Ana Glória Batista dos Santos[1]

RESUMO

Este trabalho mostra que o ato da leitura vai além da decodificação de letras. Tem como finalidade trazer uma reflexão sobre as práticas arcaicas de leituras que ainda estão sendo utilizadas nas aulas de Língua Portuguesa. Para isso, serviram como aportes teóricos: Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquim, Elie Bajard, Ângela Kleiman, Cipriano Luckesi, Eni Pulcinelli; dentre outros que abordam temas sobre modelos de leitura e práticas de leitura em sala de aula. Dessa forma, os autores trazem subsídios demonstrando à possibilidade de se trabalhar a leitura em sua significância para o aluno. Assim sendo, o artigo se constitui em uma pesquisa bibliográfica, voltada para análises que contribuem para a mudança das práticas de ensino de leitura, possibilitando a formação de leitores críticos do seu mundo e de suas ações, mediante leituras que lhes são aposentadas em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: decodificação. experiências. escola. leitura. texto.

1 INTRODUÇÃO

Diante das necessidades surgidas, a leitura assume um papel de grande importância na vida de todas as pessoas na sociedade. Ela está presente em toda e qualquer área de conhecimento, constituindo-se em informação, como também é usada como prática de lazer. É notório que a leitura tem suas formas de aceitação, ou não, por aqueles que a pratica. De um lado há aqueles que a veem como diversão, já outros a tem como um desafio constante. Essas formas de aceitação estão relacionadas a vários fatores e dentre esses estão os aspecto sócio-econômico e educacional. 

No aspecto sócio-econômico, observa-se que a família exerce uma grande influência no hábito da leitura, pois uma família que tem este hábito contribuirá para a propagação dessa prática. É relevante abordar que o hábito de leitura é bastante comum nas famílias que têm um grande poder aquisitivo, enquanto naquelas que possuem um baixo poder aquisitivo dificilmente nota-se essa prática.

O aluno que já vivenciou a leitura, seja com o contato direto com a mesma ou presenciou sua família tendo esse contato, ao chegar à escola, a leitura flue com mais naturalidade, possibilitando assim, uma aprendizagem maior que aqueles que não tiveram esse contato.

 No que diz respeito ao aspecto educacional, a leitura pode ser vista tanto como prática avaliativa ou punitiva, como também para estimular a imaginação. Como prática avaliativa ou punitiva levará o aluno  ter cada vez mais aversão pela leitura, pois ele lê sem nenhum objetivo, visto que ela só é agradável quando se sabe o que se quer com a leitura em sala de aula, não apenas ler a fim de se obter um resultado que implicará em avaliar se o aluno sabe ler ou quando o mesmo é colocado em uma biblioteca para ler um livro como punição de um ato cometido por ele.

Sobre a prática de leitura para o estímulo à imaginação, ainda é possível vê-la em algumas escolas, favorecendo o gosto pela leitura. Nessa situação, o aluno lê sabendo o que é ler, por que ler, e qual a importância da leitura para sua vida. Uma vez que, etimologicamente, ler deriva do latim “lego/legere” o que significa recolher, apanhar, escolher, captar com os olhos (FELIX, 2009). O significado de leitura é muito mais amplo, pois não se limita apenas à palavra escrita, mas também a outros variados tipos de linguagens. É nesse contexto que é possível ver um camponês “não alfabetizado”, fazendo sua leitura, apenas olhando para o céu e dizendo se vai chover ou não.

Diante das práticas insignificantes de leitura ainda vistas nas escolas, este artigo buscou trazer a leitura em uma abordagem mais ampla, mostrando que a mesma vai além da decodificação de letras. Diante disso, foram utilizadas pesquisas bibliográficas sobre o tema em questão, percebendo a leitura, não de forma estática, acabada, pronta, como foi apresentada nas escolas, durante todo o processo de aprendizado da leitura em sala de aula. Essa prática contribuiu para o entendimento de um conceito errôneo de leitura, sendo este conceito visto como verdadeiro até os dias atuais.

 A pesquisa realizada teve como aportes teóricos, Eulália Lúcia Fraga Leurquim, Elie Bajard, João, Ângela Kleiman, Cipriano Luckesi, Eni Pulcinelli Orlandi, dentre outros autores que abordam temas sobre modelos e práticas de leitura em sala de aula. Dessa forma, os autores vêm contribuir para a reflexão do ensino da leitura em sala de aula dando subsídios suficientes para o entendimento da leitura trazendo, portanto, procedimentos que possibilitam o trabalho com a leitura em sua significância para o aluno.

Assim, o artigo se constitui em uma pesquisa bibliográfica, voltada para análises que contribuem para a mudança das práticas de ensino de leitura, possibilitando, portanto, a formação de leitores críticos do seu mundo e de suas ações, mediante as leituras que lhes são aposentadas em sala de aula.

Espera-se que o artigo contribua para a ampliação e integração de conhecimentos do aluno frente ao texto lido, estimulando no mesmo o senso crítico a respeito das questões presentes na sociedade, bem como, para a reflexão do professor no que se refere às suas práticas de leituras utilizadas em sala de aula.