar sua fórmula. Após o Pai Nosso na Missa não se diz amém, pois a oração seguinte é continuação. 

      Depois de rezar “Senhor Jesus Cristo, dissestes ...”, o sacerdote (diácono) convida a comunidade a se saudar fraternalmente com o abraço da paz. Partilhamos a fraternidade em paz  É um costume que nasce entre os primeiros cristãos.

      FRAÇÃO DO PÃO - Terminado o abraço da paz, o celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão. Enquanto isso a assembléia invoca o Senhor com as palavras do Evangelho de João: “Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo...”

      Tanto no AT e no NT, Jesus é apresentado como o “Cordeiro de Deus”; após rezar algumas orações próprias, o celebrante mostra à assembléia o Corpo do Senhor, fazendo o convite: “Felizes os convidados”

Os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e respondem com as palavras do oficial romano: “Senhor, eu não sou digno...” (Lc 7, 6-7).

      COMUNHÃO – A Eucaristia é um tesouro que Jesus deixou como Mistério da Salvação. Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para o alimento de vida eterna, por isso nos aproximamos da Mesa da Eucaristia alegres e cantando. Devemos estender a mão esquerda para receber o Corpo do Senhor. Quem  o distribui no-lo mostra e diz: “Corpo de Cristo”. Com convicção respondemos AMÉM (eu creio, é verdade...). Com a mão direita pegamos a hóstia e comungamos ali mesmo, na frente do padre ou ministro e voltando ao nosso lugar. Quando for a comunhão nas duas espécies, ou seja, pão e vinho, essa só poderá ser recebida pela boca.  

      AÇÃO DE GRAÇAS – Após a distribuição da Eucaristia e terminado o canto de comunhão, fazemos a ação de graças. Eucaristia significa ação de graças, mas este é o momento oportuno para agradecer em silêncio ou com um canto. Neste momento, não se deixe vencer pela pressa de sair da Igreja. Agradeça do melhor modo possível.

      ORAÇÃO PÓS-COMUNHÃO – O celebrante, de pé, convida à oração, dizendo: “oremos”. É a terceira oração presidencial, e se dirige a Deus em forma de pedido. Essa oração pede a Deus a graça de sermos coerente com aquilo que celebramos.

      RITOS FINAIS – BÊNÇÃO – a bênção final combina com o sinal da cruz dos Ritos Iniciais. No início marcamos o corpo com o sinal da cruz e com a presença da Trindade. Na bênção final, é a própria Trindade que nos acompanha pela vida. Em ocasiões especiais há formulários próprios de bênção (Advento, Natal, Páscoa, Pentecostes, Festas de Maria, dos Apóstolos..).  

DESPEDIDA - O presidente da celebração (o diácono) despede a assembléia em paz. Todos voltam pra casa com mais alegria e esperança. Canta-se o canto final. Não devemos sair antes do término do canto. Devemos aguardar em nosso lugar a saída do celebrante com equipe.  E a Missa termina com a bênção.