Leandro da Silva dos Santos

Andria da Silva Oliveira[1]

RESUMO

A estratégia empresarial é uma ferramenta de uso administrativo que visa atender a visão da organização sem deixar de lado a missão da mesma. Neste estudo bibliográfico conheceremos a origem da estratégia e quando foi utilizada como diferencial competitivo. Verificaremos quais as ferramentas que auxiliam o administrador na execução das estratégias e quais as vantagens competitivas que podem ser utilizadas pela empresa. Buscaremos também em que momento deve-se formular a estratégia que levará a empresa a alcançar a visão. Durante o artigo, será revisto qual a importância de se formular uma estratégia empresarial que favoreça a organização como um todo, trazendo recursos financeiros e consolidando os produtos, serviços e a também a marca da empresa. Discutiremos com os autores quais métodos fazem parte deste processo e em que momento usá-los, como eles podem ajudar a organização a se destacar entre as concorrentes, passando de simples ferramenta administrativa à diferencial competitivo.

Palavras-chaves: Estratégia, administrador estratégico, diferencial competitivo.

ABSTRACT

The business strategy is a tool for administrative use that aims to meet the organization's vision without neglecting the mission of the same. In this bibliographical study know the origin of the strategy and when it was used as a competitive advantage. We will check what tools that assist the administrator in implementing strategies and what the competitive advantages that can be used by the company. Also seek at what time should formulate a strategy that will lead the company to achieve the vision. During the article, which will be reviewed the importance of formulating a business strategy that favors the organization as a whole, bringing financial resources and enhancing the products, services and also the company's brand. The authors discuss methods which are part of this process and at what time to use them, how they can help your organization stand out among the competitors, from simple administrative tool for competitive advantage.

Keywords: Strategy, Strategic administrator competitive edge.

INTRODUÇÃO

Temos por objetivo na construção deste artigo identificar quais as vantagens competitivas que uma estratégia empresarial bem formulada pode trazer como diferencial para uma empresa e também mostrar quais os problemas que a organização pode sofrer com a ausência dela. Uma organização que não possui uma estratégia para o exercício de suas atividades (plano de negócio) não tem o conhecimento dos ambientes que a cercam e qual a influência deles na empresa. O contexto nos mostra qual a importância de se construir uma estratégia cabendo à missão da organização ser bem definida e que os objetivos dessa estratégia cumpram o anseio de alcançar a visão da mesma.

O trabalho terá pesquisas de autores como Lopes, Oliveira, Ribeiro e Bethlem trazendo definições de como utilizar a estratégia como diferencial competitivo no mercado. Serão discutidas também quais maneiras de usar tais ferramentas, no auxílio da continuidade das atividades da organização, impedindo o encerramento do exercício da empresa. Encontraremos métodos que farão com que o administrador possa ampliar o seu negócio e fixar sua marca, destacando-se dentre as demais.

Será destacada a importância de uma desta ferramenta bem elaborada para o sucesso da empresa. Com tudo isso os autores expoem sobre os eventuais problemas que a empresa pode encontrar caso a estratégia criada não for eficaz ou até mesmo se não existir. Demonstraremos quais os componentes que devem fazer parte na criação da estratégia e quais os que farão com que a mesma se torne realidade. Buscaremos formas e métodos que auxiliem a empresa na formulação da estratégia e quais os procedimentos a serem seguidos.

ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

É visível aos nossos olhos a diferença que há entre uma empresa que define e aplica uma estratégia empresarial que visa uma realização tanto financeira quanto organizacional, de outra que nem sequer tem uma planejada. Isso está bem exemplificado na obra de Matos (ano 2005 pag. 85), que diz que “a falta de consciência quanto à importância de ter consistentemente estruturada a estratégia de empresa, [...] explica a maioria das perplexidades e dos insucessos empresarias”[2]. Isso ocorre devido o desconhecimento dessa estratégia por meio dos setores diretamente interessados. Muito se enganam ao pensar que o insucesso empresarial é devido algum tipo de crise conjuntural, quando na realidade trata-se de uma desvalorização da estratégia, ou até mesmo o desconhecimento da mesma. Nota-se que, mediante esse fracasso inicial, empresas se veem forçadas a optar por caminhos até então indesejados.

 Não são poucos os exemplos que afirmam o que foi relatado, e infelizmente isto não está perto de se findar. É claro que algumas atitudes visionárias, que são como antídotos contra este mal empresarial, podem auxiliar a evitar essa falência precoce. Um dos principais erros organizacionais está no equívoco de relacionar a estratégia empresarial com o planejamento estratégico. Sendo que um não existe sem o outro.

Então:

Planejamento estratégico, sem estratégia de empresa, é uma contradição e que, lamentavelmente, incorrem muitas organizações que diante do fracasso complacentemente justificam-se: “é impossível planejar qualquer coisa, nessa realidade de crise!”. Isso soa na mesma linha de resposta do planejador alienado, que afirmava: “o que fracassou não foi o planejamento, mas a realidade que não corresponde”. Por não termos estratégias preventivas, somos forçados, com as crises, a tomar decisões corretivas de alto custo.[3].

Mas o que torna tão vantajoso tal ferramenta empresarial para o futuro organizacional? “A finalidade das estratégias empresarias é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para alcançar os objetivos ou resultados estabelecidos pela empresa”.[4] Vemos que o autor demonstra a importância da estratégia empresarial, seus principais passos e quão necessário é realizar estes de forma ordenada e eficaz. Tais métodos devem ser repassados a todos os setores na organização, visando assim, atingir a todos colaboradores para que possam auxiliar no cumprimento dessa estratégia, evitando uma atitude emergencial.

A estratégia, dentro de uma empresa, relaciona-se com a utilização adequada dos diversos recursos, tais como: tecnológicos, físicos, financeiros e humanos. Neste caso, ela vem para reduzir eventuais problemas, tornando mais proveitosa as oportunidades que possam surgir.

Uma análise que faz toda a diferença no ato da construção de uma estratégia é o estudo dos ambientes, em especial o externo, por não ser sujeito às vontades da organização. Se o ambiente externo tem esse importante papel, chegando ao ponto de influenciar as tomadas de decisão da empresa, não deve ser ignorado quando se formatar as estratégias empresariais. O reconhecimento da necessidade de conhecer este ambiente é tão importante quanto o domínio que a empresa tem sobre o ambiente interno.

É necessário ter conhecimento do negócio, em virtude do complexo de variáveis internas e externas que o determinam: - Quem somos?, Para onde estamos sendo conduzidos?, Para onde queremos ir?, Quais as forças de influências positivas e negativas? Estas são indagações orientadoras ao planejamento e a decisão; ao acompanhamento, análise e revisão. Nesse processo de reflexão/resultados/avaliação/replanejamento entra a empresa como um todo e toda a sua realidade, o meio ambiente, todo o ambiente de influência, em todos os níveis. O detalhe observado pode ser o diferencial para o êxito ou, ao ser ignorado, a causa do fracasso. A resistência da corrente mede-se pelo seu elo mais frágil, pois é ai que ela vai se romper, no momento menos oportuno. É fastidioso observar como grandes perdas empresariais resultam de micro perdas não percebidas ou negligenciadas no dia-a-dia organizacional, pela falta de visão estratégica. Esta só se adquire, evidentemente, pela prática regular de uma estratégia.[5].

Percebe-se que o simples fato de se ter uma estratégia empresarial não significa que a empresa terá o sucesso desejado. Isso só acontecerá através da prática regular de uma estratégia maleável, que possa sofrer mudanças durante seu processo de execução. Então “é preciso conhecer (visão estratégica) para transformar (a necessária renovação contínua). Acompanhar os acontecimentos, sabendo interpretá-los com visão pró-ativa, é essencial à garantia da sobrevivência e da expansão”.[6].

O fato de que as tomadas de decisão e os caminhos traçados terem dado certo não significa que a empresa teve sorte, mas sim uma correta execução e acompanhamento da estratégia. No mercado não existe lugar para sorte ou algo do tipo. No mercado se tem empresas que conhecem e conseguem aplicar suas estratégias de forma ordenada e em conjunto com todos da organização.

A estratégia não é, evidentemente, o único fator determinante no sucesso ou fracasso de uma empresa; a competência de uma alta administração é tão importante quanto sua estratégia. A sorte pode ser um fator também, apesar de, frequentemente, o que as pessoas chamam de boa sorte ser, na realidade, resultado de boa estratégia. Uma estratégia adequada pode trazer extraordinários resultados para a empresa cujo nível geral de eficiência seja apenas médio.[7].           

A elaboração de uma estratégia está nas mãos da administração da empresa, bem como a execução. Com isso, ter uma boa estratégia não significa que ela será bem manejada. Boas estratégias devem ser somadas com um excelente desempenho da equipe.              

FUNÇÃO EXECUTIVA

Até aqui vimos que o processo de elaboração da estratégia empresarial está nas mãos do setor executivo. É ele quem define os planos estratégicos e também tem a responsabilidade de disseminar tal estratégia a todos os setores da organização. É necessário também que “[...] o executivo tenha sempre em mente a satisfação das necessidades de grupos significativos que cooperam para assegurar a existência contínua da empresa.” [8].

Podemos citar três principais grupos, que são: consumidores, fornecedores e investidores. Cada um exercendo seu papel para com a empresa. Por isso, se faz necessário um estudo detalhado sobre cada um deles, pois possuem desejos e necessidades distintas.

Os consumidores procuram por produtos que satisfaçam suas vontades, que nem sempre são iguais entre si. Já os fornecedores desejam manter a parceria com as empresas para a venda de seus produtos. Os investidores por sua vez, anseiam obter retorno sobre aquilo que investiram, para que possam aumentar seu capital e realizar novos investimentos. Esse é o diferencial que a empresa precisa ter, para que ela consiga “agradar” ambos os grupos, não deixando de crescer e se manter crescendo. “A chave do sucesso da empresa é a habilidade da alta administração em identificar as principais necessidades de cada um desses grupos, estabelecer algum equilíbrio entre eles, e atuar com um conjunto de estratégias que permitam a satisfação de cada grupo.” [9].

O executivo possui algumas características que auxiliam na execução da estratégia, tais como: ( OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. p.25).

 

  • Atitude pré-ativa, onde o executivo planeja-se para o futuro, otimizando as situações crendo sempre que pode realizar suas tarefas. Ele também está sempre atento às oportunidades e até mesmo às ameaças, mas focado nos prazos de curto e médio prazo;
  • Atitude interativa, expressa um perfil idealizador, tornando o futuro algo real de se alcançar, mostrando que é possível. Procura atingir a todos com suas mudanças, pois crê que com isso todos podem ganhar. Está focado a prazos longos.

É claro que há alguns perfis deformados, que pode trazer uma incapacidade do processo estratégico. Dentre eles, estão:

  • Atitude inativa, onde o executivo mostrasse satisfeito com a situação atual sendo boa ou má. É tido com um comportamento conservador, pois acredita os fins devem ser adaptados aos meios;
  • Atitude reativa, que demonstra uma insegurança em realizar mudanças. Teve novas atitudes, preferindo sempre o que já fez.

Características demonstram a atual posição do profissional, e não da equipe. Mas devido o fato de que a estratégia empresarial deve ser traçada pelo líder, em questão o executivo, toda a equipe envolvida seguirá o mesmo caminho, sendo ele bom ou mau. “[...] É muito mais importante que cada um faça esta autoanálise, de forma realística, para saber em que atitude está enquadrada; todavia, verifica-se que, para algumas das atitudes apresentadas, as questões estratégicas não se enquadram como importantes.”.[10].  

Todas essas autoanálises devem ser vistas como uma forma de melhoria interna da empresa. Por mais difícil que possa ser essa avaliação devido ao relativo medo do resultado, é de suma importância caso a empresa deseja realmente crescer e se destacar no mercado. Uma forma fácil de realizar tal avaliação está em fazê-la no sentido oposto, onde verifica-se quais as características do executivo estratégico existem no profissional, que são: atitude interativa, controle, capacidade administrativa, processo de decisões e prioridades, inovador e administrar turbulências.

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