Cinara L. Z. Gozzi

Eliane M. Chemello

Vanessa C. Maurina

RESUMO: Este artigo aborda principalmente a questão do lúdico na sala de aula, os benefícios e dificuldades existentes ao propor tal metodologia. O jogo e a brincadeira aparecem como formas de se trabalhar o lúdico. A formação do professor e sua disponibilidade em utilizar tais métodos são consideradas como essenciais para o desenvolvimento de atividades de qualidade com as crianças. A importância da ludicidade para a aquisição do conhecimento, assim como analisar o processo da criança é fundamental para que não se desista da busca por uma escola mais prazerosa.

INTRODUÇÃO

A importância do lúdico como instrumento metodológico é abordada na utilização dos mesmos na busca de um melhor aprendizado dos alunos, em relação aos conhecimentos, partindo da escolha da melhor atividade lúdica a ser utilizada para cada conteúdo programático, dos objetivos a serem alcançados com o uso dessas atividades que favoreçam a exploração do potencial e o desenvolvimento das habilidades que eles proporcionam. Diversos autores defendem a utilização do lúdico em sala de aula como um instrumento metodológico para o ensino. Propomos neste artigo apresentar a ludicidade como uma atitude pedagógica na prática do professor na sala de aula, trazendo concepções teóricas dentro da área em questão, mostrar como o lúdico pode fazer parte do currículo de formação e que o brincar é uma atividade prazerosa e está inserida no dia a dia da criança.

O tema abordado busca chamar a atenção de professores e todos os responsáveis pela aprendizagem de crianças para que a ludicidade seja percebida como instrumento importante no processo de aprendizagem, propor um novo olhar para suas práticas pedagógicas e que se torne presença constante no cotidiano escolar.

DESENVOLVIMENTO

A ludicidade faz parte do cotidiano de qualquer criança desde pequena. Portanto, é necessário saber que podemos trazer este recurso para a sala de aula de forma criativa, e assim proporcionar uma aprendizagem fácil e prazerosa. Também poderá nos dar subsídios que nos aproximam das crianças que a cada dia ficam mais distantes da escola. Através de atividades lúdicas inúmeras competências e habilidades são estimuladas, mas para que ocorra esta prática é necessário que o professor reveja alguns aspectos do seu planejamento.

O lúdico se apresenta na vida de todas as pessoas, motivando a criatividade e o relacionamento entre elas.  É uma palavra de origem latina: “ludus”, que significa “jogo”. Poderia significar somente jogar, mas com a sua evolução tornou-se o que hoje podemos definir como uma forma de desenvolver a criatividade e o conhecimento através de jogos, brincadeiras, músicas (ALMEIDA, 2009, p. 1).

Conforme os autores abaixo:

O jogo e a brincadeira são formas de a criança criar situações para dominar a realidade e experimentá-la. Brincando ela explora o mundo, constrói seu saber, aprende a respeitar o próximo, desenvolve o sentimento de grupo, ativa a imaginação e se auto realiza. (MORAES; PULUCENA; SANTOS, s.d., p . 5)

Através dos jogos lúdicos e das brincadeiras, desenvolve-se a criatividade, a capacidade de tomar decisões e ajuda no desenvolvimento motor da criança. O lúdico torna a aula mais atraente e proporciona ao professor a possibilidade de desenvolver os conteúdos com mais efeito, realizando uma aprendizagem de qualidade. 

No entanto, muitos educadores buscam um caminho diferente da relação brincar e estudar. Percebe-se que a grande maioria gostaria de encontrar metodologias que fossem especificas, com indicações e contraindicações. Acredita-se que para ser um bom professor é preciso atrair a atenção do educando durante a sua fala, motivar o estudante, proporcionar uma interação entre o seu pensamento e o dele. Assim, a aula torna-se mais desafiadora, e não a tradicional, onde o educando é apenas um espectador, pois são estimulados a acompanhar o pensamento do professor, se surpreendem com suas ideias e questionam. Todo este procedimento engloba o processo educativo, onde se aprende e ensina simultaneamente (FREIRE, 1996). Entende-se que a relação professor-aluno é essencial no processo de ensino aprendizagem, onde proporciona ao educando a aquisição de novos valores, conhecimentos, atitudes, melhorias no convívio social, etc...