A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA INFÂNCIA

 

DULCINEY DA SILVA S. SYLVESTRE

 

 

RESUMO

                                                               

 Esta investigação tem como finalidade distinguir a importância dos contos de fadas para as crianças na infância e buscar estimular o desenvolvimento do hábito de leitura na idade em que as habilidades cognitivas se compõem. Neste sentido, a literatura infantil é um relevante referencial que instiga a criança a aprimorar e ampliar a imaginação, as emoções e os sentimentos de forma prazerosa e significativa. Por intermédio das histórias lidas pelos educadores, é presumível que as crianças experimentem estados afetivos e cognitivos diferenciados daqueles que a vida real pode lhes propiciar. Neste sentido, a inserção dos contos de fadas nas unidades escolares e no lar representa um estímulo significativo à aprendizagem da leitura. A literatura infantil colabora para o desenvolvimento psicológico, cultural, criativo, emocional e cognitivo das crianças, o ato de se contar histórias para elas remete a uma maneira harmônica de demonstrar-lhes afeto e atenção, cooperando para que a criança amplie a sua imaginação e a fantasia. Os contos infantis além de serem referenciais de aprendizagem proporcionam a criança uma forma lúdica de aprender e contribuindo na formação dos seres humanos. Deste modo, um dos objetivos desta pesquisa é evidenciar a influência positiva dos contos de fadas no desenvolvimento sócio\cognitivo infantil. Os contos de fadas contém uma estrutura narrativa, representada através de uma Sequência de fatos e acontecimentos, constituídos de maneira coesa e significante.

Palavras chave: Literatura infantil; contos de fadas; habilidades cognitivas.

ABSTRACT

This research aims to distinguish the importance of fairy tales for children in infancy and seek to encourage the development of reading habits in the age at which cognitive abilities are composed. In this sense, children's literature is a relevant framework that encourages the child to improve and expand the imagination, emotions and feelings so pleasurable and meaningful. Through the stories read by educators, it is presumed that children experience cognitive and affective states differentiated from that real life can provide them. In this sense, the inclusion of fairy tales at schools and at home represents a significant stimulus to learning to read. Children's literature contributes to the development of psychological, cultural, creative, emotional and cognitive development of children, the act of telling them stories refers to a harmonious way of showing them affection and attention, cooperating for the child to expand their imagination and fantasy. Fairy tales and are learning benchmarks provide the child a playful way of learning and contributing to the training of human beings. Thus, one of the goals of this research is to show the positive influence of fairy tales on socio \ cognitive child. Fairy Tales contains a narrative structure, represented by a sequence of facts and events, consisting of a cohesive and meaningful. This literary genre arouses in children delight in reading and writing, encouraging also to overcome their problems.

Keywords: Children's literature, fairy tales; cognitive abilities.

INTRODUÇÃO

O mundo transforma-se a cada momento, amplas mudanças sociais e históricas sobrevêm e os chamados Contos de Fadas, como são distinguidos atualmente, continuam a encantar e a maravilhar as crianças do mundo todo. Ao realizar uma análise sobre o enredo dessas histórias, compreende-se que elas somente sobrevivem porque quando o leitor as lê se vê de alguma forma, retratados nas mesmas, com suas representações de família e de confusões e conflitos enfrentados pelos personagens e que cotidianamente encontram-se presentes nas sociedades até os dias atuais.

Os contos infantis com suas matizes puras, límpidas e suaves, fazem aparecer e florescer os mais elementares pensamentos e os primeiros impulsos sentimentais do coração humanos. Os contos de fadas constituem em ser também a literatura do lar, visto que, por meio dele crianças e adultos podem contemplar a poesia simples e enriquecer-se e aprender com sua verdade. Este gênero literário desperta nas crianças o deleite pela leitura e escrita, estimulando também a superação dos seus problemas.

O interesse pelo tema surgiu devido perceber a relevante contribuição dos contos de fadas no processo de aprendizagem das crianças e como a contação de história demonstra pedagogicamente como se pode beneficiar o desenvolvimento infantil.

Participar de um projeto educativo significativo configura-se em considerar as necessidades de aprendizagens dos educandos e um meio de ampliar seus recursos cognitivos. O ato de observar e apreender informações são temáticas concernentes ao processo histórico do homem através do qual organiza técnicas de aprendizagem e suas metodologias, redimensionando suas diretrizes tornando-se um elemento de melhoria do nível cultural da população. Identificar a subsídios dos contos de fadas na aprendizagem da criança é percebê-los como significativos no processo formativo das crianças.

Desde muito pequenos as crianças em idade escolar são colocadas e contato com o mundo da literatura infantil na escola e em casa, e isso muito colabora em seu processo de aprendizagem.

O conto de fadas é geralmente um momento que envolve as crianças na história, levando-os a imaginar todos os lugares e personagens que estão nos livros. Além de distrair, entreter e acalmar, o objetivo da contação de histórias nas escolas visa também desenvolver as habilidades cognitivas das crianças, levando-os a interagir em um mundo mágico, no qual além de desenvolver e utilizar sua a criatividade, podem ser o personagem que quiserem.

Os contos de fadas são amplamente pertinentes à aprendizagem, não só como uma forma de literatura, mas também como uma obra literária integralmente compreensível para as crianças. Dentro deste parâmetro a definição e a acepção mais profunda dos contos de fadas será sempre diferente para cada individuo e distinto para o mesmo sujeito em vários momentos de sua vida.

Muitos contos de fadas colocam o leitor frente a um momento mágico de afeição e de paz, onde os receios e temores se transformavam em coragem, os anseios em esperança e a tristeza sempre dará lugar à felicidade. A literatura infantil auxiliará as crianças a vencer também ao mundo das incertezas, conseguindo alcançar com os conhecimentos adquiridos as alegrias, em lugar das mazelas que as cerca. 

A escola desde sua implantação se configurado como sendo uma instituição mantenedora do desenvolvimento e de conhecimentos intelectuais das, considerando os fatores emocionais, psicológicos e culturais como parte constitutiva e passível de formação e transformação sociocultural. Crendo no aperfeiçoamento das técnicas pedagógicas e na institucionalização da escola como espaço dos saberes socialmente construídos, esta investigação preconiza também formalizar metodologias e conteúdos que produzam a reavaliação constante das metodologias pedagógicas e a elaboração de metas consistentes de aprendizagem, e tais procedimentos de ensino serão constituídos através da aprendizagem instituída por intermédio dos contos de fadas.

1 METODOLOGIA

 

Na elaboração da presente pesquisa foi embasada em um estudo bibliográfico, que envolveu fontes empíricas tais como os Contos Clássicos Tradicionais. As fontes teóricas utilizadas foram desenvolvidas sob uma perspectiva psicanalítica a partir da concepção de importantes autores da literatura infantil. O mesmo oferece uma abordagem qualitativa, que ampara a reflexão, a análise e o intercâmbio acerca das teorias e hipóteses trabalhadas.

Esse artigo tem como abordagem esclarecer as contribuições dos contos de fadas na infância, pois, percebe-se que estes possam abranger o psicológico das crianças, auxiliando-as em circunstâncias as quais não conseguem entender e nem explicar, bem como, fornecem condições para o seu desenvolvimento e aprendizagem.

Este estudo trata-se de um trabalho de referencial teórico sobre o conto de fadas na vida das crianças e sobre seus principais respectivos autores. Conhecimentos teóricos que trarão embasamento para a elaboração de considerações que envolvam o processo educativo direcionado a essa clientela. O método de pesquisa adotado é qualitativo, com especificidades historiográficas.

A análise bibliográfica proposta trabalha a partir de textos de autores que desenvolveram estudos relacionados ao tema proposto para a investigação com fins de fundamentar teoricamente todo o procedimento.

O referencial teórico e documental faz uma aferição da prática, da regularização e das leis que incidiram na formatação dos contos de fadas como sendo um recurso de aprendizagem no decorrer da historiografia da Educação Infantil.

O levantamento de dados e informações didático\pedagógicas permitiu investigar que há um ajustamento entre a realidade escolar e as indigências educativas das crianças em idade escolar. E que para a consolidação de uma aprendizagem de qualidade todos os método pedagógicos são pertinentes.

2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A ORIGEM DOS CONTOS DE FADAS

Segundo Kupstas (1993) os contos de fadas tem origem na civilização celta e apareceram como poemas que revelavam amores estranhos, fatais e eternos. No século II a.c até o século I da era cristã, o povo celta acrescentou ao acervo diversas histórias antigas, a quais evidenciavam a presença forte das fadas, personagens embasados em mulheres iluminadas, capazes de prever o futuro das pessoas. A partir da instituição dessas histórias, deu-se fruto à imaginação popular, e estes dotou-as de asas, varas de condão, diminuindo também o seu tamanho, porém continuou vendo-as como belas e bondosas.

A literatura abalizada para o público infantil começou a ser produzida a partir do século XVII, pois antes deste período, a sociedade feudal não reconhecia ainda que as crianças detinham características próprias da infância. Com o declínio do sistema feudal, a família tornou-se unicelular, e a criança passou a ser concebida como um ser frágil biologicamente, passou a ser distanciada dos meios produtivos, tornando-se em consequência disso um ser dependente do adulto, os quais precisam auxilio para agir na sociedade.

Surgiram no século XVII na França os primeiros relatos de contos de fadas destinados à criança, publicados por Charles Perrault, que os coletou das lembranças do povo. Jean de La Fontaine, também foi outro autor que se consagrou por resgatar histórias orais dos povos de sua época, na Grécia as Fábulas de Esopo, em Roma as de Febro, parábolas da bíblia, coletâneas do oriente e narrativas medievais, concluindo o que hoje se reconhece como Fábulas de La Fontaine.

Apesar dos avanços alcançados neste período, foi somente século XVIII, na Alemanha e a partir das contribuições dos irmãos Grimm, que também colheram dos povos, narrativas, lendas e sagas que se formataram o que é chamada hoje de Literatura Clássica Infantil. Os acervos de livros se ampliaram e compuseram a Literatura Infantil, o dinamarquês Hans Christian Andersen, publicadas foi um relevante escritor e publicou seus livros por volta de 1835 e 1877. Andersen destacou-se por falar às crianças de forma amorosa, instruindo no caminho da crença cristã, em que a vida é uma forma de provação que todos os seres humanos precisam passar para alcançarem ao céu. Conforme nos diz Corso (2006):

Os contos populares pré-modernos talvez fizessem pouco mais do que nomear os medos presentes no coração de todos, adultos e crianças, que se reuniam em volta do fogo enquanto os lobos uivavam lá fora, o frio recrudescia e a fome era um espectro capaz de ceifar a vida dos mais frágeis, mês a mês.

Na Idade Média e Moderna os contos de fadas constituíram-se para a literatura popular das populações europeias. Após serem reunidas essas narrativas foram recontadas por esses escritores, que lhes ofereceram um estilo mais elegante e as traduziram da tradição popular para como as conhecemos hoje a literatura infantil.

Na Idade Moderna seguindo o modelo familiar burguês a criança passou a ser valorizada, e juntamente a essas ideologias surge à necessidade de manipulação de suas ideias e emoções. É neste contexto que a escola e a literatura surgem com fins de atender a essas questões. Segundo Coelho (1997) uma amostra disto é que os primeiros textos literários para as crianças tinham caráter educativo, e a evidência educativa era dotada de um pragmatismo que não aceitava a literatura simplesmente como arte, mas como atividade de preponderância da criança, ou seja, de cunho exclusivamente moralista e ditadora de regras.

Em meados do século XX surgiu à literatura brasileira, e estes contos trazem como abordagem também a realidade vivenciada no cotidiano, atitudes tais como as injustiças e as mazelas existentes na sociedade, sendo esse um dos motivos destes contos serem tristes no final.

De acordo com Lajolo (2002) após a implantação da Imprensa Régia em 1808, principia a publicação de livros para a infância, entretanto essas obras não eram satisfatórias para se afirmar a existência de uma literatura brasileira própria para crianças.

Com o incremento da urbanização a sociedade desta época optou por publicações modernas, direcionadas para diferentes públicos. Na expectativa de mudar de uma vida rural para uma urbana, a sociedade começou a conferir responsabilidade à escola, crendo ser o melhor meio de desde a infância favorecer essa transformação. Entre o século XIX e XX que sucedeu a criação de obras didáticas e literárias designadas ao público infantil.

No decorrer dos tempos às obras foram se diversificando, procedendo numa variedade de livros e de autores, destacando: Olavo Bilac, Euclides da Cunha ou Raul Pompéia e Monteiro Lobato, constituindo a literatura infantil brasileira em múltiplos segmentos, essas e demais obras usavam a literatura, dando ênfase à valorização do país.

Em um Brasil em processo de transformação, iniciava-se também o desdobramento e o empenho pelo desenvolvimento de uma literatura infantil brasileira. A necessidade de obras mais voltadas para o ensino aprendizagem e para a escolarização, fez com que intelectuais, jornalistas e professores passaram a disponibilizar essas produções, que embora fossem embasadas no patriotismo, estes eram beneficiados financeiramente, e como encontravam-se próximos dos governantes tinham certeza do sucesso das obras que lançavam.

Embora esse momento demonstre a estruturação de grande parte dos contos e poesias desse período, mostra também que produzir textos literários para as crianças nesse tempo, era um caminho para a carreira dos escritores, isto apesar de ser o Brasil um país repleto de analfabetos.

Os editores na expectativa de alcançar o progresso começaram a dedicar-se à publicações infantis e escolares, Monteiro Lobato foi um grande autor e um marco para a literatura infantil brasileira. Ele foi um dos importantes lutadores pela descoberta e pela conquista da brasilidade ou do nacional.

Kupstas (1993) garante que os contos de fadas são narrativas muito antigas, apesar de não ser inicialmente destinada às crianças, configuravam-se como mitos difundidos por inúmeros povos, tais como os Hindus, os persas, os gregos e os judeus. Essas primeiras histórias eram na verdade, expressões narrativas de conflitos entre o homem e a natureza.  Bettlheim (2002) explica que:

Os contos de fada, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade e comunicação, e também sugerem as experiências que são necessárias para desenvolver ainda mais o seu caráter. (...) declaram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa apesar da adversidade. (p.18)

Na concepção de Coelho (2005), o mito perde-se nos princípios dos tempos e são concebidos como narrativas que relatam sobre os deuses, duendes e heróis fabulosos ou simplesmente relatam sobre onde o sobrenatural domina. De acordo com a autora desde os primórdios da humanidade, o homem nasceu com a consciência de que, para além dele e do mundo que o cerca, devem existir forças misteriosas e invisíveis que tinham poder sobre todos os fenômenos. E a necessidade do ser humano de contar e ouvir histórias nasceram quando o homem primitivo experimentou a necessidade de obter explicações racionais para o mundo.

Mediante tais informações percebe-se que os contos de fadas estruturavam-se como sendo relatos de fatos da vida de pessoas simples, abarrotadas de conflitos, aventuras, histórias por vezes inadequadas às crianças. A principio esses relatos e\ou contos serviam exclusivamente como entretenimento e somente muitos anos mais tarde, com o descobrimento do mundo das fadas, que as sociedades mais antigas sentiram a necessidade a de utilizar essas histórias e associa-las também à educação, visto que, as crianças demonstravam gostar abundantemente desses contos e a fantasia inserida neles, estava auxiliando a formar a sua personalidade.

Abramovich (1991) esclarece que os contos de fadas perduram a milhares de anos e é de sua importância para a formação e a aprendizagem das crianças de todas as idades. Ouvir histórias coopera de forma significativa para o começo da aprendizagem e para que a criança se torne um bom ouvinte e consequentemente um bom leitor, abrindo e formatando um caminho infinito de descobertas e de compreensão do mundo. Os contos de fadas abrem espaços para que as crianças permitam que se amplie o seu imaginário e despertando-lhes a curiosidade, que imediatamente lhes é respondida e saciada no decorrer dos contos.

O conto de fadas é em grande parte o resultado de o conteúdo comum consciente e inconsciente ter sido moldado pela mente consciente, não de uma pessoa em particular, mas pelo consenso de várias a respeito daquilo que consideram problemas humanos universais e do que aceitam como soluções desejáveis. Se todos esses elementos não estivessem presentes num conto de fadas, ele não seria recontado por

gerações e gerações. Um conto só era recontado repetidamente, e ouvido com grande interesse, se satisfizesse as exigências conscientes e inconscientes de muitas pessoas (BETTELHEIM, 2002, p.52).

Ao longo da sua história, o ser humano é cotidianamente seduzido pelas narrativas que, de forma simbólica ou realista, direta ou indiretamente, descrevem a vida a ser vivida ou a própria condição humana, seja relacionada aos deuses, ou restringida aos próprios homens. Assim é possível entender que desde o principio dos tempos os contos de fadas encantam e enlevam os indivíduos. Bettelheim (2002, p.19) diz que: “o conto de fadas é orientado para o futuro e conduz a criança – em termos que ela pode entender tanto na sua mente consciente quanto na inconsciente – a abandonar seus desejos de dependência infantil e a alcançar uma existência independente mais satisfatória”.

Bettelheim (2002) destaca que os contos de fadas fazem parte desses livros permanentes que os séculos não conseguem extinguir e que, a cada geração, são redescobertos e tornam a extasiar leitores ou ouvintes de todas as idades.

Os contos de fadas existem há milhares de anos e estão inseridos em diversas culturas, em todos os continentes, e a histórias e narrativas semelhantes aos contos que se conhece atualmente são de origem europeia. Os Contos de fadas são temas que deslumbram e estimulam a fantasia dos adultos e em especial das crianças, mexendo com a imaginação e a percepção de todos de uma forma geral.

A fantasia implícita nos contos de fadas colabora para compor a personalidade dos indivíduos, por meio da interiorização dos valores que estão explícitos ou subentendidos nas histórias infantis. A literatura infantil fascina, porque são transmitidos por meio de tradição oral, de uma geração à outra, em momentos mágicos. É também um recurso precioso que as crianças têm para lidar com situações desagradáveis e resolver conflitos pessoais.

Os contos de fadas, ao longo dos tempos e de modo geral, não demudaram sua estrutura básica que é o eterno conflito entre o bem e o mal. Em sua grande maioria possuem uma estrutura simples e por deliberarem sobre situações hipoteticamente problemáticas através da fantasia, tornam-se simples de ser compreendidos pelas crianças. Esses fatos se sucedem devido a esses contos fazerem das emoções dos seres humanos, que nas histórias infantis são transformados em personagens imaginários de um mundo de fantasia.

Mediante essas considerações ressalta-se que a literatura infantil e, especialmente, os contos de fadas podem ser determinantes para a formação cognitiva da criança em relação a si mesma e ao mundo que a cerca.

 

3  OS CONTOS DE FADAS PARA A FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS

A proposta de trabalho pedagógico estruturada através contos de fadas, denota que é possível observar que este instrumento tem múltiplas funções, dentre elas proporcionar um momento lúdico, impelido de imaginação, apresentando a importância da contação de histórias como um referencial de manifestação cultural.

Enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si mesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança. (BETTELHEIM, 2002, p. 20).

Coelho (2003) afiança que por intermédio dos contos de fadas é presumível despertar nas crianças o encanto em ouvi-las, fatores esses importantes para a formação de qualquer criança, visto que, incita a criação e a ampliação da criatividade, da imaginação, da brincadeira, da leitura, da escrita, assim como o querer ouvir novamente, desenvolvendo dessa maneira a oralidade nas crianças.

Todos os aspectos pertinentes ao embasamento da aprendizagem que contribuem para a formação do individuo é sem sombra de dúvida, uma das expressões mais significativas dessa ânsia permanente de saber e obter o conhecimento.

Porto (2006) destaca que todo ser humano é capaz de aprender, no entanto, a otimização e aplicação desse saber, necessitam partir do aperfeiçoamento e consolidação de estratégias diferenciadas, inovadora, específicas e não fragmentadas. Assim é essencial que a prática educacional esteja preocupada com a transformação da sociedade e a favor do desenvolvimento cognitivo de todos os seres humanos. No campo educacional atual o profissional em educação compreende que não basta ter como metodologia escolar, as questões sociais atuais, mas, faz-se necessário que o professor, aluno e família, trabalhem em parceria e tenham domínio de conhecimentos, habilidades, capacidades mais abrangentes, para interpretar a aprendizagem e percebe-la significativa e como sendo um trampolim para a melhoria e qualificação da vida social e também um modo de defender seus interesses.

A utilização dos contos de fadas em sala de aula colabora para despertar no educando a sua imaginação transportando-os ao mundo da fantasia que então estará sendo criado ao seu redor. O fator de contribuir para que as crianças passem a gostar de ouvir histórias é importante porque ela passa a construir dentro de si novas ideias através de descobertas, de outros lugares e épocas, outras maneiras de agir, além de ter a curiosidade respondida, podendo desta forma elucidar melhor suas próprias dificuldades ou então descobrir um novo caminho para a resolução delas.

Exemplifica-se que o trabalho realizado com o auxilio dos contos de fadas no processo educacional pode ser infinitamente rico e significativo em todas as séries, pois permite a intercâmbio entre o educador e o educando, bem como, a interação entre os estudantes no momento da contação de história.

É aqui que os contos de fadas têm um valor inigualável, conquanto oferecem novas dimensões à imaginação da criança que ela não poderia descobrir verdadeiramente por si só. Ajuda mais importante: a forma e estrutura dos contos de fadas sugerem imagens à criança com as quais ela pode estruturar seus devaneios e com eles dar melhor direção à sua vida. (Bettelheim, 2002, p. 16)

Segundo Bettelheim (2002) os contos de fadas, ao longo dos tempos deixaram de ser percebidos como fantasias, para serem notados como portas que se abrem para veracidades humanas ocultas. É através dessa perspectiva que os contos de fadas vêm sendo redescobertos como verdadeiras fontes de conhecimento do homem e de seu lugar no mundo. Para o referido autor a partir dos conteúdos dos mitos, e\ou dos contos, os educandos formulam os conceitos de procedências e finalidades do mundo e de seus padrões sociais.

Os contos de fadas não tão somente discorrem sobre o amor, mas, também de diversas situações vivificadas pelos seres humanos na realidade, e esses fatores incita uma reflexão sobre os desafios que se tem que enfrentar no dia a dia. Portanto, é importante que fique claro às crianças que os contos de fadas falam do lúdico, do mágico, mas, também abordam relatos de coisas e\ou situações reais.

No estudo com contos de fadas a criança se confronta com diversas características fundamentais presentes na existência do ser humano, isso ocorre devido que nos contos de fadas encontra-se presente um dilema existencial abordado de forma breve e decisiva, consentindo à criança compreender sua essência.

 Cultural e social. Os objetivos e/ou foco da escola é o de propor incessantemente o melhoramento do processo aprendizagem dos educandos de todas as idades e níveis culturais. Um ensino de qualidade se expressa no meio escolar, como Com a evolução educacional, a escola tem se estruturado e transformado em um meio de aprendizado e de inserção social, sobretudo no que se refere à inclusão sociocultural, sendo um mecanismo de experimentos de cultura, de ética, de inovações pedagógicas. Tornando-se ao longo dos tempos um ambiente de superação e de variação sendo a possibilidade de se criar e recriar situações de aprendizagem.

 

4 OS CONTOS DE FADAS COMO INSTRUMENTO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DO EDUCANDO

 

Os contos de fadas proporciona à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo, Ampliar o interesse e o hábito pela leitura constitui-se em ser um processo constante, que se principia no lar e posteriormente aprimora-se na escola e prossegue pela vida inteira. Existem diversos fatores que influenciam na construção do conhecimento do educando, um dos mais importantes fatores para o desenvolvimento do interesse da criança pela leitura é determinado pela atmosfera literária, que recurso esse que a criança encontra primeiramente em casa. Ao ouvir histórias desde cedo, estar em contato direto com livros, a criança sentira-se estimulada, e certamente obterá um desenvolvimento favorável de seu vocabulário, bem como, a prontidão para a leitura. Parafraseando Urban (2001, p.4).

Os contos de fada podem ser vistos como pequenas obras de arte, capazes que são de nos envolver em seu enredo, de nos instigar a mente e comover-nos com a sorte de seus personagens. Causam impactos em nosso psiquismo, porque tratam das experiências cotidianas, e permitem que nos identifiquemos com as dificuldades ou alegrias de seus heróis, cujos feitos narrados expressam, em suma, a condição  humana frente às provações da vida (...) apresentando-nos as situações críticas de escolha que invariavelmente enfrentamos, não despertariam nem sequer o interesse

nas crianças que buscam neles, além da diversão, um aprendizado apropriado à sua segurança. Neste processo, cada criança depreende suas próprias lições dos contos de fadas que ouve (...). Oportunamente, pede que seus pais lhes contem de novo esta ou aquela história, quando revive sentimentos que vão sendo trabalhados a cada repetição do drama, ampliando assim os significados aprendidos ou substituindo-os por outros mais eficientes, conforme as necessidades do momento.

Em âmbito escolar as atividades curriculares pedagógicas executadas devem ser diversificadas, levando em conta a idade/série das crianças. Todos os momentos de aprendizagem devem permitir que as crianças obtenham experiências múltiplas, as quais estimulem sua criatividade, a experimentação, a imaginação, que lhes possibilitem desenvolver as distintas linguagens expressivas e sua inserção sociocultural no ambiente escolar, e todo esse processo poderá ser desenvolvido a partir do uso dos contos de fadas como recurso didático-pedagógico.

Para que haja sucesso no cotidiano das escolas, esse ambiente deve estar imbuído de vínculos afetivos, estrutura na qual o adulto tem importante papel, visto que, tal elemento é essencial para se favorecer, e mediar à compreensão de mundo pelas crianças. Para tanto os espaços coabitados pelas crianças nas escolas infantis devem ser agradáveis, diversificados e arejados, onde se estimulará a estruturação de experiências corporais, afetivas, sociais e a efetivação de diferentes linguagens.

A leitura dos contos de fadas é para o educando uma fonte capaz de abrir todas as comportas da imaginação e da criatividade, fator mensurável para se vê e aprender a entender o mundo através dos olhos dos autores e da vivência das personagens. Ao desenvolver-se cognitivamente, a criança se interessa pela leitura e aprende com mais facilidade, podendo se transformar num leitor capaz.

Aprendizagem é um fenômeno do dia-a-dia que ocorre desde o início da vida. A aprendizagem é um processo fundamental, pois todo indivíduo aprende e, por meio deste aprendizado, desenvolve comportamentos que possibilitam viver. Todas as atividades e as realizações humanas exibem os resultados da aprendizagem. (PORTO, 2006. p. 42)

O ambiente escolar adequado é composto por gosto, toque, sons e palavras, regras de uso do espaço, luzes e
cores, odores e mobílias, equipamentos e ritmos de vida, é relevante que as crianças aprendam por intermédio da educação a categorizar, escolher e propor. Há que se afirmar que a instituição escolar deve também criar um espaço onde todas as crianças de diferentes idades possam interagir sociocultural mente. Tão importante como são esses fatores, também é a participação e a presença da família na aprendizagem e na convivência das crianças.

Em sala de aula é relevante que o educando seja motivado constantemente a aprender, e a capacidade de aprender a ler e a escrever do ser humano encontra-se intimamente ligada à motivação. Nesse processo de inserção e aquisição da aprendizagem a influência do educador é significativa. Nesta perspectiva, cabe ao docente desempenhar um importante papel o de instruir as crianças ensinando-as a ler e a gostar de ler. No início da vida escolar, principalmente na Educação Infantil, é necessário que o trabalho com textos dos contos de fadas façam parte do currículo escolar. Assim sendo, o contato da criança com materiais de literatura infantil deve ser constante, com fins que desperte o gosto pela leitura e escrita, tornando-se um hábito e não um momento esporádico.

Os contos de fadas, empregados de modo adequado, embasa-se em ser um instrumento de suma importância na construção do conhecimento do educando, fazendo com que ele desperte a criança para o mundo da leitura não unicamente como um ato de aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.

Segundo Betteleim (2002), os contos de fadas é nesse procedimento um mecanismo imprescindível, impulsionador de aprendizagem. Neste contexto, é necessário que os educadores dos primeiros anos da escola trabalhem diariamente com a literatura, pois os contos constituem-se como sendo um material indispensável, que faz emergir a criatividade infantil e despertando também as veias artísticas da criança. Nessa faixa etária, os livros de literatura devem ser oferecidos às crianças para que favoreçam a disponibilização de sentimentos e emoções que beneficiem o desenvolvimento do gosto pela literatura, enquanto forma de cognição, lazer e entretenimento. Sobre o assunto Campos (2003. p 122) define que:

“A aprendizagem é afinal, um processo fundamental da vida. Todo individuo aprende e, por meio da aprendizagem, desenvolve os comportamentos que o possibilitam viver. Todas as atividades e realizações humanas exibem os resultados da aprendizagem”.

Por intermédio da aprendizagem o ser humano se apropria de culturas e saberes historicamente acumulados pelo homem, contraindo informações que a auxiliarão na edificação de seu conhecimento.

No contexto escolar o papel do professor como mediador da iniciação a leitura pela criança na Educação Infantil é de suma relevância, pois será de sua responsabilidade propiciar aos educandos espaços adequados de leitura, compondo estes espaços em situações prazerosas de aprendizagem. Para aproximar o aluno da leitura dos contos de fadas, faz-se necessário que o professor imponha à literatura uma finalidade significativa, pois somente deste modo será possível formar leitores para a vida toda.

A leitura favorece a remoção das barreiras educacionais de que tanto se fala, concedendo oportunidades mais justas de educação principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, e aumenta a possibilidade de normalização da situação pessoal de um individuo (BAMBERGUER, 2000, p.11).

O conto de fadas é um elemento literário sempre presente na vida de todos, este é um aparato tão necessário, quanto importante tanto na vida dos seres humanos como no processo ensino aprendizagem. Por meio dela pode-se preservar e transmitir a existência, e a existência dos seres humanos, é viável afirmar que as histórias fazem parte das sociedades e da vida do homem. A literatura é neste contexto, um fator de aquisição e transmissão da cultura, considerando-se que é por ela que o conhecimento sobrevive e permanece no espírito do ser humano.  Em verso e prosa a historia permite aos seres humanos transmitir conceitos, sonhos, esperanças, temores, em fim a função pedagógica da literatura infantil no espaço escolar visa promover a ação educativa do livro sobre a criança. Propiciando-lhes o desenvolvimento cognitivo e a relação comunicativa do leitor com a obra, tendo por fundamento o fazer pedagógico.

Salienta-se que é este ato de ouvir e contar histórias que remonta a relação da criança com a leitura e a literatura. Assim quanto mais se coloca as crianças das escolas em contato com o mundo das histórias, mais se estará também contribuindo para que elas gostem de ler e percebam que o livro, a leitura e a literatura são fontes de prazer e divertimento. O ensino construído através dos contos de fadas oportuniza a criança instituir aprendizagem e ao mesmo tempo sua interação com o adulto. Somente se desenvolverá o gosto nas crianças pela leitura, se desde cedo lhes for proporcionado o contato frequente e agradável com os livros, com o ato de ouvir e contar histórias.

 Desta forma, é preciso criar estratégias que possibilitem que os livros se tornem parte integrante do cotidiano das crianças, fator que contribuirá para a formação de alunos leitores. O ato de desenvolver da leitura e\ou a cognição não deve ser percebido como um ato isolado, mas, como um processo de construção de sentidos, não restrito ao simples domínio da palavra escrita, mas, fundamentalmente interligado a aprendizagem das diversas linguagens.

Os contos de fadas despertam o interesse dos educandos, visto que remontam um mundo de sonhos, são historias que possibilitam às crianças de qualquer classe social e idade a vivencia de uma experiência sem precedentes. Os contos de fadas dão aos educadores subsídios para que possam explorar suas ilustrações, conteúdos, e desencadear no cotidiano das escolas, temáticas e discussões relevantes à aprendizagem das crianças. Há que se afirmar que o contato da criança com a literatura tem que estar associado à aprendizagem e a prazer de ler e ouvir histórias.

A aprendizagem no âmbito escolar necessita acontecer de forma gradativa, considerando no processo as etapas e o conhecimento prévio do aluno. Os empecilhos e a não aprendizagem dos conteúdos ocasiona frustrações aos alunos, criando barreiras na construção de sua aprendizagem e logo seu sucesso escolar fica prejudicado. Nota-se que o papel da escola é o de suprimir práticas pedagógicas ineficientes e permitir os educandos a sua inserção e inclusão escolar, norteando novos patamares de autoconfiança, autoestima e de conhecimento.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

            O presente trabalho visa proceder uma análise sobre a importância dos contos de fadas no processo de aprendizagem na infância, incide em refletir sobre a diversidade de procedimentos de aprendizagens, através dos quais os indivíduos conseguem se desenvolver cognitivamente, aprimorando suas capacidades, reorientando para atender suas próprias necessidades e as da sociedade atual.

A análise e a discussão inferida levam a concluir que a literatura infantil e consequentemente os contos de fadas dá à criança os subsídios necessários a um desenvolvimento emocional, social e cognitivo irrefutáveis.

A metodologia utilizada concerne à revisão bibliográfica, e prevê análise de documentos produzidos no âmbito das unidades escolares que trabalham como a educação de ensino fundamental, sendo que a discussão e elaboração da pesquisa realizar-se-á com base na produção teórica referente às concepções críticas sobre as especificidades da educação, e sobre sua conceituação de referencial de aprendizagem.

Quanto aos estudos preteridos encontram-se fundamentados no enfoque teórico seguido. Os resultados e intervenções assinalam uma ampliação nas práticas de aprendizagem organizadas a partir dos contos de fadas e conquistadas pelos educandos, aspectos que são pautadas nas práticas de ensino utilizadas em sala de aula.

O fundamento teórico provém da pesquisa em textos de autores importantes que se dedicaram ao estudo do referido tema. Por meio desta investigação aspira-se entender quais são os métodos pedagógicos plausíveis para se conduzir a aprendizagem dos educandos.

O gênero conto de fadas faz parte dos estilos que compõem a literatura infantil aspecto vinculada à cognição e/ou à educação. Para Coelho (2005), este modelo literário é fundamental para o desenvolvimento intelectual e linguístico das crianças.

Esta investigação tem ainda como objetivo, realizar uma analogia sobre as práticas didático-pedagógicas aplicadas nas escolas e viabilizar metodologias que propiciem o desenvolvimento sócio cognitivo e cultural dos alunos. Oportunizando a estes, contato com múltiplos modelos de ensino, utilizando no processo o conhecimento prévio do educando, propondo para que se atinja este intento, metodologias de ensino que motivem a estes inserir-se e participarem amplamente das atividades de ensino aprendizagem desenvolvidas no espaço escolar.

Bamberger (2000) assegura que cabe ao educador nortear trabalho pedagógico consistente, considerando práticas como ensinar a partir de conceitos básicos tais como os contos de fadas e outros, vislumbrando um novo patamar de aprendizagem e de aquisição do conhecimento.

Tratar-se-á de dissertar sobre as perspectivas e os desafios da educação para as crianças em idade escolar. Salientando ser o processo educativo um importante requisito para a aprendizagem, assim como também um processo através do qual o educador pode avaliar e rever metodologias buscando desta forma disseminar qualquer possibilidade de fracasso escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os seres humanos detém uma habilidade legitima para aprender, todavia, a aprendizagem não deve em nenhuma fase do procedimento educativo estar desvinculada das relações de afeto. Assim sendo, faz-se necessário que o educador perceba que a ação, as estratégias de ensino aprendizagem deve estar embasadas também por relações afetivas, fundamentados em uma afinidade harmoniosa que culminem no prazer em aprender. Conceber estruturas de aprendizagem eficientes é uma metodologia desafiadora, que se estabelece cotidianamente. Salienta-se porém que, a ascensão do ensino a partir de ações de afetividade estão sujeitas à intercessões bem esquematizadas, planejadas e executadas.

Esta investigação teve como desafio discutir sobre a importância dos contos de fadas no processo de aprendizagem na infância, bem como, propor um estudo onde ficasse evidente a relevância de se incentivar a leitura com fins de alcançar a aprendizagem, deste modo, foi proposto um trabalho instituído a partir do uso dos contos de fadas na educação.

Os autores trabalhados na pesquisa afirmam que em qualquer etapa da formação do ser humano é essencial que o mundo dos livros esteja presente e seja ministrado e despertando no educando o prazer e o gosto pelo ato de ler histórias e outros textos.

A finalidade principal deste estudo foi constatar a importância da leitura, especificamente a dos contos de fadas para a formação de futuros leitores. Assim sendo, o embasamento teórico foi referente à prática da leitura e a literatura foi fundamental.

As análises propostas possibilitaram concluir que a escolar necessita dispor de um amplo repertório de livros de contos, fábulas e outros de qualidade para que seus alunos tenham acesso. Ao mesmo tempo o professor precisa se tornar um exemplo de leitor e um bom narrador de histórias, proporcionando a estes a possibilidade de poderem escolher os livros que querem ler, cabe-lhes também iniciar um trabalho com a leitura literária desde a mais tenra idade, instigando o aluno a para que tenha um papel ativo no ato de ler, impulsionando e inserindo o sujeito/aluno na prática social da leitura, ponderando cotidianamente que é lendo que se desenvolve o gosto pela leitura.

Diante do exposto testifica-se que a utilização dos contos de fadas em sala de aula sugere caminhos inovadores para inserção da aprendizagem, os quais podem nortear para que a leitura seja vista como algo encantador e relevante na formação do sujeito.

Uma das expectativas geradas é que se promova uma reflexão por parte dos pais e dos professores sobre a importância do trabalho com os contos de fadas na Educação Infantil e Fundamental, propendendo formar leitores ativos.

Espera-se que o ensino aprendizagem instituído a partir dos contos de fadas sejam agregados à prática de leitura diária, para que isso se processe é relevante a parceria entre escola e família, e que ambos contemplem os contos como referencial, assim deve-se apreciar a magia e fantasia existente nestes instrumentos.

A aprendizagem predispõe subsídios para que os educandos se convertam em sujeitos do ato de aprender, assim sendo, corpo docente e discente devem estar motivados para o desenvolvimento e evolução do processo de aprendizagem, fator esse que será essencial para um crescimento afetivo e intelectual significativo.

ao educando intervir na sua realidade, ou seja, em se meio, para transformá-lo. a ensinar, veiculado por um desejo de superação e transformação sociocultural. Neste contexto, o compromisso da escola, é, portanto o de desenvolver um projeto educacional voltado para o desenvolvimento de capacidades, que possibilitem

O comprometimento com a constituição da cidadania plena, parte fundamentalmente de uma prática O processo educacional não é um projeto simples, para se ensinar com qualidade, não existem receitas e modelos pré-fixados, o ato de ensinar compõe por um conjunto de metodologias, trata-se de construir o aprendizado através da cumplicidade entre aprender educativa dirigida à compreensão da realidade social, dos direitos e responsabilidade em relação ao aperfeiçoamento da aprendizagem pedagógica. Produzir aprendizagem através do currículo mínimo e das diretrizes curriculares significa abrir para a comunidade escolar um leque de novas aprendizagens. Significa construir a aprendizagem por meio de metodologias inovadoras tais como o uso do conto de fadas na educação, com propostas globalizantes, as quais formatarão um novo vivenciar pedagógico.

REFERÊNCIAS

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BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. 7.ed. São Paulo: Ática, 2000.

BETTELEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2002.

BETTELEIM, Bruno e ZELAN Karen. A Psicanálise da Alfabetização. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 1992.

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CAMPOS, Antônio Silva. A psicopedagogia na sala de aula. Editora Ática. São Paulo – SP. 2003

COELHO, Betty. Contar Histórias Uma Arte Sem Idade. São Paulo. Ática, 1997.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil Teoria Analise Didática. 7º edição. São Paulo. Moderna, 2005.

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KUPSTAS Márcia. et ali. Sete faces do conto de fadas. São Paulo. Moderna, 1993. (Coleção Veredas)

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6ª ed. São Paulo: Ática. 2002, p.25.

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PORTO, Olívia. Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento psicopedagógico. Ed. Wak.  Rio de Janeiro – RJ. 2006.

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ZILBERMAN, Regina. A literatura Infantil Brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.