A importância do “brincar” na educação infantil na atualidade
Por Gabriela Ferreira Rosa | 05/05/2023 | EducaçãoResumo
O brincar é uma atividade natural e espontânea para as crianças, sendo uma maneira importante de aprendizagem e exploração do mundo ao seu redor. Na educação infantil, o brincar é utilizado como uma ferramenta pedagógica eficaz, e é considerado um direito das crianças, garantido por leis e políticas públicas. As atividades de brincadeira são fundamentais para o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social da criança. Além disso, o brincar é uma forma natural e prazerosa de aprender e explorar o mundo ao redor.
Palavras-chave: brincar, educação infantil, desenvolvimento, cognição, afetividade, socialização.
Introdução
O brincar é essencial para o desenvolvimento físico da criança. As atividades de brincadeira ajudam a desenvolver força muscular, coordenação e equilíbrio. Além disso, o brincar ao ar livre e em contato com a natureza é uma forma importante de promover a saúde e o bem-estar da criança. No desenvolvimento cognitivo, o brincar é uma forma de promover a criatividade, a imaginação e a capacidade de pensamento crítico da criança. As atividades de brincadeira permitem que as crianças experimentem diferentes papéis e situações, o que ajuda a desenvolver sua capacidade de compreender o mundo ao seu redor. As atividades de brincadeira proporcionam um ambiente de aprendizagem seguro e prazeroso para as crianças, onde elas podem experimentar, descobrir, criar e aprender. Ao brincar, as crianças desenvolvem habilidades importantes, como a resolução de problemas, o trabalho em equipe, a comunicação e a expressão emocional. O objetivo deste artigo científico é apresentar a importância do brincar na educação infantil, baseado em revisões bibliográficas de artigos científicos, livros e pesquisas sobre o tema.
Desenvolvimento
O brincar é essencial para o desenvolvimento físico da criança, pois as atividades de brincadeira ajudam a desenvolver força muscular, coordenação e equilíbrio (Pellis & Pellis, 2009). Além disso, o brincar ao ar livre e em contato com a natureza é uma forma importante de promover a saúde e o bem-estar da criança (Burdette & Whitaker, 2005).
O brincar também é uma forma importante de desenvolver habilidades sociais e emocionais. As atividades de brincadeira ajudam as crianças a desenvolver habilidades sociais, como a capacidade de compartilhar, de cooperar e de trabalhar em equipe. Além disso, o brincar permite que as crianças expressem suas emoções de forma segura e saudável, o que é essencial para o desenvolvimento emocional saudável. No desenvolvimento cognitivo, o brincar é uma maneira de promover a criatividade, a imaginação e a capacidade de pensamento crítico da criança (Ginsburg, 2007). As atividades de brincadeira permitem que as crianças experimentem diferentes papéis e situações, o que ajuda a desenvolver sua capacidade de compreender o mundo ao seu redor (Isenberg & Quisenberry, 2002). Além disso, o brincar permite que a criança aprenda a lidar com problemas e a tomar decisões de forma independente (Russ, 2004).
As atividades de brincadeira ajudam as crianças a desenvolver habilidades sociais, como a capacidade de compartilhar, de cooperar e de trabalhar em equipe (Pellegrini & Smith, 1998). Além disso, o brincar permite que as crianças expressem suas emoções de forma segura e saudável, o que é essencial para o desenvolvimento emocional saudável (Friedman & Rushton, 2011). Sendo uma forma importante de promover a inclusão e a diversidade na educação infantil. As atividades de brincadeira devem ser planejadas de forma a incluir crianças de diferentes origens, culturas e habilidades, e a promover a compreensão e o respeito mútuo.
A educação infantil deve incluir atividades de brincadeira em seu currículo, e os educadores devem ser treinados para utilizar o brincar como uma ferramenta pedagógica eficaz (Rossetti-Ferreira & Borba, 2004). As atividades de brincadeira devem ser planejadas de forma a atender às necessidades e interesses das crianças, respeitando seu ritmo de desenvolvimento e sua individualidade (Isenberg & Quisenberry, 2002). É importante lembrar que as atividades de brincadeira não devem ser vistas como uma simples distração, mas sim como uma parte fundamental do processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança.
Estudando a fundo os aspectos cognitivos, aspectos sociais e aspectos emocionais do brincar temos que:
Aspectos cognitivos
O brincar é uma atividade que envolve a imaginação, a criatividade e a experimentação. Através da brincadeira, as crianças exploram o mundo ao seu redor, experimentando novas formas de interagir com os objetos e com as pessoas. Além disso, a brincadeira é uma forma de aprendizado, uma vez que as crianças podem desenvolver habilidades como a resolução de problemas, a linguagem e a memória. Dessa forma, o brincar tem um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo das crianças.
Aspectos sociais
Além dos aspectos cognitivos, o brincar tem um papel fundamental no desenvolvimento social das crianças. Através da brincadeira, as crianças aprendem a se relacionar com os outros, desenvolvendo habilidades como a empatia, a cooperação e a negociação. Além disso, a brincadeira é uma forma de construir vínculos afetivos, tanto com outras crianças como com adultos. Dessa forma, o brincar tem um papel fundamental na socialização das crianças.
Aspectos emocionais
Por fim, o brincar tem um papel fundamental no desenvolvimento emocional das crianças. Através da brincadeira, as crianças podem expressar seus sentimentos e emoções, aprendendo a lidar com situações difíceis e desenvolvendo a autoestima e a autoconfiança. Além disso, a brincadeira é uma forma de reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo um estado de relaxamento e bem-estar. Dessa forma, o brincar tem um papel fundamental no desenvolvimento emocional das crianças.
Conclusão
Conclui-se que as atividades de brincadeira são fundamentais para o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social da criança, e devem ser incluídas como uma parte fundamental do currículo da educação infantil. Os educadores devem ser capacitados para utilizar o brincar como uma ferramenta e as atividades de brincadeira devem ser planejadas de forma a atender às necessidades e interesses das crianças, respeitando seu ritmo de desenvolvimento e sua individualidade.
Referência bibliográfica:
Pellis, S. M., & Pellis, V. C. (2009). The Playful Brain: Venturing to the Limits of Neuroscience. Oneworld Publications.
Burdette, H. L., & Whitaker, R. C. (2005). Resurrecting Free Play in Young Children: Looking Beyond Fitness and Fatness to Attention, Affiliation, and Affect. Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, 159(1), 46–50.
Ginsburg, K. R. (2007). The Importance of Play in Promoting Healthy Child Development and Maintaining Strong Parent-Child Bonds. Pediatrics, 119(1), 182–191.
Isenberg, J. P., & Quisenberry, N. (2002). Play: Essential for All Children. Childhood Education, 79(1), 33–39.
Pellegrini, A. D., & Smith, P. K. (1998). Physical Activity Play: The Nature and Function of a Neglected Aspect of Play. Child Development, 69(3), 577–598.
Russ, S. W. (2004). Play in Child Development and Psychotherapy: Toward Empirically Supported Practice. Lawrence Erlbaum Associates Publishers.
Friedman, M. A., & Rushton, F. E. (2011). The Role of Play in the Assessment and Treatment of Childhood Disorders. Journal of Clinical Child & Adolescent Psychology, 40(2), 149–161.
Rossetti-Ferreira, M. C., & Borba, A. M. (2004). Brincar: Uma questão importante na educação infantil. Revista da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, 8(1), 51–58.