RESUMO

O presente tema vêm ocupando um lugar preponderante em múltiplos setores da vida social, muito particularmente nos da educação e saúde. Este artigo versa sobre melhoria da saúde e a prevenção de doenças e as ações educativas da equipe multiprofissional. Baseia-se numa revisão de literatura sobre a temática e pretende ser apenas uma reflexão que sintetize as principais bases conceituais que estão subjacentes ao tema. Assim, abordam-se os principais marcos inerentes ao assunto proposto e visa olhar para as pessoas, de uma forma abrangente, pois ser-se saudável é muito mais do que a inexistência de doença, de forma que as duas surgem também associadas à mudança de atitudes de modo a efetuar uma eficaz a prevenção de doenças. Assim o desenvolvimento da saúde é uma das estratégias do setor da saúde, para obter a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sendo que o objetivo é fazer com que os usuários e os multiprofissionais caminhem juntos em busca de um bem comum a saúde. Palavras-chave: Prevenção; Promoção; Saúde.

INTRODUÇÃO

O presente artigo abordará sobre a relevância de uma intervenção da equipe multiprofissional em relação as ações educativas na melhoria da saúde e prevenção de doenças na atenção primária de uma estratégia de saúde da família, já que é fundamental para se ter um equilíbrio da pessoa. Percebe-se que que nos últimos anos cuidar da saúde ganhou maior importância, para a redução de doença e ter uma qualidade de vida melhor, de modo que consiga ter uma promoção e prevenção liga a saúde, para benefícios de todos. Desse modo um desses procedimentos para a ascensão é de um pensar articulado nas políticas desenvolvidas na saúde, para contribuir nas ações das necessidades sociais da mesma. (BRASIL, 2016). Já a prevenção implica em uma ação antecipada, que visa interceptar ou anular a evolução de uma doença, assim quando juntamente com a promoção e estimulem e fortaleçam o protagonismo dos cidadãos em sua elaboração e implementação, ratificando os preceitos constitucionais de atuação social. (BRASIL, 2016) Assim visando à criação de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade, defendam radicalmente a igualdade e incorporem a participação e o controle sociais na gestão das políticas públicas, que visa a garantia da saúde e implica em assegurar o acesso universal e igualitário dos cidadãos aos serviços, como também à formulação de políticas sociais e econômicas que operem na redução dos riscos de adoecer.

1 A PROMOÇÃO DA SAÚDE

Quando se pensa em promoção de saúde deve-se remeter ao Winslow e a Sigerist que criaram definições para que se entende-se o conceito de medicina, sendo a promoção da saúde; a prevenção das doenças, a recuperação e a reabilitação, assim em 1965 Leavell e Clark, delinearam o personificação da história natural das doenças, e apresentaram três níveis de prevenção: primária, secundária e terciária e as medidas para a promoção da saúde, na qual pudessem aumentar a saúde através da prevenção. (BUSS, 2003). De acordo com Buss (2003) a ação surgiu no Canadá, em 1974, por meio da divulgação do documento “A new perspective on the health of canadians”, também conhecido como Informe Lalonde, pois a realização desse estudo teve como pano de fundo os custos crescentes da contribuição à saúde e o questionamento do modelo centrado no médico no manejo das doenças crônicas, visto que os resultados apresentados eram pouco significativos. Assim o informe Lalonde, redigido em 1974 no Canadá, foi o primeiro documento oficial sobre o termo “promoção da saúde”, que discutiu o conceito mais amplo de saúde e seus determinantes: biologia humana, ambiente, estilo de vida e organização da assistência à saúde. Na concepção moderna a mesma, por sua vez, sobressai o protagonismo de práticas que privilegiam o envolvimento dos sujeitos nos processos de tomada de decisão através de espaços participativos, construtivos e direcionados para promover a autonomia dos indivíduos e comunidades (PEDROSA, 2004). Assim percebe-se que ela consiste nas atividades dirigidas à transformação dos comportamentos dos indivíduos, focando nos seus estilos de no ambiente em que se encontram, de modo que, os programas ou atividades de promoção da saúde tendem a concentrar-se em componentes educativos, primariamente relacionados com riscos comportamentais passíveis de mudanças, que estariam, pelo menos em parte, sob o controle dos próprios indivíduos. Percebe-se que a saúde é um direito fundamental, que se encontra em igualdade com os outros direitos garantidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, assim a saúde é o maior recurso para desenvolver o social, econômico e o pessoal em relação a qualidade de vida, trazendo condições dignas para as pessoas. (BUSS, 2003). Assim nota-se que quanto mais cuidarmos das relações dos cidadãos e Estado, no que tange a luta contra as desigualdades e participar na construção de cidadania e da constituição de sujeitos que amam, sofrem, adoecem, buscam suas curas, necessitam de cuidados, lutam por seus direitos e desejos, e a saúde é fundamental, pois quando a promoção é realizada se tem uma população menos doente e com uma qualidade de vida melhor. (CZERSENIA, 2003, p. 42). Um dos desafios é mudar o olhar sobre os serviços de saúde, em referência de somente a doença que deve ser cuidada, e sim de irem integral às pessoas em suas necessidades, numa relação de cuidar e ser cuidado, do ensinar e do aprender, para que se tenha uma qualidade de vida, de maneira a perceber que a promoção da saúde não é apenas um nível de atenção, e sim ações que acontecem anteriormente à prevenção. Dessa maneira a estratégia de saúde da família incorpora os preceitos da ABS, os eixos da promoção da saúde e da prevenção de doenças, buscando a reorganização do cuidado à saúde da população brasileira, de maneira que a saúde da família é a estratégia do Ministério da Saúde para reorganizar o modelo de atenção à saúde com base na Constituição Federal de 1988, tendo a saúde como um direito e dever do Estado. O objetivo principal do PNPS é “promover qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde, relacionados aos seus determinantes e condicionantes modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006b, p. 17). [...]