A INOVAÇÃO NA CONTRAMÃO
Por tiago blesa graciano | 21/04/2014 | AdmFaculdade FNC, artigo desenvolvido durante a disciplina de Inovação e Competitividade Empresarial, como parte da avaliação referente ao 7° Semestre de administração de empresas mediante a orientaçao do Profesor(a): Lawton Benatti
A Inovação na Contramão
Por
Tiago Blesa Graciano
Resumo
Observa se no cenário mundial atual, que ao se tratar de inovação, os avanços chegam a uma velocidade astronômica. Mas o que vale se perguntar, é como estão sendo conduzidos esses avanços, e quais perigos esses oferecem a sociedade, ou até mesmo a uma organização empresarial.
O mundo a um click da destruição, o futuro de uma nação através de o apertar de um botão, arquivos , documentos e programas empresariais armazenados em chips que medem menos de um centímetro.
O que pretende se apurar não é a velocidade que esses avanços vem se expandindo, mas sim, quem os manipulam, como manipulam e suas fragilidades. É possível evitar que tecnologias sejam invadidas? Ou processos sejam burlados? Mais afinal de contas, a inovação na contramão se dá por conta da fragilidade ao seu acesso? ou a falta de ética, e o poder delegado aos quais os manipulam?
Este artigo visa a busca de reflexões que devem ser averiguados quanto as inovações, suas fragilidades e manipulação.
Inovações Negativas
Você sabe o que é um hacker?
Hacker nada mais é do que um individuo com capacidades surpreendentes de fazer o que quiser com seu computador, aproveitando se de falhas utilizando de técnicas das mais variadas. Agora imagine só arquivos confidencias, empresariais e do governo, a mercê, e esses indivíduos se aproveitando dessas informações. Fato é que nos dias de hoje existem inúmeras formas de se prevenir desses ataques, todavia não existe uma formula que garanta a segurança total desses invasores.
Hoje na era da tecnologia da informação, os hackers são apenas um exemplo de milhares possíveis ameaças que empresas, governo e a sociedade tentam enfrentar.
Para se ter uma noção existem diversos tipos de ameaças tais como:
Vírus de boot, time bomb, worm, cavalo de troia, estado zumbi, vírus macro, entre tantos outros, isso se tratando de tecnologia informatizada.
Um outro aspecto adverso na inovação que faz jus ser lembrado é a espionagem industrial, porem um questionamento pode ser feito, é se a espionagem industrial pode ser inovação. No caso pode até ser que não, mas como já dizia um dito popular que: “nada se cria tudo se copia”. Entende se que a espionagem industrial passa ser uma inovação no seu modo de aplicação. Maneiras do jeito mais inusitado estão sendo aplicadas para conseguir informações dos concorrentes, um curioso caso que a revista exame apurou foi a rivalidade entre as bonecas Brats e Barbie em uma de suas matérias.
Diz Luciana Carvalho, que fora das prateleiras, as bonecas Bratz e Barbie são rivais também no tribunal. Em agosto do ano passado, a MGA Entertainment, fabricante da Bratz, acusou a Mattel, da Barbie, de fazer espionagem industrial há mais de 15 anos. E o método que teria sido usado pelos espiões é digno de Oscar.
Segundo a MGA, funcionários da Mattel usaram crachás de identificação falsos para burlar a segurança das fábricas, inclusive da empresa Hasbro, para tirar fotos dos novos produtos das marcas. A querela está prevista para continuar no início deste ano, com um novo processo aberto em um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos. (LUCIANA CARVALHO, 2011, REVISTA EXAME).
O perigo mora em casa
Até o momento foram relatados fatores de grande relevância quanto a forma de se inovar pela contramão de um modo externo, porém impressionantemente segundo dados estatísticos citados no livro “A segurança da informação nas empresas” de George Dawel, apenas 16% dos incidentes são de origem externa.
Diz George Dawel, que dados divulgados por analistas de mercado em uma conferência sobre segurança revelou que 84% dos incidentes de segurança vem de dentro da empresa, e apenas 16% são de origem externa. Este dado confere aproximadamente com a pesquisa divulgada pelo FBI, que aponta 80% dos incidentes como internos a organização. (DAWEL, 2005, p 12).
Onde estão essas ameaças? E quais perigos podem oferecer?
Um exemplo atual que pode ser citado é o caso de Edward Snowden, enquanto os EUA com seus sistemas inovadores e com blindagem a prova de “tudo” se preocupavam com ameaças externas, a confiabilidade acabou com a confidencialidade ou até mesmo “a espionagem da espionagem”, onde o ex-técnico da CIA revelou informações alarmando o mundo todo.
Dentro das empresas fica difícil controlar tais situações, isso porque foge dos controles mensuráveis a tecnologia e inovação, e parte para um aspecto de alta complexidade que é a ética e a moral.
Um exemplo que pode ser enquadrado a este assunto de ética e moral que pode ser atrelado com a inovação e segurança, são as especulações referentes a manipulação das eleições através das urnas eletrônicas. Porém cabe um questionamento, o que isso teria a ver com as empresas? Tudo, imagine só um sistema onde quem os controla são os próprios governos, e por uma mera questão de conveniência esse sistema fosse manipulado. Nas empresas não são diferentes, a manipulação, o jogo de interesses e a integralização daquilo que se faz em prol de benefícios próprios. Quem está acima de qualquer suspeita dentro da empresa do que a própria empresa? Não é mesmo.
O homem e a Inovação na Contramão
Esquecendo a religiosidade e a tratando como fonte histórica, o primeiro homicídio relatado na humanidade foi o de Cain contra Abel. Ali surgia um novo modo de se falecer, bem ou mal uma inovação na maneira de morrer. Parece trágico, mas o que é importante relatar é o fato de que todas as inovações, invenções, processos entre outros já criados são de cunho do homem. Se descobrissem a cura da AIDS seria um grande avanço para a humanidade, não é verdade? Mais avanço? A AIDS não foi criada pelo próprio homem?
Observa se que as empresas cada dia mais se preocupam em inovar, em proteger seus sistemas e preservar suas informações, todavia essas inovações, proteções e processos inovadores são criações do próprio homem, onde esse depara se com a ética e a moral. E por mais constantes e rápidos sejam estes avanços nos dias atuais, não inventaram nenhum processo, ferramenta tecnológica de proteção ou antidoto, do “homem contra o próprio homem”.
Referências bibliográficas
DAWEL, George. A segurança da Informação na Empresas: ampliando horizontes além da tecnologia. Editora Ciência Moderna, Rio de Janeiro, 2005.
DUPAS, Gilberto. Ética e Poder na Sociedade da Informação: de como a autonomia das novas tecnologias obriga a rever o mito do progresso. Editora Unesp, São Paulo, 2000.
CARVALHO, Luciana. Revista Exame: 10 casos de espionagem industrial: Os mestres dos disfarces da Mattel. Editora Abril, São Paulo, 2011.