A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO - COLÉGIO ESTADUAL LOUREIRO FERNANDES, CURITIBA – PR/BR

RESUMO 

Acredita-se ter havido nos últimos anos, o despertar de alguma motivação, especialmente no sentido didático, dirigido aos alunos de Nível Médio e de Filosofia. Talvez esta a razão de haver vários escritos sobre o mesmo título. O acadêmico adota como ponto de partida, a busca por artigos publicados na rede eletrônica sobre o mesmo tema a fim de estabelecer correlações entre os autores selecionados, traçando uma provável posição sobre os motivos pelos quais os mesmos defendem o ensino da Filosofia. Com base nestes argumentos e da mesma forma, desenvolve pesquisa de campo entre alunos de determinada comunidade estudantil, pensando hipoteticamente se é possível quebrar com o paradigma de que o estudo de Filosofia seria desnecessário, menos prioritário, talvez pouco atraente na opinião do grande público a que se dirige. Para entender os meios pelos quais o processamento ou gestão da informação se aplica no cotidiano de suas relações, poderá este trabalho, contribuir para o presente e futuro das novas gerações, desenvolvendo consciência crítica entre os alunos, para sistematizar e sedimentar esclarecimentos, que fortaleçam o comprometimento do jovem ao engajamento de atitudes reflexivas, com relação ao estudo de Filosofia, especialmente aceitação e participação em atividades correlacionadas. Com esta iniciativa, poderão os alunos também reforçar nas famílias, a necessidade educativa de aplicar estes conhecimentos, de maneira a promover no âmbito de suas relações, ações que favoreçam a aplicabilidade dos temas propostos pela disciplina, bem como manifestar o espírito de valorização dos assuntos filosóficos humanitários, via estudantil, rompendo com paradigmas negativos à cátedra, diante de resultados quantitativos e qualitativos, por intermédio da obtenção de respostas a serem examinadas e propor novas posturas como, por exemplo, a inserção dos alunos nas Olimpíadas de Filosofia 2016

1. INTRODUÇÃO

A tarefa defendida pelo autor neste modesto trabalho de pesquisa bibliográfica e de campo limita-se inicialmente a desvendar na literatura fluente na rede eletrônica, a importância do estudo de Filosofia em sentido genérico e específico3 investigado em algumas distintas fontes de pesquisa, estabelecendo relação de relevância da disciplina na formação cidadã de adolescentes, 4 envolvendo estudantes do Ensino Médio da comunidade estudantil do Colégio Estadual Loureiro Fernandes, situado na Rua Marechal Mallet, no. 540, no Bairro Ahú, em Curitiba-Pr.
5 O artigo focaliza a apresentação e considerações sobre o estudo de Filosofia, explicação de noções sobre o termo na formação de jovens, o compromisso humanitário com relação ao caráter prioritário dos temas tratados pela disciplina, visto ter sido excluída nos idos de 1960 e 1970, pelos ideais tecnicistas. Oficialmente passam a reintegrar os conteúdos do ensino médio em 1996 através da Lei 9394/1996, cujas competências e habilidades foram
2 Olimpíadas de Filosofia 2016. Disponível em: <
http://www.olimpiadadefilosofia.com.br/2016/05/13/premiacao/.> Acesso em 04.10.2016.
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Para justificar a necessidade de estudar Filosofia, de modo geral, o autor reflete sobre a forma de pensar sobre várias questões contemporâneas e não respondê-las em verdade, mas que ao menos possa contemplar possíveis soluções através daquilo que acreditamos e que da mesma forma, seja convincente (NAGEL, 1998, p. 6 e 7).
4 Kant (1724-1804) nos ensina especificamente que é preciso aperfeiçoar a forma de pensar o que ele sucintamente define como iluminação, não enquanto doutrina, mas como atividade existencial, ou seja: iluminação é a emergência do homem da imaturidade pela qual ele mesmo é responsável. Imaturidade é a desabilidade em utilizar o seu próprio conhecimento sem a ajuda do outro (BURR; GOLDINGER, 1999, p.2).
5 COLÉGIO ESTADUAL LOUREIRO FERNANDES. Disponível em:
<http://www.ctaloureirofernandes.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=9>. Acesso em:
04.10.2016.
3 definidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. 6 Visitar, pois, artigos já escritos, foi tarefa essencial para este trabalho, bem como verificar no contexto escolar, a realidade possível a ser contemplada e discutida.

2. Apresentação e considerações sobre o ensino de Filosofia

Desde julho de 2006, as disciplinas de Sociologia e Filosofia foram aprovadas e introduzidas no curriculo de Ensino Médio pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Esta medida foi fruto de consenso entre educadores, apostando nos vários beneficios que os jovens teriam ao estudarem as mesmas, pelo desenvolvimento de espírito crítico e influenciar na maneira de pensar.
Logo, o autor levanta as razões pelas quais os professores acreditam ser a premissa inicial relevante. Para tanto, primeiramente o autor recorre às fontes bibliográficas apresentando alguns marcos pré-selecionados no intuito de promover o entendimento dos mesmos, na defesa do ensino de Filosofia nas escolas. Nesse contexto, como tema transversal foi apontado nos Parâmetros Curriculares Nacionais em 1999 e a partir de 2009, com a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB a Filosofia torna-se uma disciplina obrigatória no currículo do Ensino Médio em todo o país, desafiando os educadores a aplicá-la de maneira significativa no processo de ensino e aprendizagem. Vale lembrar, como nos ensina Doimo, 7 que embora a Filosofia tenha chegado ao Brasil no século XVI com a Companhia de Jesus e, ao
6 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Disponível em:<
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 04.10.2016.
7 DOIMO, Diego Augusto. Disponível em:<http://www.anpae.org.br/IBERO_AMERICANO_IV/GT4/GT4_Comunicacao/DiegoAugustoDoimo_GT4_integral
.pdf>. Acesso em: 22.09.2016.
4 lado da Teologia, especialmente influenciada pelas ideias aristotélicas e de São Tomás de Aquino bem como as positivistas, apenas em idos de 1940, passa a compor o currículo do curso colegial clássico.
De modo mais especifico, e em contexto adequado, vale apresentar a Ementa da disciplina, baseada nos moldes propostos pelos órgãos de comando, neste caso Secretaria do Estado da Educação do Paraná, onde se analisaram os objetivos principais da disciplina propostos e apontados nesta ordem; 1.
Estabelecer as condições necessárias para o desenvolvimento da linguagem mitológica e da linguagem racional, considerando a importância da organização do pensamento, bem como sua realidade, rigorosidade e totalidade; 2. Debater as várias vertentes do conhecimento, considerando à ética; 3. Identificar os princípios básicos para o desenvolvimento do conhecimento filosófico e cientifico, 8 considerando a superação gradativa e permanente do senso comum à consciência critica, a política (valores) como bases, a partir das quais o sujeito humano constrói a sua realidade material e imaterial.9 A ementa sugere que a disciplina auxilie na construção do pensamento do aluno/aluna e entenda o caráter subjetivo das avaliações, excluindo a objetividade avaliativa enquanto instrumento para tal. Além disso, aponta parâmetros temporais da ciência e da brevidade expositiva ao alunado, como se ensinar a pensar fosse relacionável a este parâmetro. Ou seja, como se a consciência cidadã e humanitária estivesse em dependência destes fundamentos não necessariamente advindos da escola. Já como objetivos da disciplina, se torna relevante destacar que se afastam daqueles apontados pela
8 Nota do autor: Observa-se a exclusão de outros níveis de conhecimento, como o popular e o religioso.
9 EMENTA DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA / SEED-PR. Disponível em:
<http://www.mgaunidadepolo.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/19/1530/140/arquivos/File/PPP_Filosofia.pdf >, Acesso em: 22.09.2016.
5 literatura pesquisada, porque dizem como fazer e não o porquê fazer, como se observa a seguir.

3. Incutindo noções sobre o termo na formação de jovens estudantes

Observem-se entre os pontos favoráveis de defesa, nos artigos estudados, os seguintes posicionamentos, considerando os verbos empregados. 1. Permitir e dar oportunidade de realizar o pensamento de maneira bastante pessoal; 2. Consolidar no aluno jovem, a sua personalidade e seus desejos; apresentar papel importante e fundamental no sentido de colaboração; 3. Priorizar práticas que favoreçam a formação de jovens capazes de desenvolver seu próprio pensamento e crítica; 4. Formar cidadãos capacitados para enfrentar as diversas situações que poderão surgir em suas vidas; 5. Proporcionar a prática de análise, reflexão e crítica em benefício do encontro do conhecimento do mundo e do homem; 6. Despertar a vontade de saber nos alunos;
7. Pesquisar sobre a origem e desenvolvimento das coisas; 8. Refletir sobre a realidade das coisas; Organizar o pensamento das coisas; 9. Mudar atitudes e hábitos sociais e individuais; 10. Gerar competências e habilidades no currículo de Filosofia; 11.
Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto em outros planos: o pessoal-biográfico, o entorno sócio-político, histórico e cultural e o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
Em contraponto, apresentam-se pontos desfavoráveis na prática educativa tais como; 1. Conscientizar de que o ensino não deve ser considerado como uma disciplina a mais a ser ensinada; 2. Evitar gerar dependência de livros didáticos; 3. Pensar crítico capaz de fomentar competências básicas para a construção da autonomia do educando no contexto das suas relações sociais, educacionais e profissionais; 4. Desenvolver a autonomia crítica e não um mero reprodutor de atividades; 5. Inserir o ensino da Filosofia numa proposta de educação crítica que articule os conteúdos do Ensino Médio com os saberes filosóficos dentro de uma perspectiva dialética e dialógica que 6 contribua para uma transformação social; 6. Proporcionar uma inter-relação com as demais áreas do conhecimento; 7. Desenvolver a crítica filosófica do educando como capacidade sine qua non para a abrangência e desempenho de sua vida. 8. Aplicar provas objetivas como parte do processo avaliativo; 9. Replanejar constantemente os conteúdos a serem ministrados; 10. Desfavorecer inovações; 11. Desconectar teoria e prática.

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