Não há nada melhor do que viajar! Esta frase é verdade para muitas pessoas, nas quais eu me incluo. E existem muitas razões para isso. Ao viajarmos podemos conhecer novas realidades, abrir os nossos horizontes físicos ou mentais, conhecer novas realidades e apreciar as maravilhas do desconhecido. Há quem diga que quanto mais viajamos, menos olhamos para o nosso próprio umbigo, e isso só pode ser uma coisa boa.

Pessoalmente, não me posso queixar. A vida tem-me permitido viajar para vários locais e ficar instalada por dias e até semanas em alguns dos mais lindos lugares do mundo. Alguns desses destinos têm sido autênticos paraísos, outros são locais repletos de história e cultura... Não importa... Cada um, à sua maneira, me proporcionou uma vivência única que relembro com o maior carinho e da qual guardo um monte de fotos.

Cada viagem tem o seu sabor, único e muitas vezes indescritível. As variantes são muitas e introduzem sempre alguma novidade, mesmo que já não seja a primeira vez. A escolha da companhia também é importante, sendo que algumas vezes nós somos a nossa melhor companhia. A população também é um factor relevante. Não raro os nativos são extremamente afectuosos e nos fazem sentir completamente integrados.

Todas as viagens são experiências exclusivas, que nos deixam recordações inesquecíveis. Mas se eu tivesse de eleger apenas uma, eu não teria dúvidas! Aconteceu há alguns anos atrás e tudo foi mágico! A companhia foi a melhor possível e a viagem aconteceu no momento em que tinha de acontecer. O cenário idílico era o Morro de São Paulo, na ilha de Tinharé.

Todos os dias o pôr-do-sol era uma visão única, com uma beleza muito própria. As águas quentinhas, a areia branquinha, as barreiras de corais e os peixinhos de várias cores tornavam tudo perfeito. Mas nada disto teria tido um gosto especial se não fosse aquela pousada. Inicialmente, era apenas mais uma pousada no Morro de São Paulo com uma boa reputação on-line. Erro! Era muito mais do que uma simples pousada!

Ainda hoje me lembro do cheiro, das cores, da simpatia, da simplicidade que nos faziam sentir livres e em comunhão com a natureza. Tudo se encaixava, tudo fazia sentido. Quando regressei a casa, nos primeiros dias nem queria acreditar. Sentia-me estranha, como se eu não tivesse regressado e a minha verdadeira casa fosse lá. Não admira, por isso, que depois de tudo o que viajei e das muitas pousadas que conheci, aquela ainda continue sendo a "minha" Pousada!