A Legitimidade de Nietzsche.

Olho e vejo a distância do sol.

Como lagrimas de hidrogênio.

Erguidas aos juncais da apostasia.

O que deveria ser dito matinalmente.

O  orvalho efêmero do espectro.

Das manifestações paradigmáticas.

 Qual seria então o vosso segredo.

Do gesto perdido a harpa da indefinição.

Um poeta cisma ao perfil da inércia.

Digna-vos a exuberância.

A aurora ambiciosa do céu em esplendor.

Uma luz que se perde ao símbolo da imaginação.

Os mistérios das coisas onde fica o próprio segredo.

A brisa e a prece o universo todo em reparo.

Como a perfeição elaborada pelo descaso divino.

Se Deus existe além do espírito porque sei que o referido.

É apenas um produto da linguagem metafísica.

Então mesmo que tenha existência o céu é completamente sem sentido.

Se Deus fez o paraíso ele está solitariamente abandonado na sua única criação razoável.

Contemplando O imensurável vazio perdido na  dimensão obscura do universo.

 A  fraqueza da diligência humana desenvolvida pela  imaginação.

A realidade é completamente outra distante da realidade do mundo.

Esquece o que se deve dizer  para que tudo isso serve.

Onde está à passagem e qual é o único sinal verdadeiramente indelével.

As ondulações para que fôssemos à clareza da vida.

A predestinação do futuro quando o mundo é a eterna repetição.

De tudo que não tem sentido a negação da razão de ser.

Um voo ao auge ao mecanismo natural da ilusão.

Das cores e das ficções do perfume da escolha do esmalte.

Do fio condutor da brevidade da única significação perdida.

Na anormalidade da lógica dialética proposta pelo materialismo.

A formalidade do conceito desenvolvido pelo nominalismo.

A  anti lógica da lógica da predestinação inclusa como lei do princípio.  

A reminiscência platônica fundamento das duas principais posterioridades.

Representam uma relação desconexa dos sentimentos a priori desprovidos por proposições relativas.

A reificação o objeto mais fetichista do mecanismo abstrato.

De tudo que se refere ao conceito afirmativo como preceito do princípio da coisificação.

Fenômenos inanimados quantificados a automatização.

Do medo indecifrável inexoravelmente a fraqueza da frustração.

 Do saber imemorável da fórmula efetivada no ressentimento.

Do grande e único significado.

Constitui-se uma enfermidade constrangedora tipicamente psicológica.

De profundas repercussões reveladas pelos sintomas da impotência.

Daqueles que decidiram serem escravos do rancor insaciável do engano.

A persecução da significação o que deve ser descrito melancolicamente por meio da poesia.

O étimo da relevância crítica ao tratamento da percepção representativa.

A cura por meio do relativismo das razões incapazes de perceberem a significação da necessidade afirmativa.

Aos desejos sem sonhos.

A insignificância da última instância do significado.

O mundo por esse motivo é transcrito pelo o mais absoluto medo.

Da descrição exata mecânica dos fatos não elaborados.

Da fenomenologia de Husserl e a  analítica da finitude de Heidegger.

A existencialidade hermenêutica de Sartre do ser e o nada.

A ideologia profunda da inexistência de Nietzsche.

O que representa e o que não representa o que é, e, o que não poderá ser.

O mundo é sua negação complexa por excelência.  

Mas porque o homem deseja ser é exatamente o que não é, do mesmo o que não poderá ser.

A negação de todos os desejos e sonhos na perspectiva de tudo o que não poderá ser.

Retrata apenas a fraqueza  inoperável dos simbolismos inadequados.

 Da cotidianidade.

Do medo de ser.

O que não poderá ser.  

A repetição eterna da mesma coisa pelo prazer e pela dor.  

Edjar Dias de Vasconcelos.