A maconha na universidade
Enquanto muitas pessoas precisam de segurança pública, outros defendem o caos.
Segundo noticiário presente ao local, alguns alunos se revoltaram contra a ação da polícia, que prendeu três alunos por porte e uso de maconha no campus da universidade. Alguns promoveram a desordem e tomaram a reitoria impedindo que a grande maioria conseguisse estudar. Nem mesmo a cultura foi capaz de agir racionalmente. Esses universitários contrários a essa ação da justiça, esqueceram que eles são as próprias vítimas das drogas que passeiam livremente pelos pátios. São inúmeros casos de assaltos nos estacionamentos, de estupros nos cantos escuros e de agressões contra alunos e professores em várias universidades espalhadas pelo país. O que se discute não é a legalidade ou não da droga, o direito ou não individual de cada cidadão, a questão em respeito é a racionalidade da universidade não ser lugar adequado para tal prática. Não é um movimento repressivo contra estudantes como alguns envolvidos tentam fazer parecer, são atos preventivos de conduta e inibição da violência. Uma pequena parcela de baderneiros não pode tomar uma universidade violando o direito de outros que apoiam a presença da polícia sem nenhum respeito. Estudantes portando maconha, ingerindo bebida alcoólica e portando coquetel molotov, não podem estar agindo dentro de um mínimo de racionalidade. Enquanto procuramos na rua um policial que nos atenda, esse movimento irresponsável mobilizou grande parte da segurança pública com cinquenta viaturas, cavalaria, quatrocentos soldados e a presença de helicóptero. Para que será que estão estudando essa parcela de universitários? Serão futuros políticos? Não podemos acreditar que os futuros doutores da nossa sociedade defendam esses interesses. Defender o uso ou a permanência de drogas nas universidades seria o mesmo que ensinar aos futuros magistrados que o crime se pune administrativamente. Se hoje parte da sociedade sentir o gosto da inimputabilidade, no amanhã veremos o crime julgando a justiça. A educação não depende do nível de cultura, nem o analfabetismo torna o pobre mal- educado, porque a ignorância não é privilégio dos pobres ou dos incultos, mas dos arrogantes que desprezam o que tiveram por ensinamento, ou que acham que já sabem de tudo.