Em geral um jovem busca esse tipo de experiência em uma afirmação de liberdade, um sentimento de pertinência a um grupo, uma ampliação no seu mundo de experiências.
No entanto o uso da maioria das drogas leva a uma dependência química que estreita o campo da consciência e rompe o tecido social, ainda é  muito difícil analisar porque algumas pessoas fazem do uso das drogas o centro da sua vida e vivem em função de conseguir e usar  a qualquer custo, enquanto outros não perdem seu poder de escolha.
Vale lembrar que a prevenção do uso de drogas deve ter o adolescente como foco, porém a dependência química é  um problema do universo adulto, muitos pais são  alcoólatras, outros  dependentes de antidepressivos que levam a complacência em relação às drogas lícitas.
É  importante analisar porque alguns jovens que tinham tudo para engatar  nesse contexto de dependência escapam dessa rota, enquanto outros com liberdade para escolhas de sucesso refletidas em pais sem dependência química se envolvem loucamente nesse universo.
A princípio a curiosidade com as drogas é  uma busca de escapar do tédio e entrar em uma armadilha de prazer rápido, ninguém  está imune a esse risco, basta ser humano e caminhar entre eles para estar vulnerável!
Muitos de nós  já escapamos desse universo das dogras, apesar das  características que levam um jovem a buscar o prazer e a aceitação imediata, o que então pode ter acontecido nesse caminho que o desviou...
muitas vezes o jovem estava tão envolvido com suas paixões que não sobrava espaço para mais nada, ou totalmente envolvido em uma causa, seja ela política, religiosa ou social, que o deixou insensível a outras experiências consideradas  menos significativas.
 E fundamental  chamar a atenção dos jovens para o submundo violento e corrupto das drogas, que é  sustentado pelos usuários, que é muito difícil   perceber  essa a realidade, principalmente no universo da adolescência. 
A imagem de uso de cocaína,  do uso da maconha, é outras drogas,  todos  sabem que é  verdadeira que choca, mas que muitos fingem ignorar, é  uma imagem que ninguém   gostaria de enxergar,  e os que fazem uso  fingem que com ele é  diferente, que não é  tão agressivo.
 A abordagem que vem sobre os males do uso das drogas ainda é  conflitante, os adultos responsáveis ainda pecam em tons de autoridade, discursos de poder, soberania de moral, soberania do direito, soberania da ciência, onde muitas conversas desencadeia ameaças e proibições, ou um monólogo do pecado e da punição divina, que leva a continuidade do uso, mas é  importante lembrar que essa abordagem pode ser pior do que imaginamos, pois esse monólogo  pode ser a dimensão emocional que levou ao uso das drogas desde o primeiro momento.
 Não se pode  descartar o prazer intenso que a droga oferece, não basta oferecer informações que sejam apenas objetivas, é  preciso tocar no lado mais sensível do adolescente, mostrar caminhos alternativos para dar entrada nessa  a inquietação  e busca de prazer, a troca sempre vai ser a melhor opção, buscar o que esse adolescente procura nesse submundo e levar essa procura ao mundo real e criar um vínculo de intimidade e confiança entre esses conflitos, isso não vai abolir imediatamente os riscos, mas permite que pais, educadores, mantenedores e tutores estejam mais próximos o bastante para atuar antes que o problema se torne uma tragédia.
Um conselho que consiste  desde sempre é  que qualquer que seja o assunto junto com o adolescente, esse deve se basear em confiança,  no entanto vale lembrar que mesmo em uma relação de confiança entre pais e filhos a adolescência há uma retratação natural em busca de seus próprios valores,  mesmo que isso signifique reafirmar os valores dos pais. É  um afastamento saudável e fundamental  para o desenvolvimento da personalidade, porém, ainda muitos pais não toleram essa mudança.
Algumas atitudes  que devem ser evitadas,  quando viram ação serão sempre um problema muito maior que o já existente, então:


*Não transforme em adolescente problema um adolescente que tem um problema;
*Não trate como um criminoso,  cortando o contato social proibindo totalmente sair de casa;
*Não humilhar diante dos amigos e colegas abordando-o em público;
*Não faça da conversa uma acareação policial;
*Não parta nunca para a agressão física.


O oposto de uma educação repressiva e intolerante não é  uma educação permissiva,  mas de orientação segura e coerente, ter sempre   uma autoridade firme  e confiável!
Espremidos na era da tecnologia os pais muitas vezes se sentem inseguros e desorientados com tanta informação que chegam aos seus filhos, e com medo de errar muitos se tornam mais intolerantes do que gostariam, enquanto outros se tornam omissos, e as duas posturas extremas deixam os filhos desprotegidos a mercê dos seus próprios impulsos e sem condições  de formar um código de conduta adequado para buscar entre o certo e o errado.
Vamos lembrar  que é  impossível conquistar a liberdade sem conhecer seus próprios limites e aprender superar obstáculos!
A adolescência é  inaugurada com a descoberta do mundo interno, do sentimento de solidão, enquanto quando criança  não existia a separação  do ser  e do mundo, na adolescência se adquire um mundo interno com um povoado de emoções,  dúvidas, barreiras de comunicação, entre outros conflitos,  e essa descoberta é  assustadora e muitas vezes é a porta aberta para o mundo  das drogas.
A adolescência  merece uma atenção diferenciada e de qualidade.