Lua fada, Lua de outrora...

Seu gesto me encandeia,

Não se vá embora...

Pois meu corpo: Incendeia!

 

Na lua esplêndida vou...

A saudade de um olhar fixante!

Do amor, levo seu labor...

Em véu exuberante.

                                                                         

A noite cai e se debruça

Na mais longínqua colina,

Chora, permeia como Urca.

A despir, lua mimada menina.

 

Nela as gaivotas fazem voos rasantes.

Pegando-as em alta estação...                                           

A lua chorosa exuberante,

Descobrindo enorme coração.

 

Ela emerge num salto a bailar...

Mergulhado na brisa com brado,

Seguindo seu astral a saldar

O saudoso viajante apaixonado.

 

Saltita com uma bailarina

A lua, chora, dança, num alto astral...

Em Paris, numa noite de purpurina.

Lua de mel!  Lua dourada! Lua sensual!