A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E INTERDISCIPLINARIDADE PARA PRESEVAÇÃO DOS RECURSOS HIDRÍCOS.

DANTAS, Mariana Ramalho

RESUMO

Mediante aos impactos ambientais atuais, faz-se necessário enfatizar a preservação dos recursos hídricos salientando evitar o desperdício de água e preservação dos mananciais. Devido a disponibilidade de água na América do Sul, originou-se uma cultura de desperdício dos recursos hídricos, uma vez que o ser humano usa 20% a mais do que ele pode repor. Com está crise hídrica mundial a sociedade hodierna precisa de informações ambientais, baseado em modelo que teve sua gênese em 1987 o modelo sustentável, entretanto este modelo de desenvolvimento sustentável vem usado após todos os problemas ambientais atuais. A sustentabilidade é baseada no uso racional do ambiente, no qual anseia obter uma distribuição de renda e qualidade de vida justa para sociedade. Desse modo o trabalho pretende demonstrar soluções para evitar o desperdício de água, assegurado por meio da interdisciplinaridade, da Educação Ambiental ambos baseados para o desenvolvimento do modelo sustentável.

1. INTRODUÇÃO

Abordar situações do cotidiano nas instituições de ensino com o intuito de desenvolver a consciência, para preservação e economia dos recursos hídricos nos corpo discente das escolas é fundamental para formar cidadãos conscientes. É assim proporcionar aos estudantes o conhecimento de modo racional do uso da água. Uma vez que os brasileiros pela disponibilidade de água existente no país criaram a cultura de desperdício deste bem uma vez que o ser humano usa 20% a mais de água do que a Terra pode repor. Atualmente o planeta vem enfrentando problemas com a má distribuição deste recurso e falta de infraestrutura que ocasionam o consumo e o desperdício do mesmo. O sistema adotado após o fim da Guerra Fria e adoção do sistema capitalista intensificou o ritmo de produção industrial assim aumentando o uso desenfreado dos recursos hídricos do planeta. Conforme Gomes (1998),” é recente também o impacto causado pela atividade industrial humana no ambiente global”. De acordo com o autor as empresas do século passado matinha uma relação insignificante com a natureza devido a abundância de matéria -prima existente no planeta. Após apontamentos dos ambientalistas da degradação exacerbada do meio ambiente as mesmas evoluíram para uma nova postura do uso dos recursos naturais, assim estando atenta para evitar danos futuros ao meio ambiente.

Está ótica está aliada a escassez de água em algumas regiões brasileiras dentre elas o Sul e Sudeste do Brasil. Entretanto o a falta de água era apenas um problema da região Nordeste, onde órgãos governamentais até então tentariam mitigar este fenômeno natural com a construção de açudes, entretanto muitos deles beneficiavam apenas a oligarquia regional.

O trabalho visa proporcionar aos docentes e discentes a importância da inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares uma vez que ela poderá proporcionar as futuras gerações uma visão de cuidado com o meio ambiente e que até mesmo a prática de jogar um papel de chiclete no chão poderá danos ao meio ambiente. Dentro desta lógica a interdisciplinaridade poderá ser um caminho para envolver toda a comunidade escolar e juntos buscarem alternativas para desenvolverem um âmbito escolar ecológica.

Vale salientar que a sobrevivência das espécies agora não depende de hipótese cientifica que venha transformar numa teoria, as exclusivamente do Homem, que se tornou o maior interferente no meio alterando o ciclo da cadeia alimentar, trazendo um grande e desproporcional desequilíbrio, invertendo até mesmo as funções dos seres dentro do seu tão acostumado nicho.

2.REFERENCIAL TEÓRICO

Com a chegada dos portugueses e início da colonização brasileira motivou a influência das ações antrópicas no meio ambiente, ocasionando um processo de degradação ambiental proporcional as exigências da coroa portuguesa e do surgimento das novas rotas comerciais.

Segundo Mattos (2004: 70), “a ideia de natureza no Brasil foi construída em oposição à natureza temperada do continente Europeu”. Conforme discorre o autor a base da colonização no Brasil, foi a exploração da matéria- prima, que acarretou na destruição da natureza, para a produção econômica. Com o passar do tempo, o sistema capitalista habituou-se e foi tornando-se mundial, gerando assim modificações na estrutura de produção, o trabalho de manufatura foi gradualmente substituído pela inserção das máquinas, onde a fabricação de cada mercadoria passou a ser dividida em várias etapas aumentando a produção em série e exigindo cada vez mais matéria- prima.

A partir da década de 70 as técnicas foram modificadas atendendo ao mercado externo e interno. Tais mudanças tornaram-se mais intensas com o aparato tecnológico, denominado por Santos de “Meio-Técnico- Cientifico- Informacional” (1999:186). Desse modo acarretou o aumento no número de indústrias e a expansão desenfreada da urbanização, tendo como consequência o aumento preocupante dos índices de poluição. Percebe-se que estamos criando um modelo de desenvolvimento insustentável.

Para (BERMAN, 1986 apud Sousa, 2011:180) “a industrialização da produção transforma o conhecimento cientifico em tecnologia, criando novos ambientes humanos e destruindo os antigos”.

Deve-se atentar que os elementos fundamentais para a manutenção da vida na Terra correm o risco de desaparecer, são evidências do saque descontrolado do meio ambiente em função da produção capitalista.

Quando o homem modifica a primeira natureza assim recriando sua natureza de modo peculiar, onde estão inseridos a produção cultural do homem caracterizada pelos avanços tecnológicos. Segundo Silva (2010: 34) “a sociedade industrial não é a referência para construir sociedades e modos de vida sustentáveis.

A educação é o elemento socializador, de construção e difusão dos conhecimentos. A convivência com o meio ambiente é fundamental para corrigir as atividades antrópicas e elaborar práticas sustentáveis.

O principal meio difusor desta reeducação ambiental é a escola uma vez que a educação se dirige aos vários pontos da imensidão das práticas ambientais. Entretanto o que está acontecendo é uma desvinculação das práticas ambientais, alguns ainda relacionam a denominação ambiente somente a natureza. Faz-se necessário inserir no processo de ensino-aprendizagem dos alunos práticas de preservação, de conscientização de modo que sejam apresentados a Educação Ambiental aos discentes nos primeiros anos de vida, assim serão construídos os valores. Uma vez que a educação universal tem como objetivo fazer os alunos aprender a ler e escrever, excluindo assim alguns trabalhos interdisciplinar, pois os docentes passam a preocupar-se apenas com a disciplina lecionada ou com problemas da classe. No decorrer do ano letivo as instituições valorizam realizar festas tradicionais tais como: Carnaval, Festas Juninas, Natal e entre outras. Para as atividades destinadas ao meio ambiente tira-se um dia específico no calendário escolar onde os temas ambientais são tratados parcialmente de modo sucinto.

Os problemas ambientais devem ser inseridos com frequência no cotidiano escolar. Nesse aspecto Gomes(2004:91) discorre, “as escolas não são simples locais de instrução, que transmitem valores, habilidades, conhecimentos comuns e necessários a todos, mas são o resultado de uma construção social”.

Segundo Gadotti (2000:4) “o processo educacional sempre foi alvo de constantes discussões e apontamentos que motivaram sua evolução em vários aspectos, principalmente no que tange a condução de metodologias”.

Ainda de acordo com Gadotti (2000:4):

 “Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta-se numa dupla encruzilhada de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outras novas matrizes teóricas não apresentam ainda consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações”.

A Educação Ambiental deve estar inserida como parte fundamental no processo de aprendizagem, enfocada num sentido interdisciplinar desenvolvendo assim novos conhecimentos a partir do quadro ambiental contemporâneo.

Segundo Freire (1997: 49)

 “Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que percebemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de significação”.

A escola é o local imprescindível para se promover a consciência ambiental, desta forma seria possível envolver o corpo docente através de algumas atividades extraclasse tais como:  passeio ecológico, trilhas, confecção de cartazes, elaboração de frases, produção textual, contos, cantos, teatro e entra outros. Entretanto as instituições devem oferecer ao corpo docente oficinas pedagógicas relacionadas a temática de práticas pedagógicas na Educação Ambiental, e como inseri-la dentro de cada uma das disciplinas.

A importância da Educação Ambiental, nas escolas traz uma nova ótica social, uma (re)educação do sujeito. Estas práticas ambientais favorecem para a preservação, conservação destinadas ao desenvolvimento ambiental sustentável, formando assim cidadãos conscientes da realidade socioambiental.

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