ELIANE SIMONE FONGARO PEZZI

JACIRA JUSTINA BRAMBATTI

LUCIANE CRISTINE DA SILVA ANGHEBEN

NELCI APARECIDA DE GODOY

RAFAELA MENEGON

VERIDIANE ELOISA DAL BÓ MAURINA

Este artigo busca discutir a relevância da rotina infantil, principalmente na fase pré-escolar, ou seja, dos dois aos seis anos, pois é nesta fase em que normas, hábitos e costumes auxiliam no desenvolvimento pessoal e social da criança. Aspectos como: higiene, sono, alimentação, hora para brincar e atividades que estimulam a aprendizagem são fatores importantes e essenciais para a construção da rotina.

São muitos os ganhos obtidos através do desenvolvimento e criação de uma rotina, tanto na escola quanto em casa. O hábito é um mecanismo o qual criam-se, desenvolvem-se e ampliam-se habilidades em diferentes situações e contextos através da regularidade e persistência. Segundo Oliveira (2002) na hora de criar hábitos são essenciais cinco passos: decidir o que se quer que faça ou o que se vai pedir à criança; chegar até o final com as coisas com firmeza e amabilidade; não falar, mas agir; cumprir sempre o prometido até o final; e menos é mais: deixar que as atuações falem mais alto que as próprias palavras. Portanto, até que os objetivos estabelecidos para a criação e estabelecimento da rotina sejam alcançados, há muito que se batalhar e persistir.

Para isto é fundamental, também, a participação da família, pois sem essa o ciclo não dar-se-á por completo. É necessário que a família colabore com o desenvolvimento da rotina, reforçando-os e incentivando-os. Por exemplo, manter horários fixos para a criança dormir, alimentar-se de forma saudável e regularmente, escovar os dentes após refeições, guardar mochila, dentre outros. Há que se salientar também que a criança aprende muito através dos exemplos e modelos com os quais convivem. De acordo com Oliveira (2002) a rotina diária é para as crianças o que as paredes são para uma casa, dando limites, fronteiras e dimensão à vida, assim a rotina dá uma sensação de segurança e sentido de ordem.

Segundo FARIAS e PALHARES (1999) a LDB, Lei de Diretrizes e Bases, estabelece os ensinos mínimos da Educação Infantil, as principais funções que se desenvolvem ao trabalhar rotinas e hábitos no ambiente infantil seriam:

- Oferecer um marco de referência. Uma vez que se aprendeu a correspondente rotina, a criança é capaz de se concentrar no que está fazendo sem pensar nem se preocupar no que virá depois.

- Gerar segurança, uma vez que se trata de uma atividade conhecida por quem a realiza.

- Agir como indicador temporal, já que oferece uma percepção sensorial dos diferentes momentos nos quais se deve efetuar a atividade permitindo saber o que se deve fazer antes e depois.

- Potenciar processos de captação cognitiva, referida às diferentes estruturas que apresentam as diferentes atividades a realizar.

- Desenvolver virtualidades cognitivas e afetivas a nível metodológico com motivo das possibilidades de aprendizagem posterior que terão as crianças com respeito à aquisição de estratégias de planejamento e organização das aprendizagens.

Assim, consideramos que a rotina propicia um melhor desempenho na capacidade cognitiva do aluno e contribue para o desenvolvimento psicológico desses, constituindo um fator decisivo na construção da personalidade da criança. Portanto, é necessário que estes hábitos e costumes sejam os mais estáveis e sólidos possíveis para que a rotina auxilie na estruturação das aprendizagens e personalização da vida escolar e pessoal.

Referências 

FARIA, Ana Lúcia Goulart de; PALHARES, Marina Silveira. Educação infantil pós-LDB: rumos e desafios. Cadernos de Pesquisa, n. 107, p. 253-254, 1999.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez Editora, 2002.

https://www.pedagogia.com.br/artigos/rotinaeducacaoinfantil acessado em 23/04/2019.