A luta contra a queima e soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos

A cultura milenar de soltura de fogos de artifício iniciou-se na China há cerca de 2000 anos. Hoje se percebe no Ocidente o hábito de se comemorar datas especiais utilizando esse mesmo processo. O presente texto têm por objetivo demonstrar que a preservação da saúde, a integridade física, a segurança das pessoas e animais, a preservação do meio ambiente, o resguardo de desastres físicos tal quais os incêndios e as mortes em massa de pássaros podem ser evitadas com a proibição da queima, soltura e manuseio de fogos de artifícios e artefatos pirotécnicos.

É do conhecimento da sociedade brasileira, através de acontecimentos noticiados pela mídia televisiva, que os fogos de artifício trazem desastres. Alguns exemplos importantes podem ser destacados, tais como o evento na Boate Kiss de Santa Maria no Rio Grande do Sul que desencadeou a morte de 239 pessoas e, além disso, muitas outras pessoas permaneceram com seqüelas; o uso de sinalizador em um Estádio na Bolívia ocasionando a morte de um torcedor de um clube local, etc.

Por outro lado no Brasil o Conselho Federal de Medicina (CFM), alerta que o número de mortes por uso de fogos de artifício por ano chega a 10(dez), e a 500 (quinhentas) o número de internações nos hospitais brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde de 2008 a 2016, 4.577 (quatro mil quinhentas e setenta e sete) pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com fogos de artifício. Esses acontecimentos se evidenciam na época de festas juninas e fim de ano. Além dos gastos em hospitais com longo tempo de internação, devem-se levar em conta as deformidades físicas, afastamentos do trabalho, prejuízos psicológicos, aposentadorias e reabilitações que ocasionam prejuízos para todo o país.

Vale destacar também que a queima de fogos de artifício é causadora de traumas em animais. Os cães, por exemplo, se desesperam e muitos deles se asfixiam em suas coleiras outros quebram portas de vidro na tentativa de empreender fuga e se automutilam. Os gatos sofrem com taquicardias, mudanças de comportamento e fogem. Nos EUA, 3.000 (três mil) pássaros negros caíram do céu em uma cidade do Arkansas na virada do ano e na Suécia veterinários apontam a soltura de fogos de artifício a causa da morte de dezenas de gralhas-de-nuca-cinzenta que foram encontradas mortas nas ruas da cidade de Falkoping. Pode-e enumerar ainda mais desvantagens com a queima de fogos de artifício:

libera partículas de dióxido de carbono (CO2) aumentando as emissões para a atmosfera;
o foguete libera estrôncio, uma substância tóxica;
poluição sonora de 120 db;
obriga as aves a migrarem abandonando seus ninhos;
as empresas recicladoras não recebem fogos de artifício devido as suas substâncias tóxicas, pois o manuseio é danoso à saúde humana e há o risco de partes do explosivo intactas serem acionadas e causar explosão durante a reciclagem.

Concluindo o raciocínio, vale ressaltar os importantes danos que os fogos de artifício ocasionam ao planeta e cooperar com a difusão de tais informações para que, eliminando a queima e soltura dos fogos de artifício e artefatos pirotécnicos, haja uma maior qualidade de vida para as pessoas e a preservação do meio ambiente.