PARIZOTTO, Diana  

RESUMO

Em todas as etapas da vida humana conseguimos novas aquisições de conhecimento, para muitos pensares não é bem assim, então essa pesquisa busca mostrar posições de teóricos que apresentam o processo de aprendizagem em específico da matemática na primeira infância, através de jogos e de atividades lúdicas, objetiva mostrar adequações necessárias nos tempos atuais que contribuem para a fluência no desenvolvimento cognitivo da criança e também que a criança possui conhecimentos consideráveis do seu mundo social que traz em sua bagagem para a sala de aula, seja na sequência da brincadeira, seja nas concepções acerca de datas comemorativas. A matemática significativa apresenta resultados que quebram com os paradigmas de não aprendizagem, bem como de ser difícil a lógica das operações. A partir da ludicidade a apresentação matemática se formata de forma significativa e firma na memória da criança. Esta pesquisa se embasa em teórico sobre o desenvolvimento do pensamento matemático, e utiliza a técnica estudo de caso para apresentar propostas matemáticas na educação infantil de uma escola da rede municipal de ensino de Sorriso.



Palavras – Chaves: matemática, ensino, aprendizagem jogos.


1 INTRODUÇÃO  


Estudos mostram as modificações que o ensino matemático na educação infantil e primeira infância vêm apresentando, tudo muito próximo do que se acredita ser a metodologia adequada de acordo com a idade e a capacidade da criança, são métodos que permitem a aprendizagem de maneira prazerosa, aprender brincando, jogando.

Esta pesquisa inicia-se com o pensar problemático de por que se pensa que ensinar matemática na educação infantil precisa ser de forma simplista? E objetiva analisar aspectos referentes à matemática na educação infantil, na primeira infância. Metodologias que vem sendo aplicada poderão ser mudadas, acreditando em melhores rendimentos? Essa alfabetização matemática precisa realmente ser aprendida e levada a sério na primeira infância, ou nesse tempo como muito se houve as crianças ficam na escola só brincando?

Justifica-se esta pesquisa o fato de sempre se ouvir o “ele não aprende matemática”, ou “não entra na minha cabeça matemática”, eu penso como assim não aprende isso e aprende aquilo, será que pode aprender somente algumas coisas outras não. Ouvindo professores formados que estão trabalhando nas turmas dos anos iniciais, no Fundamental de 9 anos, eles disseram estar em formação no Programa do Governo Federal, Pacto, alfabetização na idade certa, este programa objetiva que as crianças sejam alfabetizadas até 8 anos de idade, no terceiro ano do Ensino Fundamental de 9 anos e disseram que o estudo este ano está voltado para a alfabetização matemática e que muitos jogos serão utilizados.

A partir dessas informações iniciei o processo de pesquisa sobre as ideias até então utilizadas nos primeiros conhecimentos matemáticos na escola, como são abordados e quais as novas concepções.

A pesquisa se fundamenta em teóricos como Piaget, Pires e Gomes, Carvalho entre outros, e inicialmente se desenvolve em uma pesquisa teórica, bibliográfica, buscando bases para fundamentação, em seguida foi desenvolvido um estudo de caso, em uma escola da rede municipal de Sorriso, para se observar o desenvolvimento dos jogos matemáticos na primeira infância e na educação infantil, bem como a absorção e aceitação por parte das crianças. O estudo de caso foi a metodologia escolhida de acordo com Marconi, Lakatos (2010) pode ser utilizadas diversas maneiras de coleta de dados da situação estudada.

Com essa pesquisa acredita-se desmistificar algumas situações que são inseridas desde a primeira infância que matemática é difícil, que não se consegue aprender a matemática, que matemática é somente cálculo, as crianças perguntam o porquê precisam estudar essa matemática para viver.

A atual pesquisa busca no decorrer de seus capítulos estudos que possibilitam novas concepções a cerca da aprendizagem matemática, como: as metodologias utilizadas desde a educação infantil até a primeira formação do ensino fundamental de 9 anos, iniciar o processo pelos conceitos matemáticos, utilizando métodos atualizados que encantam as crianças, que motivam elas, que aguçam a curiosidade pelo resultado, jogos adequados a idade, desenvolver a matemática em situações reais, cotidianas, gerando assim o envolvimento integral da criança com o aprendizado na escola de maneira significativa.


2 AS INFLUÊNCIAS DOS JOGOS NA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA


A partir das pesquisas sobre o significado do vocábulo jogo, em várias línguas ele se designa ao ato de brincar, a atividades direcionadas as crianças, também está inserida em diversas sociedades a brincadeira, o ato de brincar é uma função normal, é uma atividade livre, porém é capaz de absorver a criança e proporcionar inúmeras aquisições culturais. No ato de brincar todas as bases se concentram no espírito da competividade, a cada jogada ocorrem esforços cognitivos, elevando as aquisições educativas.

Para Starepravo (2009) os jogos são como instrumentos que podem ajudar o aluno a prender, e no decorrer desse entendimento pode-se ver que por mais que pareça aprender matemática uma tarefa árdua, ela pode ser prazerosa, desafiadora e instigante.


O uso de jogos e brincadeiras como estratégia de ensino na escola é uma ideia bastante difundida. Já no século XIX, Fröebel defendia a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, salientando seu papel de exteriorização do pensamento e na construção do conhecimento. Na chamada Escola Ativa, os jogos e brincadeiras eram tidos como instrumentos essenciais de aprendizagem, recebendo papel de destaque na organização do trabalho escolar. Os jogos exercem um papel importante na construção de conceitos matemáticos por se constituírem em desafios aos alunos. Por colocar as crianças constantemente diante de situações problema, os jogos favorecem as (re) elaborações pessoais a partir de seus conhecimentos prévios. Na solução dos problemas apresentados pelos jogos, os alunos levantam hipóteses, testam sua validade, modificam seus esquemas de conhecimento e avançam cognitivamente. (STAREPRAVO, 2009, p.19)


A matemática oferece várias propostas, como: resolução de problemas, recursos baseados na história de matemática, na tecnologia da informação e nos jogos. De acordo com Toledo (2009, p.13) estudos e experiências mostram que uso de elementos tecnológicos são uma realidade ao grande grupo populacional e esse cenário passa a ser desafiador a escola, por ter que incorporar todo o trabalho, de aprender e ensinar, na oralidade, escrita e os indicadores mostram que as múltiplas possibilidades permite caráter lógico matemático quando ocorre troca de produções, podendo efetuar comparações.

Assim os resultados vão se aliando aos recursos dos jogos, atividades que podem usar a ludicidade, as tecnologias, obedecendo a diversos ritmos de aprendizagem e promovendo o envolvimento sócio cultural, atividade que naturalmente se fazem presentes no desenvolvimento dos jogos, uma ferramenta metodológica que promove o desenvolvimento dos processos psicológicos básicos, mesmo que haja obrigação, pois demanda normas e controles.

As circunstâncias promovidas por jogos desenvolvem o autoconhecimento, o conhecimento e promove as articulações conhecidas, as imaginadas e a espera dos resultados, além da representação cognitiva, social ocorrem o estímulo ao raciocínio lógico da criança de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais:


A participação em jogos de grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para a criança e um estímulo para o desenvolvimento do seu raciocínio lógico. Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver. (BRASIL. 1997, p.18-22)


O desenvolvimento dos jogos promove uma sequência ordenada, de modo que prevaleça a satisfação da classe e os alunos elevem seus níveis de raciocínio rápido, seus conhecimentos, como promove um contar de história, uma parlenda. Ao usar as metodologias interdisciplinarmente se podem construir conhecimentos fortalecidos mutuamente na alfabetização matemática e na alfabetização de língua portuguesa, pois tudo que se promove leva a leitura que aliada aos jogos promovem estratégias semelhantes como um brincar de esconder que de acordo com Toledo (2009), faz uso de estratégia igualmente interessante a cantiga “Um, dois, três indiozinhos”, na matemática o:


Brincar de esconder:- uma criança conta até dez enquanto as outras crianças se escondem. As crianças que irão se esconder acompanham a contagem, verificando se está ou não próxima do fim. – Pular corda – cada criança na sua vez pula a corda, enquanto os colegas contam quantos pulos cada uma consegue dar. (TOLEDO, 2009, P.24)


Os jogos estão presentes nas unidades escolares, e de acordo com estudos essenciais nas bases da educação infantil e do desenvolvimento das crianças, promovendo o fortalecimento das noções matemáticas, a aquisição de novos conhecimentos, a formulação de novas hipóteses, sempre respeitando a maturação da criança, várias são as teorias abordadas quando se estuda o desenvolvimento das crianças como a Koffka onde a maturação depende do sistema nervoso da criança e o aprendizado em si é o processo de desenvolvimento, então o processo de maturação possibilita a aprendizagem que é quem estimula, empurra o processo de maturação. Já os Gestaltistas acreditam que as funções da aprendizagem não se limitam, o conhecimento é sempre maior que a aprendizagem, nesta maneira de pensar acredita-se que quando se efetua o aprendizado a criança avança em seu desenvolvimento. Na teoria dos Behavoristas ou comportamentalista a aprendizagem é sinônima de desenvolvimento, de acordo com a concepção ao invés de preceder a aprendizagem o desenvolvimento ocorre simultaneamente.

Vigotsky identifica um ponto comum entre as concepções Behavoristas e a de Piaget: “...em ambas o desenvolvimento é concebido como elaboração e substituição de respostas inatas. O desenvolvimento reduz-se primariamente à acumulação de todas as respostas possíveis”. (VYGOTSKY, 1988, p.91)

De acordo com Vygotsky (1988, p.92) afirma que para Koffka a maturação torna possível a aprendizagem. Já os Gestalt acreditam que as funções da aprendizagem não são específicas. Nessas teorizações se encontra dois processos de desenvolvimentos a maturação e a aprendizagem.

De acordo com Palangana (2001, p.128), embora Vygotsky rejeite todas as abordagens teóricas anteriormente descritas, admite análise e uma posição clara. Seus estudos orientam-se no sentido de explicar a relação desenvolvimento e aprendizagem; e assim para Vygotsky a aprendizagem está presente desde o início da vida da criança, e qualquer situação de aprendizagem tem conhecimentos, históricos que precedem simultaneamente a aprendizagem nova. Nessa perspectiva a inteligência é definida como habilidade para aprender.

Após pesquisas sobre teorias, encontra-se:


O jogo é, por natureza, uma atividade autotélica, ou seja, que não apresenta qualquer finalidade ou objetivo fora ou para além de si mesmo. Nesse sentido, é puramente lúdico, pois as crianças precisam ter a oportunidade de jogar pelo simples prazer de jogar, ou seja, como um momento de diversão e não de estudos. Entretanto, enquanto as crianças se divertem jogando, o professor deve trabalhar observando como jogam. O jogo não deve ser escolhido ao acaso, mas fazer parte de um projeto de ensino do professor, que possui uma intencionalidade com essa atividade. (STAREPRAVO, 2009, P.49)



3 A LUDICIDADE COMO FERRAMENTA POTENCIALIZADORA DO ENSINO MATEMÁTICO


A construção do conhecimento em uma sala de aula possui características muito particulares, as experiências serão únicas uma vez que a diversidade de princípios é muito grande, assim o intérprete desse grupo de alunos desvela múltiplos caminhos e promove situações de envolvimento criativo do aluno, resultando em atividades de bons feitios.

Entre muitas atividades lúdicas que podem elevar os conhecimentos da criança na educação infantil, pode ser desenvolvido atividades originárias, de aprendizagem caseira como o alinhavo, jogos da memória com associação quantidades e números, histórias representadas em cartas, com recontagem da criança apresentado as cartas de uma em uma, de duas em duas associando a sequência.


Os jogos aqui apresentados são fáceis de confeccionar, sendo que alguns deles necessitam somente de materiais prontos, como ou cartas. Para uma boa exploração dos jogos em sala, é imprescindível que o professor ou professora os conheça bem. (STAREPRAVO, 2009, p.64).


A ludicidade torna-se uma das maneiras mais eficazes para o desenvolvimento da criança, e o professor deve oportunizar atividades com a propositura de trabalhar expressões corporais, brincadeiras que possam provocá-la a obtenção de sequência de movimentos, ritmos, aquisição de linguagens específicas, ampliando os conhecimentos do vocabulário numérico e da dramaturgia. Trazendo para a sala de aula a alegria do aprender, o entretenimento socializado, a interação cultural o bem estar do espaço cultural, promovendo e solidificando a construção das bases.

De acordo com a autora Starepravo (2009) os desafios apresentados pelos jogos vão além do âmbito intelectual, pois vai além de ser um conteúdo escolar as crianças se deparam com regras e envolvem-se em conflitos, por serem trabalhos em grupo, oportunizando-os a alcançarem conquistas sociais e desenvolverem autonomia.


3.1 REGRAS NAS ATIVIDADES LÚDICAS E NOS JOGOS MATEMÁTICOS


Na vida escolar da criança de imediato existe a necessidade de regras e normas é o seu segundo espaço de maior tempo de convívio com pessoas não pertencentes a sua família, pessoas até então desconhecidas, quando a criança chega à escola no processo da educação infantil, em sua maioria chega ao período onde a regra prevalecente em sua vida é o egocentrismo.

Então de acordo com as pesquisas as regras aliadas nas atividades lúdicas facilitam à compreensão de normas, de sistemas organizacionais, de sistemas escolares, inclusive os sistemas da própria casa, da rotina escolar, a forma organizacional da vida coletiva para convívio social. As regras e as formas organizacionais são diferentes em grupos étnicos e culturais, privilegiando a criança ao aprendizado às propostas de regras com valores, objetivos e prioridades de acordo com a diversidade dos grupos humanos, que a cada tempo e cada nova época se renova.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p.102), é necessária a promoção de condições para que a criança entenda o caráter das leis e as fundamentações, uma sugestão é que seja trabalhado com as crianças dinamicamente, sendo importante a preservação das regras escolares, das normas, ao desenvolver as atividades, da sistematização de valores para a boa e respeitosa convivência social das crianças em suas diversidades.



4 METODOLOGIA


Neste capítulo primeiramente procurou-se efetuar observações da turma, onde se pode constatar que o processo de alfabetização dava-se de uma forma bastante lúdica. Diante das atividades propostas às crianças se apresentam bem motivadas, empolgadas.

Foram muitos os esforços praticados para adaptar o ensino às características individuais de cada aluno a partir da consideração da individualidade, as relações afetivas e educativas a que foram submetidos, a dimensão social e tecnológica e as relações sociais que estabelecem com os demais. Todos esses aspectos devem ser compreendidos como importantes na construção global do indivíduo. Não intencionando tornar um fator mais importante que a outra ressalva a importância do professor na construção e no desenvolvimento de aprendizagem como mediador dos interesses que se faz o aprendizado brincando.

 Esta pesquisa primeiramente desenvolveu buscas bibliográficas, para criar a base dos estudos, posteriormente foi efetuado observação, e efetuado estudos em um grupo de 26 alunos, em uma escola municipal, da cidade de Sorriso-MT. A busca empírica, e os vários formatos remetem a pesquisa para um estudo de caso, que em seguida passa a ser descrito, pois de acordo com Oliveira (1999, p. 114) considera esse modelo como um estudo descritivo que procura abranger aspectos gerais e amplos do contexto social das crianças. Nesta pesquisa em si os estudos descritivos ficam mais específicos ao desenvolvimento de jogos matemáticos na educação infantil.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Entendo que esta pesquisa cumpriu seus objetivos positivamente e de forma encantadora, alegre, de pura magia, criatividade, com muita brincadeira, ludicidade e jogos matemáticos. Meu posicionamento positivo ao que presenciei na escola permite findar este estudo de maneira feliz, com uma bagagem enorme e de grande valia para meu suporte profissional, conhecimentos e teorias enormes e observações de práticas até então não imaginadas.

Com os novos métodos de ensino matemático na educação infantil e na primeira infância, buscou-se o mais próximo do que se acredita ser a metodologia adequada de acordo com a idade e a capacidade da criança, são métodos que permitem a aprendizagem de maneira prazerosa, aprender brincando e jogando.

Gardner (1999, p.35) apresenta sugestões para ajudar o professor a compreender as atividades que podem estimular cada uma das inteligências, definindo com um roteiro que utilizar-se-á de múltiplas inteligências, buscou-se entender a lógico-matemática, está propõem o desenvolvimento de situações problemas, claro que a maturação da criança precisa ser respeitada; desenvolver jogos matemáticos e análise de dados, também desenvolver atividades que impliquem na generalização e trabalhar com números, medidas, geometria e probabilidade e noções estatísticas além da propositura dos experimentos.

Esta pesquisa iniciou com o pensar problemático do por que se pensa que ensinar matemática na educação infantil precisa ser de forma simplista? E objetivou analisar aspectos referentes à matemática na educação infantil, na primeira infância. Entendeu-se que as metodologias que vem sendo aplicada poderão ser mudadas, acreditando em melhores rendimentos e que a alfabetização matemática precisa realmente ser aprendida e levada a sério na primeira infância, ou nesse tempo como muito se houve as crianças ficam na escola só brincando? Pois é nesse tempo de acordo com os teóricos que se constroem todas as bases do processo do conhecimento, inclusive do conhecimento matemático.

Justificou-se esta pesquisa o fato de sempre se ouvir o “ele não aprende matemática”, ou “não entra na minha cabeça matemática”, eu penso como assim não aprende isso e aprende aquilo, será que pode aprender somente algumas coisas outras não? Em resposta entendi que vários são os fatores influenciadores no processo de aprendizagem, poder aprender pode-se tudo, porém o método de ensino, os estímulos que a criança recebe durante o processo pode construir aprendizados com diferentes níveis de conhecimento, permitindo esse tipo de pensar. Atualmente esse pensamento e os resultados dos processos de aprendizagem, mostra-se como preocupação no cenário educacional brasileiro, sendo disposto aos professores das bases fundamentais cursos de formação como iniciais, no Fundamental de 9 anos, eles disseram estar em formação no Programa do Governo Federal, Pacto, alfabetização na idade certa, este programa objetiva que as crianças sejam alfabetizadas até 8 anos de idade, no terceiro ano do Ensino Fundamental de 9 anos e disseram que o estudo este ano está voltado para a alfabetização matemática e que muitos jogos são utilizados.

A partir dessas informações iniciei o processo de pesquisa sobre as ideias até então utilizadas nos primeiros conhecimentos matemáticos na escola, como são abordados e quais as novas concepções.

A pesquisa teórica se fundamentou em Piaget, Pires e Gomes, Carvalho entre outros, em seguida foi desenvolvido um estudo de caso, em uma escola da rede municipal de Sorriso, para ser observado o desenvolvimento dos jogos matemáticos na primeira infância e na educação infantil, bem como a absorção e aceitação por parte das crianças. O estudo de caso foi à metodologia utilizada, pois de acordo com Marconi, Lakatos (2010) pode ser utilizada diversa maneiras de coleta de dados da situação estudada.

Com essa pesquisa acredito na desmistificação de algumas situações que são inseridas desde a primeira infância que matemática é difícil, que não se consegue aprender à matemática, que matemática é somente cálculo, as crianças perguntam o porquê precisam estudar essa matemática para viver.

A atual pesquisa buscou no decorrer de seus capítulos estudos que possibilitam novas concepções a cerca da aprendizagem matemática, como: as metodologias utilizadas desde a educação infantil até a primeira formação do ensino fundamental de 9 anos, sendo focado na educação infantil, iniciou o processo pelos conceitos matemáticos, utilizando métodos atualizados que encantam as crianças, que motivam elas, que aguçam a curiosidade pelo resultado, jogos adequados a idade, desenvolver a matemática em situações reais, cotidianas, gerando assim o envolvimento integral da criança com o aprendizado na escola de maneira significativa.

Dentro de todas as abordagens da pesquisa, baseando-se em Henri Wallon tudo possui uma organização do desenvolvimento infantil em estágios e nessa fase das crianças a predominância do aspecto cognitivo sobre o afetivo, o que se resume em afetividade como o segredo da transformação da matemática, em maneira prazerosa de estudo, com bases bem sólidas.

Os jogos em si como arte de brincar utilizando regras, com reconstrução e adequação de regras, com ludicidade permitiu a aprendizagem com qualidade, através de uma metodologia facilitada e prazerosa.

Através das observações da realidade e nas bases teóricas que produzem uma riqueza imensurável em relação à temática da aprendizagem matemática, através de jogos matemáticos nas bases da educação infantil.

Na realidade observada todas as contribuições são importantes, porém as afetividades na construção, no desenvolvimento dos jogos no envolvimento dos profissionais da educação influenciam integralmente no pensar matemático da criança, considerando que a professora é a primeira adulta a estar com a criança nesse processo, além dos familiares, então surgem um novo elo de confiança que pode se dizer, blinda a relação entre professor e aluno, tornando um aprendizado de valor e com significado.

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