Acordei aqui nesse lugar super estranho. Parece uma espécie de internato. Não conheço ninguém. Espera, estou nú. Parece uma espécie de alojamento, tem outras camas por aqui. Será que é um acampamento de verão ou um campo de concentração militar? Mas o que eu estou fazendo aqui? Só queria estar em casa comendo pizza e assistindo Jackass. Não tem ninguém aqui no alojamento. Vou descer. Como sei que tenho que descer, estranho. Tive a sensação de estar um andar acima e realmente estava. Havia um lance de escadas e eu estava completamente nú e fedendo muito. Ainda não entendi por que estou aqui. Agora sim posso ver outras pessoas, tem uns caras ali e o engraçado é que eles nem ligam se eu estou pelado. Um deles meu jogou uma toalha e disse; “Toma cara, vai tomar um banho!” Peguei a toalha e parti em direção ao banheiro, que curiosamente sabia onde era, mas ainda não sabia onde estava. Desci o lance de escadas e cheguei a algo devia ser um pátio. Andava com a toalha na cintura. Por ali havia homens mulheres e crianças caminhando normalmente.

Eu estava passando em algo que parecia ser uma espécie de pátio. E mais a frente pude ver o que seria o tal banheiro. Era um lugar meio improvisado, nele havia várias janelas, ou melhor dizendo, só o espaço para colocá-las, pois não haviam de fato as janelas. Entrem por onde devia ser o espaço onde ficava a porta que não tinha. Quando cheguei ao local tinha um cara, um cara que eu não conhecia ou talvez não me recordasse. Ele já estava tomando banho em um dos boxes. Boxes esses que eram abertos todos se viam, parecidos com aqueles de acampamentos ou quartéis militares. O lugar era totalmente aberto, quem estava do lado de fora conseguia em parte ver o que acontecia lá dentro e quem estava do lado de dentro também conseguia olhar lá para fora.

Eu já estava me preparando para tomar o meu banho. Coloquei a toalha pendurado em um pedaço de prego na velha parede do lugar. De repente entra alguém, uma garotinha, devia ter seus 8 ou 9 anos de idade. Ela era branca com cabelos castanhos claro. Sem pudor nenhum em me ver nú e eu também parecia estar bem à vontade. Não estava preocupado em estar sem roupas na frente de uma pessoa do sexo oposto e ainda mais em se tratar de uma criança. Ela entrou ali com a maior calma do mundo e ficou olhando para mim até que perguntei a ela; “Ei menina, o que você esta fazendo aqui? Não vê que esse é o banheiro dos meninos. O banheiro das meninas fica logo ali, do outro lado.”

Por Tom Oliver