RESENHA

A META: UM PROCESSO DE APRIMORAMENTO CONTÍNUO

GOLDRATT, Eliyahu M. A Meta: um processo de aprimoramento contínuo. São Paulo: Claudiney Fullmann, 1993.

Estevão Fernandes Souza*

Têm-se no início do Livro A Meta – Um processo de melhoria contínua, de Eliyahu M Goldratt e Jeff Cox, um conflito sobre um pedido atrasado. Tal situação leva o Vice-presidente da divisão da fabrica em que se passa a historia, Bill Peach, a reclamar firmemente com o gerente de fabrica, Alex. É apresentado ao leitor então a condição de operação da fabrica, e que os atrasos foram agravados por uma segunda serie de demissões.

Apesar dos problemas apresentados, o vice-presidente insiste que Alex é quem não tem executado seu trabalho da melhor maneira e lhe dá três meses para que a fábrica se recupere. Após algumas dificuldades, o pedido é enfim liberado. Porém, Alex percebe que a fabrica não pode continuar funcionando dessa forma. Ocorre uma reunião para decidir o futuro da empresa. Em meio à reunião, Alex não consegue se concentrar e acaba lembrando um encontro de duas semanas atrás com um antigo professor, Jonah, que o faz questionar sobre sua produtividade e colocando uma pergunta em sua cabeça: qual a meta da sua empresa?

Após muito pensar, Alex chega à conclusão que a meta da UniCo é ganhar dinheiro e qualquer atitude que leve nessa direção é considerada produtiva. Definida a meta, Alex liga para Jonah a fim de obter de algumas respostas e o mesmo apresenta três medidas: ganho, inventario e despesa operacional e que seria expressa por aumentar o primeiro e reduzir os outros dois.

Sua equipe o encoraja e ele vai atrás de Jonah novamente e este decide auxiliá-los a resolver o problema. Em um sábado, Alex vai à excursão com seu filho, Dave, e acaba sendo o responsável pela excursão.

Em meio ao percurso ele vai fazendo algumas analogias da fila formada pelos escoteiros e as peças produzidas pela sua empresa e decide parar para almoçar e fazer um jogo com dados e palitos de fósforos com os meninos para verificar a teoria sobre eventos dependentes e flutuações estatísticas.

Após retornar a caminhada, Alex percebe que o intervalo na fila dos meninos só aumentava, que isso acontecia devido à falta de reserva o que o leva a levantar possíveis soluções para o problema e analisa que correr não seria vantajoso. Ele percebe que os meninos haviam mudado a ordem da fila e Herbie, o menino mais lento estava somente a sua frente e o mais rápido estava à frente de todos. Então era Herbie quem estava determinando o ganho máximo, basicamente a velocidade dele determinava a da tropa. Quando Alex nota que no tempo estabelecido para andarem 16 km eles haviam andando somente a metade, ele decide tomar uma decisão sobre, direcionando Herbie para o inicio da fila e os mais rápidos atrás. A fila então começa a andar no ritmo de Herbie, porém não havia mais intervalos, quando um dos meninos se questiona o que Herbie carregava consigo, e ele acaba revelando varias coisas que pesavam sua mochila. O peso é dividido por todos e Herbie passa andar mais rápido e eles conseguem fazer 7 km em 2h30m. Alex entende então que ele poderia aplicar isso na fabrica.

Ao apresentar suas conclusões para os seus supervisores eles ficam receosos e ele decide mostrar todas a eles através de um pedido que estava muito atrasado e deveria ser entregue na mesma tarde. Esse pedido os faz perceber que não se deve olhar separadamente cada área, mas sim todo o sistema. Eles decidem que é hora de ligar para Jonah e este mostra pra eles que eles devem descobrir se a fabrica possui algum gargalo. Alex e seus funcionários começam a procurar esses gargalos e percebem que muitos dados estão desatualizados e que seria mais fácil eles procurarem na fabrica por obviedades e acabam descobrindo não um, mas dois possíveis gargalos. Ao conversar com Jonah e falar dos gargalos ele decide visitar a fabrica. Chegando lá, Jonah nota que o controle de qualidade é feito após passar por uma das maquinas identificadas como gargalo e que a mesma ficava parada no almoço. Entao eles são aconselhados a trabalharem esses aspectos e colocarem outras maquinas equivalentes a do gargalo para funcionar. Alem disso, Alex e sua equipe decidiram dar prioridade aos pedidos mais urgentes.

Em função dos funcionários da fábrica não saberem quais peças são prioridades para os gargalos Alex realiza palestras para explica-los a situação da fabrica e como seria o novo funcionamento. O sistema de etiquetar as prioridades e fazer um roteiro dá certo mas ainda assim não era rápido o suficiente. Alex é surpreendido por um de seus supervisores, Bob Donavan, que lhe mostra maquinas, mais antigas, mas que juntas poderiam aumentar a capacidade da fábrica.