A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR

 

Caroline Silva Oliveira1

Cristiane Alves Neris de Oliveira2

José Humberto Figueiredo Araújo3

Thiago Augusto Nascimento Pereira4

Sheila Maria Fernandes5

 

RESUMO: O presente estudo possui o objetivo descrever a origem da facmília assim como sua importância no inicio da vida escolar da criança, definir o papel da escola e retratar a escola dos tempos atuais, destacar quais as maiores dificuldades dos pais em se manter próximo do ambiente escolar dos filhos, quais são os prejuízos tanto no desenvolvimento quanto na aprendizagem da criança devido a ausência dos pais na escola, quais as maiores dificuldades enfrentadas pela escola em trazer os pais para dentro desse ambiente. Temos a intenção de ajudar socialmente com esse trabalho para que apresente a pais e escolas a importância dessa relação, assim como também auxiliar no meio acadêmico como refencial teórico para pesquisas sobre o tema, e pessoalmente temos o interesse de pesquisar e desenvolver um trabalho que expresse tal importância para as pessoas. Acreditamos que esse problema hoje é presente na maioria, ou talvez em todas as escolas, sendo assim é de importância que se desenvolva um trabalho de conscienticação e de auxilio à escola na captação desses pais para dentro do ambiente escolar em ocasiões que não sejam determinadamente para reuniões e apresentações. O presente trabalho trata-se de uma pesquisa Bibliográfica e exploratória, utilizando as fontes pesquisada como livros acadêmicos da Biblioteca Martinho Lutero do Iles Ulbra de Itumbiara e buscas em bancos de dados da Internet como BVS Psi, Google Academico, Biblioteca Digital FGV, Biblioteca Virtual Redalyc, Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações, Pepsic e Scielo, utilizando palavras-chave tais como: Ausência dos pais na escola, Família na escola, Relação entre Pais e escola,  Família, Escola. Não foi utilizado delimitação de período para as publicações.

 

Palavras chave: Ambiente Escolar. Ausencia da Família na escola. Relação Pais e escola.

 

 

 

  1. INTRODUÇÃO 

 

Esse trabalho tem a finalidade de colaborar com a reflexão e discussão sobre a necessidade de um bom relacionamento entre família e a escola para que auxilie no desempenho escolar das crianças, mostrando o quanto é positiva a interação da família na escola para o desenvolvimento da criança nessa fase escolar. Podemos observar que, a estrutura familiar hoje está cada vez mais diversa e a complexidade faz com que dificulte essa relação. Assim gostaríamos de apontar alguns caminhos relavantes para o enfrentamento das dificuldades encontradas nesse processo, ou seja, dificuldades de relacionamento entre a Família e a Escola, às quais podemos observar no descorrer do trabalho.

No interior de nossa própria cultura, sem sair de nossa própria cidade nem de nosso próprio bairro, um belo dia observamos nosso ambiente e nos damos conta de que tudo mudou tanto que mal somos capazes de saber como as coisas funcionam. Sentimo-nos, então, desorientados como se tivéssemos viajado para uma sociedade estranha e distante, mas sem esperança de voltar a recuperar aquele ambiente conhecido no qual sabíamos nos arranjar sem problemas. (ESTEVES, 2004, p.24).

 

Assim percebemos que devido varias mudanças ocorridas na família ao longo da história em função de diversos fatores, vimos que o papel da escola foi ampliado para dar conta das novas demanda da família e da sociedade. Não há como fugir desse fato, pois estaríamos sendo irreais, pois essas mudanças afetam tanto a sociedade como um todo quanto a educação dos filhos. Assim nossa metologia busca referenciar bibliograficamente com caráter descritivo matérias que promovam a intervenção voltada ao fortalecimento dos laços de aproximação entre escola e família, almeando uma parceria que crie um ambiente mais favorável ao desenvolvimento das crianças nesses dois ambientes socializadores e educacionais.

Piaget (2007) afirma que uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a muita coisa que uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades. Assim essa relação deve ter como pronto de partida a própria escola visto que os pais tem pouco ou nenhum conhecimento sobre características de desenvolvimento cognitivo, psíquico e tão pouco, entendem com ose dá a aprendizagem, por isso a dificuldade de participar da vida escolar dos filhos.

O papel que a escola possui na construção dessa parceria é fundamental, devendo considerar a necessidade da família, levando-as a vivenciar situações que lhes possibilitem se sentirem participantes ativos nessa parceria. Vale ainda ressaltar que a escola e família precisam se unir e juntas entender o que é Familia e o que é Escola, como eram vistas anteriormente e como são vistar hoje, e ainda o que é o desenvolvimento humano, como a criança aprende entre outros.

O presente estudo possui o objetivo descrever a origem da facmília assim como sua importância no inicio da vida escolar da criança, definir o papel da escola e retratar a escola dos tempos atuais, destacar quais as maiores dificuldades dos pais em se manter próximo do ambiente escolar dos filhos, quais são os prejuízos tanto no desenvolvimento quanto na aprendizagem da criança devido a ausência dos pais na escola, quais as maiores dificuldades enfrentadas pela escola em trazer os pais para dentro desse ambiente.

Temos a intenção de ajudar socialmente com esse trabalho para que apresente a pais e escolas a importância dessa relação, assim como também auxiliar no meio acadêmico como refencial teórico para pesquisas sobre o tema, e pessoalmente temos o interesse de pesquisar e desenvolver um trabalho que expresse tal importância para as pessoas.

Acreditamos que esse problema hoje é presente na maioria, ou talvez em todas as escolas, sendo assim é de importância que se desenvolva um trabalho de conscienticação e de auxilio à escola na captação desses pais para dentro do ambiente escolar em ocasiões que não sejam determinadamente para reuniões e apresentações.

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa Bibliográfica e exploratória, utilizando as fontes pesquisada como livros acadêmicos da Biblioteca Martinho Lutero do Iles Ulbra de Itumbiara e buscas em bancos de dados da Internet como BVS Psi, Google Academico, Biblioteca Digital FGV, Biblioteca Virtual Redalyc, Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações, Pepsic e Scielo, utilizando palavras-chave tais como: Educação Infantil, Familia na escola, Ambiente escolar, Desenvolvimento infantil, Relação Pais e Escola. Não foi utilizado delimitação de período para as publicações.

 

 

  1. A FAMÍLIA

2.1. A origem da família

 

Família derivada do latim “famulus”, que quer dizer “escravo doméstico”. Esta origem, segundo Engels (2012)vem é da Roma Antiga, para dar nome aum grupo social que surgiu entre as tribos ao serem abduzidas na agricultura e escravidão. Sabe-se que a família é caracterizada como um núcleo de pessoas que convivem em um determinado ambiente, durante determinado tempo e que se acham unidas por laços consanguíneos.

As origens históricas da família são bastante antigas. Sabemos pelos estudos arqueológicos e mesmo históricos que nas sociedades primitivas já havia formas de nucleação familiar, não com papeis definidos, mas já apontando para dependências entre os membros. A partir do surgimento da escrita, os registros gráficos salvaguardaram aspectos da estruturação dos grupos humanos nos seus mais diferentes momentos, sejam eles sociais ou mesmo privados.

Nossa cultura ocidental deve muito às criações das sociedades gregas e romanas. Na literatura, nas artes, na música, na arquitetura e mesmo nas relações humanas, a Grécia e Roma criaram as bases para a vida social e cultural do ocidente. Assim, para compreendermos certas formulações educacionais e familiares da atualidade, faz-se sensato rever a forma de organização destas culturas em diante.

A educação no período do auge da Grécia, cerca do século XVIII a.C. ao século III a.C. era privilégiode poucas crianças. Receber educação formal era algo muito importante, por isso este papel era delegado a pessoas que se destacavam nas artes, na ciência e na filosofia. Por se tratar de um privilégio, apenas os meninos de famílias abastadas tinham esta regalia garantida. A eles era ensinada língua grega, cálculos, oratória, retórica e em determinadas escolas, sobretudo em Esparta, ensinava-se arte militar e manuseio de armas.

A educação, seja ela na Grécia do referido período ou na Roma dos século II a.C. ao século IV, tinha carátermachista. Meninas não eram aceitas nos centros de educação e, salvo excessões, nunca participavam da vida acadêmica, política ou científica. À elas, como relata Àries, eram ensinados os afazeresdomésticos, geralmente admoestados por suas mães. As pessoas provenientes de famílias humildes raramente eram alfabetizadas.

Jaeger, na sua obra Paideia, lembra que os filhos dos cidadãos aram obrigadas a estudar. Os diretores do ensino eram escolhidos dentre os homens mais velhos, considerados aptos para ocupar a função de mestre, direcionando o conhecimento das crianças. Já asatividades militar e atlética eram destinada aos efebos,jovens militares com vitalidade e força, responsáveis por transmitir a arte militar e preparar as indispensáveis qualidades físicas dos meninos. (Jaeger, p. 1227).

Segundo Engels(2012),no referido período, a educação, que já era um privilégiovoltadopara a classe dominante,era iniciada pela mãe, a qual tinha a função e a responsabilidade pelos primeiros passos dos filhos, dividindo algumas funções educativas com o pai, que tinha como principal responsabilidade educar durante a adolescência, dando-lhes formação de ofício.

A formação de uma família na antiguidade clássica não começava sempre da mesma forma, havia variações de acordo com a origem das pessoas. A educação dos meninos gregos pertenciaàscamadas sociais mais ricas e poderosas eram ensinadaspor tutores quanto àoratória, a poesia e o cálculo, as meninas eram educadas em casa pelas mães para que se tornassem dona de casa soubessem fazer os afazeres do lar e se tornassem boas esposas.A função das mulheres neste período era de servir seus maridos, se doar aos filhos, cuidando e acompanhando seu crescimento.(Jaeger, 2001, p. 1228).

Alguns dos aspectos históricos sobre a família e a educação serve para nos mostrar que, em apenas algumas situações os pais tinham o compromisso permanente de educar os filhos. Em outras situações, sequer existia sentimento que unia as famílias. Certamente os protótipos ocidentais de família se alteraram bastante desde a antiguidade clássica ou romana até nossos dias. Hoje o conceito atual de família segundo o livro Manual Direito das Famílias, Maria Berenice Dias diz que é difícil encontrar uma definição de família de forma a dimensionar, no contexto social dos dias de hoje, se insere nesse conceito.

É mais ou menos intuitivo identificar família com a noção de casamento, ou seja, pessoas ligadas por um vínculo do matrimônio.Essa forma clássica de união familiar se diluiu ante as inúmeras configurações que surgiram. Diante delas, muitas vezes a função materna e paterna foi relegada aos avós ou terceirizada para instituições cuidadoras ou ainda repassada à pessoas comuns que recebem como diaristas para cumprirem a função de cuidadoras enquanto os pais, ou responsáveis diretos trabalham no mercado multifuncional.

2.2.A importância da Familia no inicio da vida escolar da criança

 

“Os padrões familiares vão se transformandoe reabsorvendo as mudanças psicológicas,sociais, políticas, econômicas e culturais, o que requeradaptações e acomodações às realidades enfrentadas”(GILDER,1996, p. 24).

 A concepção de família nuclear, constituída pelos pais e pelos seus filhos, bem como a de família alargada ou extensa, constituídos pela família nuclear e outros parentes como tios, avós ou núcleos familiares com origem no casamento dos filhos, já não é aquela que todas as crianças vivenciam na prática.

Como cita Davies,em Os Professores e as Famílias (1993, p.34),"Nesta compreensão de família -pai, mãe, filhos-há, sem dúvida, um julgamento que não é científico, mas moralista, pois utiliza um padrão como referência e considera os outros inadequados".Existem muitas e inúmeras formas de estrutura familiar, a família de pais separados que realizam novas uniões das quais resulta uma convivência entre os filhos dos casamentos anteriores de ambos e os novos filhos do casal; a família chefiada por mulher, existente em todas as classes sociais, a nuclear, a extensa, a homossexual, enfim, observa-se uma infinidade de tipos que a cultura e os novos padrões de relações humanas vão produzindo.

Na família saudável, os filhos aprendem a crescer na liberdade, na responsabilidade e em todos os requisitos indispensáveis para se assumir qualquer tarefa na sociedade. Com a iniciação na educação formal, são estimulados, para os conceitos serem assimilados e feitos próprios, constituem-se os valores fundamentais, necessários para serem cidadãos livres, honestos e responsáveis.

Gomide (2005) aborda família e escola como instituições indissociáveis e indispensáveis para a boa fundamentação individual, no quesito cidadania da criança, “aescola e a família compartilham funçõessociais, políticas e educacionais, na medida em quecontribuem e influenciam a formação do cidadão”.

No Brasil, a ausência dos pais na formação escolar dos filhos é algo recorrente, os motivos são diversos, mas em geral, está relacionado com a velocidade da vida cotidiana atual, o ofício com carga horária que torna difícil o acesso aos horários escolares, e o conceito equivocado de que, quando a família está presente na escola, algo vai mal com a criança.

A iniciação escolar de crianças ainda na primeira infância, que antes desempenhava uma função apenas que cuidava e atendia ás necessidades básicas como higiene e alimentação, hoje é formadora também da consciência cidadã, através de diferentes formas de didática infantil. A escola é considerada a extensão da família e, trabalhando juntas, as duas instituições desempenham o papel de educadores. É nesses dois contextos institucionais que se desenvolve a sociabilidade, a afetividade, o bem estar físico, psíquico, e consequentemente comportamental, dos filhos-alunos-cidadãos.

 

3.A ESCOLA

3.1. Definição de escola

 

A escola conforme Freitas (2011) foi criada para servir a sociedade e assim, prestar contas do seu trabalho, de como faz e como conduz a aprendizagem das crianças. Para tanto, necessita criar mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar de seus filhos.

Cabe à escola a iniciativa de propostas de interação. A escola, assim como as famílias, vem passando por modificações constantes, embora as mudanças ocorridas na família aconteçam de forma muito mais rápida. A escola precisa acompanhar e aceitar tais mudanças, e a implantação de um mecanismo de representatividade dos professores junto aos alunos e comunidade escolar é uma forma de intermediar o diálogo e aproximar uns dos outros. De acordo com Peres apud Bencini (2003, p.38), ”Mudanças que antes ocorriam em 100 anos agora acontecem em dez e está muito difícil acompanhar as novas exigências sociais e culturais”

Em 1549 foram criadas pelos Jesuítas as primeiras escolas do Brasil, a começar pela cidade de Salvador.Mantidas com muito sacrifício, mediante esmolas e donativos especiais, e a mão de obra nas construções incluía o esforço físico de religiosos ajudados por índios e alguns colonos prestativos (NISKIER, 2001. p.23).

Hoje vemos que as escolas não passam por tantas dificuldades financeiras como no início dos tempos. Porém apesar disso encontramos muitos problemas relacionados a dificuldade de aprendizagem, indisciplina, falta de preparo de professores, pais que não participam da vida escolar dos filhos e muitos outros.

Durante dois séculos os Jesuítas criaram e mantiveram praticamente todo o ensino público no país, tudo que se fizera até então a respeito de educação atendiam apenas a setores isolados, cidades e vilas espalhadas ao longo de nosso território brasileiro, em sua faixa litorânea e, excepcionalmente, em localidades do interior das capitanias de Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Hoje o ensino fundamental é direito de todos. (NISKIER, 2001,p.12).

No século passado a escola se mostrava detentora do conhecimento e métodos pedagógicos, e sua aplicação era feita em detrimento da participação dos pais e da comunidade.Havia uma grande centralização do saber.

Atualmente a educação fundamental é um direito de todos. Existe maior acessibilidade e a gestão das escolas públicas tornaram-se democráticas, permitindo a participação de toda comunidade local e escolar nas tomadas de decisões, porém, muitos nem sabem desses direitos, não se importam ou são ocupados demais para participarem.É importante que a escola faça um trabalho de orientação aos familiares e de toda comunidade, permitindo uma maior participação de todos, o que torna o gestor o maior responsável por influenciar toda comunidade escolar neste sentido de orientação.

 

  1. A escola dos dias atuais

 

Atualmente asituação da escola não é das melhores. É comum oubir situações de alunos com problemas deindisciplina, dificuldades de aprendizagem e vandalismo. Contudo, essa acepção do comportamento educativo não éuma produção da escola, mas é neste instituição que estes problemas surgem, trazidosobviamente por estudantes que tem uma vida extraescolar. Aludidos comportamentos são problemas que poderiam ser amenizados se escola e família trabalhassem efetivamente juntos, associados também à sociedade e a uma cultura educativa.

Podemos observar família e escola jogam a responsabilidade um para o outro. Os professores atribuem a culpa dos problemas aos pais que não cumprem suas obrigações de educar, mandam seus filhos para escola, mas não ajudam e nem participam da vida escolar deles. Por sua vez, as famílias culpam os professores que são despreparados e a gestão escolar que não faz o que é preciso para melhorar.

Mas o que vemos, é que tanto família quanto escola estão passando por profundas transformações e ambas precisam acompanhar tais mudanças de forma conjunta, facilitando o processo de aprendizagem das crianças e ajudando uns aos outros na busca de um objetivo comum, o de educar as crianças.

Nossa abordagem histórica visa entender as transformações paradigmáticas corridas nessas duas instituições–escola e família –e o provocou o afastamento recíproco de ambas, além de constatar a importância desta parceria como contribuição para uma melhora na qualidade de ensino, podendo assim propor atuações para as escolas e famílias apoiarem uma a outra na educação das crianças. Podemos observar que nos últimos tempos o Estado tem procurado ajudar e que muito tem sido feito em busca de uma melhoria na educação, e que muito ainda falta.

A instituição escolar, ou educativa, é de importância imensurável para o desenvolvimento humano e social. Certamente ela depende da colaboração de outras instituições, as quais são legalmente responsáveis por promover a educaçãoe tambémpelo planejamento de que tipo de educação deve ser promovida. Observamos que muito tem se dito sobre a importância desta relação entre escola e família, que o Estado tem se mobilizado para que isto ocorra, mas que apesar de todos os esforços a atuação dos pais é muito rara, ficando esta importante instituiçãoafastada do real processo educativo, não apenas com participação na vida da escola de seus filhos, mas perdida ante a parte da educação que lhe compete na formação social dos valores do indivíduo.

A instituição escolar contemporânea procura se adaptar a algumas mudanças, principalmente com a inserção da tecnologia no espaço educativo, mas seus principais gargalos se encontram na transformação das instituições sociais, dentre as quais está a família. Oaspecto mais gritante destas mudanças resume-se no afastamento físico, mas também teórico e metodológico da formação pessoal. Por isso, é necessária a interação entre ambas, promovendo uma maior eficiência na educação e ensino das crianças.

A escola como detentora do conhecimento científico deve fornecer e promover nessa relação, todo seu cabedal de conhecimento de forma que esse esforço leve em consideração os aspectos particulares da situação social e cultural hora vigente, e que influenciam de forma decisiva o equilíbrio familiar.

Por sua vez as famílias, responsáveis pelo desenvolvimento social e psicológico de seus filhos, devem buscar a interação com a escola, promovendo, questionando, sugerindo e interagindo de forma a fornecer elementos que através de discussões e ampla comunicação com os educadores promovam as iniciativas que vão de encontro às necessidades dos educando.

Necessário se faz uma abordagem individualizada dessas duas instituições para uma melhor compreensão de sua situação atual e como isso influencia a relação família escola, foco dessa abordagemno contexto da educação brasileira na contemporaneidade.

 

4.A RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA

  1. As maiores resistências e dificuldades dos pais em se manter presente do ambiente escolar dos filhos

 

Um estudo e cunho exploratório avalia o grau de envolvimento dos pais de classe média alta e alta na educação dos filhos, tendo como finalidade estudar a relação família escola, aponta alguns pontos vulneráveis que podem influenciar na resistência a aproximação do vínculo família-escola. Foi constatado que a abordagem sobre esse assunto, não é tão extensa quanto necessário, indicando poucas explanações sobre o tema. A autora acha por bem amparar-se numa pesquisa científica de Donatelli(2004), o qual enfatiza poucos estudos que possam iluminar um caminho promissor da homogeneidade mais integrada da família na comunidade escolar. (FEVORINI, 2009).

A relação escola versus família é reiterada entre os estudiosos ser uma temática pouco desenvolvida no cenário brasileiro, isso é um tanto preocupante, pois esses dois tripés da sociedade, são essenciais no exercício de educar, socializar e influenciar nos setores agenciadores das relações humanas. (OLIVEIRA, C.B.E, MARINHO-ARAÚJO,C.M. 2010)

É bem interessante um aspecto frisado por intermédio de entrevistas, o desejo dos pais em intensificar essa relação família-escola. Um estudo delineado por (PACHECO e ARAÚJO, 2005), sugerem reuniões mais frequentes entre pais e professores são indicações como uma potente ferramenta para efetivação do ciclo vincular entre as duas instituições. Entre algumas ações incentivadoras foi destacado o programa “Escola da Família” em que as escolas estaduais de São Paulo, abrem as portas nos fins de semana, oferecendo atividades culturais relacionadas a saúde para toda comunidade. (FEVORINI,L.B. 2009).

Para Fervorini (2009), um fator relevante para o afastamento dos pais no cotidiano escolar, se dá pelo desconhecimento das condutas escolares das classes regularmente favorecidas ou das favorecidas que ergue barreiras para umas compreensão mais ampla das classes populares pouco pesquisadas, inibindo assim uma comparação entre ambas.

Oliveira e Araújo(2010) possui uma perspectiva a qual indica o fortalecimento da interdependência relacional dessas instituições, é necessário também identificar os conceitos ou definições as quais essas famílias se encaixem, para que haja um levantamento mais abrangente de estudos capazes de potencializar as relações humanas, com o propósito de rompimento da culpabilização levantada no contexto escola-família.

Com as alterações das configurações familiares, relativamente comparado com meados do século anterior ao da contemporaneidade, apontam novas formas de relacionamento no âmbito familiar. Mais mulheres tomaram rédeas de seus lares, divórcios aumentaram, com todas as novas concepções familiares, e também nas leis estudantis, as crianças passam a entrar nas escolas mais cedo, resultando assim numa inércia dos papéis ou funções relacionadas entre ambas comunidades.  (FEVORINI, 2009).

Sobre a análise histórica da família, as mudanças e influência que a mesma exerce sobre a sociedade e o indivíduo, é bem singular a apropriação de suas crenças mitos ou regras, assim como também nas construções de suas representações. (BENATO,D.T, 2014).

Fevorini (2009), afirma que surge um questionamento: “A família está ou não em crise”, e algumas divergências de opiniões entre pesquisadores são ressaltadas na tese, tendo como amparo o a pesquisa de Donatelli (2004), em que ele traduz o enfraquecimento vincular entre escolas- famílias, pela desestrutura e mudanças de valores no que diz respeito as funções e regras estabelecidas internamente e na ligação com a esfera pública, mediante pressão econômica e antropológica.

A autora cita um estudo de Donatelli(2004), ancorado por (Ariès), o qual destaca como um problema o amor incondicional e devotado dos pais aos filhos, e  frisa ser recente e que esse sentimento está associado a culpa que esses pais sentem pela ausência no cotidiano dos filhos, e isso os tornam passivos e com atitudes compensadoras devido o consumismo produzido pela indústria capitalista. (FEVORINI,L.B. 2009, p.26).

Segundo Benato com o advento da industrialização, a família enfrenta vários desafios. Com a industrialização a instituição familiar perdeu a função e reproduzir passando a trabalhar nas fábricas. Com essas demandas, as mulheres tiveram que deixar seus lares resultando em um novo contexto histórico, o qual as famílias e as escolas passam a dividirem suas tarefas ou papéis. (BENATO,D.T, 2014).

O enfraquecimento da autoridade nas famílias, reproduzem uma identificação vazia, sem exigências provedoras de limites fundamentais para a formação do indivíduo. Tudo isso espelha nas atitudes inercias em relação à vida escolar dos filhos, podendo resultar no afastamento do vínculo escola-família. (FEVORINI,L.B. 2009, p.26).

 

  1. Os prejuízos no desenvolvimento e na aprendizagem da criança devido ao afastamento dos pais com a escola

 

Conforme Dias (2010), as crianças e adolescentes pedem limites e estes os ajudam a organizarem suas mentes. Os adultos muitasvezes acabam não colocando limites porque assim é cômodo para eles. Colocar limites significa envolver-se, conter o adolescente e a criança, suportar suas reclamações e protestos, enfim, enfrentar as dificuldades.

Vemos também um aumento no número de divórcios em todo o país, o que reflete na mudança de comportamento de toda a população, influenciando também o rendimento escolar das crianças. Em Pesquisa Estatística do Registro Civil, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o número de divórcios acompanhou a tendência verificada nos últimos 10 anos e aumentou em 2008. Somente no ano passado, os divórcios totalizaram 188.090 mil, o que significa 4,6% de acréscimo em relação ao ano anterior. De acordo com o IBGE, destes divórcios registrados em 2008, 181.456 foram de cônjuges com 20 anos ou mais de idade.

De acordo com Ana Paula Jardim (2006), com a grande iniciativa das mulheres em pedidos de divórcio podemos ver o quanto elas se tornam independente a cada ano, ganham mais espaço no mercado de trabalho e devido a todas as mudanças citadas na família, a participação das mulheres no mercado de trabalho, aumento do número de divórcio no país, os pais que passavam boa parte do tempo ausentes da vida dos filhos passaram a se ausentarem por completo, deixando a criação dos filhos cada vez mais aos cuidados de instituições extra familiares: berçários, creches e escolas.

Com essas modificações, espera-se que a escola assuma, alémda função de desenvolver o potencial da aprendizagem, também a função de educar valores. Apesar de a escola ser insubstituível na educação, formação profissional e socialização da criança, por toda sua variedade de idéiase suas diferenças de crenças, culturas e de condições sociais, se torna um espaço de muitos conflitos. É por isso que o diálogo, a compreensão, o compromisso são elementos indispensáveis para que se consiga terra fértil. Assim faz-se necessário o investimento no sentido de se construir bom relações, procurando minimizar a indisciplina. Onde entra o diretor como personagem principal de bons relacionamentos, promovendo iniciativas que atraem a participação dos familiares e de toda comunidade no universo escolar.

Segundo PAROLIN (2008), no lar, as imposições dos pais, nem sempre equilibrados, direcionados por caprichos e interesses, muitas vezes, mesquinhos, empurram o jovem, desestruturado ainda, para o convívio de colegas igualmente imaturos.

Em outras circunstâncias, genitores irresponsáveis transferem os deveres da educação a funcionários remunerados, ignorando as necessidades reais dos filhos, e apresentando-se mais como fornecedores de equipamentos e recursos para a existência, do que pessoas afetuosas e interessadas na sua felicidadedãomargem a sentimentos de rancor ou de imediatismo contra a sociedade que eles representam.

Ademais, nas famílias conflituosas, por dificuldades financeiras, sociais e morais ou todas simultaneamente, o adolescente é obrigado a um amadurecimento precipitado, direcionando o seu interesse exclusivamente para a sobrevivência de qualquer forma, em considerando a situação de miséria na qual estão vivenciando.

Com todas as angústias e dificuldades que a ausência dos pais na vida escolar dos filhos pode gerar, podem-se destacar as principais consequências desta situação na escola e na aprendizagem dos alunos.

Sobre as consequências desta ausência Bergamo (2009 apudMENDES, 2010) explica que o pouco contato dos pais com a vida diária dos filhos fez e faz com que a responsabilidade do ensino básico da criança, fique delegada a escola. A autora ressalta que, hoje,a escola desenvolve, também, o papel de 1º formadora da consciência cidadã dos jovens. Segundo a autora essa é uma das consequências da ausência dos pais na vida escolar dos filhos: a delegação da responsabilidade à escola.

Sobre as possíveis consequências que a ausência ocasiona para o processo educativo do aluno Araújo (2010) destacaque a ausência familiar na vida escolar da criança gera desânimo e falta de interesse, por parte dos alunos, pela escola e isso pode ocasionar vários problemas educacionais. A autora ressalta que a família precisa demonstrar respeito e consideração pelo ato de aprender e tudo o que o envolve, deve mostrar com suas atitudes o devido valor que dá à educação. Segundo a autora isso é feito mediante a presença e a participação na vida escolar dos filhos. A autora complementa alertando que quando os pais não valorizam a escola os alunos tendem a não valorizar também.

Concordando com Araújo, destaca-se o que Dessene Polônia (2005) afirmam em relação ao distanciamento da família na vida escolar dos filhos, que reage como um potencial provocador do desinteresse e da desvalorização de educação, pois a família é vista como a impulsionadora da produtividade na escola.

Varani e Silva (2010) ressaltamque a ausência da família na vida escolar dos filhos é um dos fatores que levam ao baixo desempenho escolar. Existem outros fatores que também influenciam no desempenho escolar das crianças, tais como o fator econômico, o político, o social e o cultural.

Para Barros (2010), que é psicólogo clínicoa escola não tem que substituir a família, e sim completar. Para elea rebeldia é uma das consequências da ausência familiar e essa rebeldia, certamente irá refletir-se na escola com os professores e demais profissionais que trabalham na escola.

Paro (2007), alerta para algo que se faz muito presente em nossa realidade educacional,relata que se a família se ausenta do processo pedagógico da escola pode-se correr o risco de se ignorar algo, que é imprescindível para o bom desempenho dos alunos.

Através de própria experiência docente afirmo que, para um bom trabalho pedagógico com o aluno, precisa-se de várias informações de cunho pessoal, pois só assim é possível realizar atividades que fazem parte de seu cotidiano e que suprirá suas necessidades educacionais. Essas informações, de cunho pessoal, somente a família é capaz de fornecer para os professores.

 

  1.  As dificuldades da escola em recrutar esses pais para dentro do ambiente escolar

 

Atualmente a relação entre a escola e a família tem despertado um crescente interesse dado a sua importância para a educação e o desenvolvimento humano.

Segundo Polonia e Dessen (2005) a escola e a família destacam-se como duas instituições fundamentais cuja importância só se compara à própria existência do Estado como fomentador dos processos evolutivos do ser humano, proporcionando ou inibindo seu crescimento físico, intelectual e social. No ambiente escolar, uma vez atendida às demandas psicológicas, sociais, culturais e conseqüentemente cognitivas, esse desenvolvimento irá acontecer de forma mais estruturada e pedagógica, que no ambiente doméstico familiar.

Diante do fato este trabalho tem o propósito de mostrar as dificuldades da escola em recrutar esses pais para dentro do ambiente escolar, considerando a relação pais-escola no desempenho escolar dos alunos.

Para Fernandez (2008), “família é um termo que não é possível definir, sendo apenas possível a sua descrição, família é um conjunto de pessoas que gostam umas das outras”, o que vem reforçar a importância das relações afetivas que se estabelecem entre as pessoas que acompanham o dia a dia da criança contribuindo de forma decisiva para o seu desenvolvimento.

De acordo com Nogueira (2006): “Tendo se tornado quase impossível a transmissão direta dos ofícios dos pais aos filhos, o processo de profissionalização passa cada vez mais por agências específicas, dentre as quais a mais importante é, sem dúvida, a escola.” (p.161). A escola se torna o meio social mais considerável para a instrução educacional das crianças, deixando a família de ser a única instituição responsável por esta obrigação.

Áries (2006) aponta que a forma com que os pais deviam educar seus filhos foi sendo modificada com o surgimento do sentimento de infância, e desta forma no século XV a estrutura das escolas também começam a ser alteradas, deixando de ser asilo para estudantes pobres, para buscar aumentar o número de atendimento das famílias populares, pois até então somente uma minoria que era composta por clérigos letrados, ricos e burgueses tinha acesso ao ensino.

De acordo com Fernandes (2017) para compreender a relação entre escola e família se faz necessário mensurar a importância de ambas no desenvolvimento das crianças bem como entender o contexto histórico das mesmas. Assim é possível trazer contribuições pertinentes para que ocorram ações importantes neste processo e venha ocorrer melhorias.

Sendo que conforme com Lopes (2002), essa instituição de ensino, tem a finalidade de ofertar condições necessárias para que aluno “receba constantemente qualificação diária em seu exercício de atuação, viabilizando assim, melhoria na qualidade de vida das gerações futuras”.  Para a autora, a escola tem o objetivo de transmitir o saber, mas também levá-lo a trilhar caminhos para que possa, assim “descobrir-se como ser pensante, crítico, social e capaz de atuar positivamente na sociedade em que vive mostrando a ele que, com a educação ele poderá desenvolver-se por completo, aprendendo a valorizar-se”. Sendo uma instituição que prepara para a consciência política, para cidadania e com vivência social.

Sadovnik, Ecco e Nogaro (2013), relatam que a administração do tempo tem se tornado algo desafiador para as famílias na contemporaneidade, levando a constatar que a falta de tempo dos pais, faz com que a escola desenvolva a responsabilidade que caberia a eles, sendo esta de orientação, supervisão contínua e que por vezes caem no esquecimento à função que cabe a cada um desenvolver na vida dessa criança.

Diante dos fatos nota-se que as crianças precisam de apoio para buscar saber qual a função desempenha cada instituição, precisa se sentir segura em ambos os espaços. Esses pais precisam demonstrar que o ambiente escolar é rico, que estudar pode ser prazeroso e não uma obrigação. (FERNANDES, 2017).

 

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Durante a pesquisa realizada constatou-se que para os dias atuais em que estamos vivendo e século XXI, a relação escola e família é imprescindível, pois a família como espaço de orientação, construção da identidade de um indivíduo deve promover juntamente com a escola uma parceria, a fim de contribuir no desenvolvimento integral dacriança e do adolescente.Como prova de tal importância desta interação entre ambas as instituições, estão exemplos de sucesso, onde através da participação das famílias na vida escolar das crianças, obteve-se uma melhora considerável na aprendizagem e comportamento.

Em reportagem da revista veja do dia 24 de setembro de 2008, constatou-se que o desempenho dos alunos da Coréia do Sul se mostrou acima da média de países com desenvolvimento superior. Segundo a pesquisa tal fato deve-se ao envolvimento da família no processo de aprendizagem. Os pais acompanham os filhos nas lições de casa de forma sistemática, e em alguns casos voltam a estudar pra poderem ajudar os filhos no aprendizado.

Um bom exemplo de mídia questionável refere-se às antigas mídias de cigarro. Na época em que eram veiculadas, incitavam o jovem a fumar, com a idéiade que o cigarro estava ligado à aventura, maturidade e saúde. Nos comerciais exibidosna TV e/ou em mídia impressa, imagens ligadas a esporte e juventude atraiam, principalmente adolescentes, a experimentarem o cigarro. Isso influenciava, “principalmente, a camada jovem”.

Outro exemplo de sucesso que temos é o das escolas de ReggioEmilia, na Itália, que tiveram sucesso em suas ações pedagógicas com o trabalho conjunto entre família e instituição escolar. O trabalho entre pais e professores é cooperativo, levando em conta que todos têm muito a aprender uns com os outros. As crianças são muito beneficiadas por esse modelo, vez que vinculo entre escola e comunidade que acaba formando uma grande família.

Observando os exemplos acima podemos ver que é possível ter uma relação mais estreita entre escola e família, mas que ambos precisam cumprir seus papéis.Porém vemos que apesar dos interesses serem das duas partes, a escola é a principal responsável em promover iniciativas que levem as famílias a participarem. Abrindo suas portas, promovendo atividades culturais, projetos educacionais e trabalhando de forma a orientar as famílias nos seus direitos e deveres como parte da comunidade escolar.

As famílias por sua vez têm o dever de participarem da educação de seus filhos, ajudando nas lições de casa, participando de reuniões de pais e mestres.Porém a educação é dever de todos, comunidade, escola e família, todos buscando juntos uma educação de qualidade para nossas crianças.

O relato a seguir é um exemplo real, vivenciado pelo próprio pesquisador, de como

aproximar pais e educadores, buscando desenvolver um trabalho de parceria entre família e escola.

A presente pesquisa nos levou a perceberque a relação escola e família sãoimprescindíveispara que ocorra uma educação de qualidade.Apesar do histórico familiar não ter se iniciado com estrutura correta, hoje no século XXI, podemos dizer que se a escola e a família possuem recursose técnicas necessárias para conduzir a família e a educação dos filhos de uma forma estável.

É preciso comprometimento e disponibilidade da parte da família. É necessário que as famílias criem o hábito de participar da vida escolar das crianças, que perceba a importância de se relacionar com a escola na busca de um objetivo em comum, “educação de qualidade para as crianças.

Por outro lado, a escola deve ser a responsável por criar meios de aproximação com as famílias e a comunidade, orientando e mostrando que educar não é papel exclusivo das escolas, é papel de todos. Todos juntos lutando por uma melhor educação.

Nessa análise não podemos desconsiderar o fato de que os professores tendem a culpar a família, pela falta de seu envolvimento, quando os alunos vão mal, ou apresentamproblemas em sua aprendizagem.

Não obstante, os professores tenham razão quando afirmam que a participação da família na vida escolar do filho é muito importante para uma melhor aprendizagem, é papel da escola buscar uma prática pedagógica, na qual o aluno possa atribuir significado à sua conteúdos ensinados, “pois são os professores os especialistas em educação”.

Portanto, culpar a família pelas dificuldades de aprendizagem do aluno, acaba afastando-as ainda mais da escola. É fundamental e importante uma mudança nas atitudes dos pais e professores, o importante não é encontrar um culpado pelas situações ocorridas nas escolas, mas sim buscar juntas soluções para tais situações problemáticas.

A escola como detentora dos conhecimentos, métodos e técnicas de ensino, deve ter a iniciativa de aproximar família e escola, envolvendo-as em atividades realizadas na escola como comemorações, palestras, confraternizações com toda comunidade e orientando-as sobre a importância de um trabalho de parceria.Esta não é uma tarefa fácil, mas não impossível, pois ter uma educação de qualidade com o apoio das famílias e comunidade é um sonho, que para virar realidade é preciso agir.

 

 

 

 

 

 

6.REFERÊNCIAS

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