*Cintia Mara de Vasconcellos.

 

RESUMO

 

      As observações realizadas no presente artigo têm como finalidade abordar as contribuições que a literatura infantil proporciona dentro do processo de ensino-aprendizagem nas instituições de Educação Infantil. Nas histórias narradas o professor exerce uma função de mediador entre a criança e história, deve ter o domínio ao contar as histórias, sendo criativo e instigador. Mediante as histórias contadas às crianças conseguem entrar em um mundo particular, possibilitando a imaginação, o desenvolvimento cognitivo e emocional, a socialização e a afetividade.

     A história oportuniza que o aluno represente seu mundo real. É interessante que o educador permita que o educando segure o livro, folhear e observar as imagens e textos presentes no livro, motivando a criança a contar história, aguçando o gosto pela leitura. Através da história ouvida pelas crianças dá-se o início do processo de formação de leitores.

     A escola ao trabalhar com a literatura infantil proporciona que o aluno que o aluno desenvolva habilidades, aprimore a criatividade, a criticidade, a curiosidade e a necessidade de ser um leitor.

 

Palavras- chave: Literatura infantil; Contação de histórias; Ensino-Aprendizagem.    

                

 

INTRODUÇÃO

 

     O presente artigo tem por objetivo abordar acerca da contribuição da literatura no processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil. Por meio das histórias as crianças podem criar vínculos sociais, afetivos, e educativos. Por isso é preciso   utilizar deste recurso para o desenvolvimento da criança, estimulando desde pequenos o prazer da leitura e estimular o mundo da imaginação por meio de contação de história.

     A escola é um dos principais locais no qual a criança se interage com os livros de literatura infantil, o professor precisa ser mediador na relação aluno e literatura. Considerando que na educação infantil tem pôr possibilitar às crianças experiências, apreciações e interação com a linguagem oral e escrita, e contato com diferentes suportes e gêneros textuais.

      De acordo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1997) o professor e a escola desempenham o papel de formar alunos críticos com hábitos de leitura. Portanto, é imprescindível incentivar a leitura desde cedo. Mesmo que a criança ainda não domine a leitura escrita ela realiza a leitura de imagens e fantasia as narrativas contadas pelo professor.

     A narrativa é a arte de contar histórias, e é muito antiga. Durante muito tempo, foram á única fonte de aquisição e transmissão de conhecimento.

     Dessa  forma utilizar a contação de história em sala faz com que todos saiam ganhando, tanto o aluno que será instigado a imaginar e criar, quanto o professor, que ministrará uma aula muito mais agradável e produtiva.

     Chegaram ao seu coração e à sua mente, na medida exata do seu entendimento, de sua capacidade emocional, porque continham esse elemento que a fascinava, despertava o seu interesse e curiosidade isso é, o encantamento, o fantástico o maravilhoso, o faz de conta. (ABRAMOVICH, 1997,p.37).

         

     Objetivo geral

 

     O artigo tem por esclarecer como a literatura e a contação de história contribui para as práticas pedagógicas, para a formação da criança e culminar na formação de leitores.

 

    Objetivos Específicos

 

      Enfatizar que as estratégias e técnicas para trabalhar a literatura de forma diversificada, proporcionando ao aluno vivenciar a história de formas diferentes.

     Analisar que na atualidade globalizada a criança está cercada de várias tecnologias. No entanto não se dever colocar esta realidade como fator para justificar as dificuldades de formar leitores adultos. Pois a escola tem um papel fundamental na vida da criança. Estimulando na criança seus aspectos físicos, social, psicológico e intelectual

 

 

 

            DESENVOLVIMENTO: A LITERATURA INFANTIL E A SALA DE AULA

 

      A leitura poder estimulada nas crianças desde bem cedo pelos adultos, família e docentes, contando histórias e deixando a criança manusear o livro. Na educação infantil o professor deverá ter o cuidado na escola do livro.

      O docente precisa acertar na história e ter um planejamento adequado conforme exige a idade das crianças, para que desse modo ele consiga atrair a atenção e oferecer um momento satisfatório para elas, para que assim esses alunos sejam motivados e ouvir e participar de contações mesmo que façam uma releitura do que ouviram, eles estarão envolvidos nessa experiência tão importante a ser vivenciadas.        Segundo Coelho (2000), os livros adequados devem conter imagem, gravuras, ilustrações e desenhos, sem textos ou com textos curtos e explicativos que podem ser lidos e representados por adultos.

      Não depende apenas da faixa etária para envolver o leitor na leitura, afirma Coelho (2000).

      No que diz a respeito aos variados livros para o leitor, Coelho (2000) propõe que são interessantes os livros de borracha, de pano, com gravuras encantadoras, variadas texturas. Esse gênero literário propicia a criança o conhecimento e reconhecimento de objetos, brinquedos, animais, alimentos e várias outras coisas que ela percebe e encontra no seu dia a dia, que são nomeadas através do auxílio do adulto.

 

A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO PRÁTICA EDUCATIVA

 

     Segundo Coelho (2000) as histórias contadas na educação infantil necessitam ter uma trama simples, alegre e aprazível envolvendo o cotidiano, a existência, a sociedade, os brinquedos e animais que rodeiam as crianças. No momento em que se ouve histórias o ouvinte sente as emoções contidas na história, assim como os sentimentos de raiva, tristeza, alegria, podendo sentir-se dentro da história.

     A contação de história vai muito além de ler um livro para uma criança, para Coelho (2001) esta atividade exige habilidades. As histórias não vêm em livros, prontas para serem contadas. Para que o aluno se envolva com a narrativa que será contada é preciso que o professor estude a história antes e adapte para a realidade e características da sua turma.   A prática de contar histórias não dever ser exercida somente com o papel lúdico, mas também como instrumento pedagógico facilitar no processo de ensino-aprendizagem.

      A prática de contar histórias práxis pedagógicas no ambiente escolar, propicia imensas possibilidades. Além de ser prazerosa a narrativa deve ter uma marca educativa, como: aprimorar habilidades e competências cognitivas, socializar com o meio no qual está inserido, desenvolver a sensibilidade, realizar leitura de imagens, potencializa a linguagem oral infantil e oportuniza interação entre o educando e o docente. (Coelho, 2000).

 

  • CONCLUSÃO

 

         A escola é o local propício para desenvolver a criança integralmente. A literatura é um importante instrumento para realizar o desenvolvimento infantil dentro do espaço escolar. Cabe ao docente facilitar o uso da história e instigar o prazer pela leitura.

        No que diz respeito à contribuição da Contação de histórias para o desenvolvimento infantil é possível constatar que a partir desse recurso a criança desenvolve a imaginação, curiosidades, conhecimentos a criatividade. Permitindo que as crianças criem reações sociais e culturais, a partir deste envolvimento com a literatura que é proporcionado pela escola/professor. Para que haja interesse nas crianças é necessária dedicação pela para dos contadores, sendo criativos, lúdicos, inovadores e acertando na escola dos livros.  As histórias contadas devem estar de acordo com a faixa etária do público.

     Conclui-se que na sala de aula o mediador entre a literatura e a criança é o professor, é necessário que o docente seja criativo e motive os alunos a fazer parte deste universo da leitura.

     A literatura é um método que pode ser utilizado no ambiente escolar para compreender o mundo e a cultura. O professor precisa compreender que o aluno é um ser em formação e busca relacionar-se com o meio e incorporar sua cultura.

            REFERÊNCIAS

COELHO, Nelly Novaes. LITERATURA INFANTIL: Teoria Análise Didática. Moderna, 1° Ed. São Paulo 2000.

COELHO, Beth. CONTAR HISTÓRIAS: Uma Arte Sem Idade. São Paulo: Ática, 2001.

LAJOLO, Marisa. ZILBERMAN, Regina. LITERATURA INFANTIL.

BRASILEIRA: Histórias e Histórias. São Paulo: Ática, 2007.

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. 11. Edição, São PAULO: Scipione, 2003.

* Graduanda em Pedagogia pela faculdade de Estudos Sociais Aplicados de Viana (FESAV).

E-mail: [email protected]. Artigo publicado como avaliação na Disciplina: Didática I, da Professora, Doutora. Monique Ferreira Monteiro Beltrão. 2017