A inclusão Social nas Escolas
Por Maria Aparecida de Freitas Rocha Vitório | 08/07/2023 | EducaçãoDesde a década de 70, escolas estão tentando incluir alunos em sua base de ensino. Acredito que é uma luta inglória tentar incluir um aluno com TDH ou Espectro em uma sala de aula convencional. Acredite, colocar um aluno por exemplo, autista em uma sala com 25 alunos, o professor titular não poderá dar atenção diferenciada para este aluno. É sabido que tem o professor de apoio, contudo, este profissional, nem sempre está preparado para assumir o papel do professor titular, devido as complexidades dos conteúdos das disciplinas e assim, os alunos da inclusão não recebem ensinamentos adequados à serie em que estão inseridas. Obviamente, isso é contestado pelas instituições de ensino, a verdade é que, ficam dois profissionais dentro da sala de aula e não há convergência entre o que os alunos convencionais e os da inclusão. A educação ainda não está preparada para o efeito inclusão, precisa ter salas de aulas com educação voltada apenas para alunos com dificuldade de aprendizado, com professores especializados e capacitados para que esse aluno, um dia possa ser considerado incluso de fato na sociedade. Imagine uma sala de aula com os mesmos 25 alunos e no fundo da sala, um aluno autista e sua professora de apoio, o que acontece no fundo da sala, somente para esse aluno, é reconhecido como inclusão deste aluno? O que o professor de apoio está ensinando, é o mesmo que o professor titular está ensinando? Os alunos em geral, se sentirão confortáveis com essa cena? Ao longo dos anos, muito se fala em inclusão, mas ninguém de fato se preocupou se estes alunos estão mesmo sendo incluidos na sociedade, muitos são empurrados de série em série e nem sequer sabem ler direito ou escrever. Qualquer profissional sem muita capacitação se torna professor de apoio, e isso compromete o ensino que este alunos deveriam ter. No ensino médio, é pior o cenário, eles tem várias matérias e professores com conhecimentos variados, disciplinas que são complexas e exige formação específica, e o aluno inclusivo rcebe um professor de apoio, que muitas vezes nem tem conhecimento de disciplinas às quais o aluno irá ter ao longo de sua jornada acadêmica e novamente, prejudica o aluno. Como um só professor pode suprir 6 ou mais professores do ensino médio? É uma pergunta retórica, certamente. É óbvio que não consegue traduzir o mesmo efeito de conhecimento que os professores titulares causariam, se esses alunos da inclusão, fossem tratados com o mesmos direitos, um professor de apoio para cada disciplina, ou não ter o professor de apoio e deixar o aluno desenvolver a capacidade de aprender com seus esforços. Muitos alunos da inclusão são capazes de estudar e ter altos rendimentos, é preciso dar confiança e um lugar de liberdade de expressão para esses jovens que um dia, não terão seus pais ou professores de apoio para ajudá-los na vida adulta. É um risco manter alunos isolados no canto ou fundo de uma sala, é emocionalmente traumático pra criança se sentir isolado o tempo todo, ora ou outra, terá consciência que ele não é igual as demais crianças ou jovens, devido ao tratamento diferenciado que recebe ou não. A educação precisa rever o que é inclusão e o que não é. O que faz a diferença é o jeito que estes jovens estão sendo tratados nas escolas, se estão isolados dos outros alunos, não é inclusão, se merendam separados, não é inclusão, se as disciplinas não são iguais, não é inclusão. O mais importante, o aluno está aprendendo algo? Se está aprendendo, o que está aprendendo? Os conteúdos são os mesmos que o professor titular está ministrando? E o professor de apoio, pode apoiar em todos os contextos curriculares? Enfim, são muitas perguntas sem respostas. As escolas, pais, governantes devem estar atentos a essas crianças e/ou jovens que estão sendo jogados na berlinda da inclusão e não conseguem nem sequer fazer uma avaliação sozinho, sem ajuda de alguém. É necessário que refaçam as estruturas da educação e assim, a inclusão de fato cumpra seu objetivo de não discriminar ou separar os estudantes dos estudantes.
Muito obrigada!
Maria Aparecida de Freitas Rocha Vitório
Professora de Matemática e Contadora –CRC/MG:088896