RESUMO

No Brasil, a presença de afrodescendentes é marcante na cultura, na formação da população, na economia, entretanto a ascendência africana e a história do negro neste país não têm a visibilidade merecida na sociedade. A escola tende a reproduzir o mesmo tratamento. Desde 2003 é possível e legalmente obrigatório mudar o trabalho da escola no sentido de tornar afrodescendentes visíveis na sociedade brasileira e, mais do que isso, assumir que a desigualdade racial não é natural, que natural é as diferenças e que é preciso justeza e sensibilidade para se relacionar com todos os seres humanos neste novo século.

No entanto, sem a adesão das secretarias de educação e das professoras e professores a situação vergonhosa das relações etnicorraciais na atualidade brasileira ainda demorará muito para ser transformada. Em Irecê, ainda não existe um trabalho consistente da Secretaria de Educação.
Tomando como referência a Resolução nº1/2004 do Conselho Nacional de Educação e as Diretrizes por ela instituídas e analisando a implementação da Lei 10.639 em Salvador, este trabalho busca refletir sobre a realidade local frente a Lei e apontar um caminho para o desencadeamento da implementação da mesma lei na rede municipal de educação de Irecê, Bahia.


Palavras-chaves: Lei 10.639. História e cultura africanas e afrobrasileiras.