RESUMO 

Neste artigo, irei destacar o papel do coordenador pedagógico, uma vez que ele é o profissional, dentro da escola, que faz a formação contínua do professor, e lhe traz ferramentas novas para atuar dentro da sala de aula, discutiremos os conceitos básicos de gestão, e a função dos diretores, coordenadores e professores. Para tanto, concluírem que a educação é a peça  fundamental no crescimento e desenvolvimento do país, assim como para o crescimento individual dos alunos. Sem  educação, as crianças e jovens de hoje estão despreparados para enfrentar o mercado de trabalho e a vida, pois não terão as ferramentas necessárias para se colocarem no mundo enquanto cidadãos ativos e possíveis agentes da mudança social. Daí a importância de um esforço centrado na constante melhoria do processo educacional.

 A Importância  da Coordenação Pedagógica  no Aprendizado do Aluno

A coordenação pedagógica, na escola tem seu foco no processo de ensino e de aprendizagem, o que engloba todas as variáveis que influenciam este processo. Este é o profissional que acompanha, assiste, coordena, controla e avalia tudo o que se relaciona com o ensino e com a aprendizagem.

É importante ressaltar que existe confusão entre o coordenador pedagógico e o orientador educacional, mas é fácil reconhecer a diferença. O orientador educacional desempenha um papel muito mais próximo aos alunos, pois ele os orienta, se aproxima de seus problemas pessoais, auxiliando no seu desenvolvimento, ou seja, sua função é a formação de valores, de cunho moral, sempre ajudando o estudante através de conversas com ele e sua família e intervenções, quando necessário. O coordenador pedagógico está mais ligado à estrutura da escola e de ensino.

O coordenador pedagógico trabalha em várias esferas: no auxílio ao professor, planejando com ele como será realizado o plano de aula, seja ele anual, semestral ou bimestral; no acompanhamento do trabalho dos professores; na coordenação dos conteúdos que serão ministrados ao longo do ano letivo; no método de avaliação aplicado e na atualização e desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, como por exemplo agregando novas tecnologias ou novas metodologias de ensino à prática do professor.

Podemos dizer que a educação tem início com os homens do período primitivo. Na pré-história, não havia escolas e professores; o conhecimento era transmitido pelos chefes de família e, posteriormente, essa função ficou a cargo dos líderes religiosos ou sacerdotes. Ao receber as informações sobre como sobreviver, os indivíduos estavam habilitados não somente a repetir as ações de seus instrutores, como também de criar novos meios de sobrevivência mais eficientes. Assim, começou a evolução do ser humano e a evolução do conhecimento.

Cada sociedade precisa cuidar da formação dos indivíduos que a compõe, auxiliando no desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, a fim de prepará-los para as várias esferas da vida social. A prática educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também assume o papel de prover aos indivíduos os conhecimentos e experiências sociais que os habilitam a atuar no meio social e transformar este meio de acordo com as necessidades que ele exige.

Atualmente, os estudos sobre educação definem duas modalidades para diferenciar as influências na prática educativa: as influências educativas intencionais e as não intencionais.

A educação não intencional é aquela que é produto do contexto social e do ambiente em que as pessoas vivem, acontecem através de experiências, ideias, valores e práticas que não estão relacionadas especificamente a uma instituição e não são, necessariamente, intencionais ou conscientes. Vivemos estas experiências cotidianamente, por todos os meios sociais em que passamos e, quase que sem perceber, recebemos esta influência e construímos conhecimento de forma quase inconsciente.

Por outro lado, é aquela em que há a intenção de transmitir conhecimento e saber, através da educação escolar e extraescolar (como em igrejas, sindicatos, partidos políticos, empresas etc.), o educador está consciente do seu objetivo e da tarefa que tem que cumprir. É importante ressaltar que a educação na escola se destaca, uma vez que é pressuposto para as outras formas de educação intencional, pois é ela que fornece os instrumentos que permitem ao indivíduo a interpretação crítica e consciente de outras influências educativas. Dessa forma é ela que possibilita ao cidadão a habilitação de ser um membro ativo da sociedade, analisando criticamente a situação em que vive e podendo se tornar um agente da mudança social.

A atuação do professor se dá no campo da escola, onde sua tarefa principal é garantir ao aluno o domínio de conceitos e o desenvolvimento de suas habilidades e capacidades intelectuais, tornando-o capaz de ter um raciocínio crítico e lógico, não só em função da matéria que estuda, mas em relação a todas as esferas sociais em que está inserido. Dessa forma, o objetivo da escola é a formação de cidadãos ativos e conscientes de seu papel da sociedade.

Os objetivos básicos da coordenação são a melhoria e o aperfeiçoamento do ensino na escola e, posteriormente, ele trabalha com liderança e adequação do ambiente escolar, ou seja, o foco é o desenvolvimento do aluno. A adequação do ambiente se trata da criação de um clima ou de um ambiente físico propriamente dito que seja estrutural e psicologicamente favorável ao ensino.

Para o coordenador pedagógico, a experiência é essencial, e ela deve ser aliada aos conhecimentos teóricos referentes à educação, fazendo do coordenador um profissional mais habilitado a atender às demandas tanto da escola quanto dos professores de formas mais eficientes. Uma prova disso é a exigência, em editais abertos pelo governo de todos os estados, de experiência em sala de aula e/ou de vivência escolar, uma vez que a experiência ensina os desafios do dia a dia da escola e como superá-los.

Segundo modelo dos teóricos Sergio vanni e Carver, citado em Supervisão Pedagógica em Ação, a experiência aliada ao conhecimento teórico permite que o coordenador desenvolva um critério que permita a avaliação de quais são as contribuições que ele pode oferecer, baseadas na teoria ou na própria experiência. Assim, ele é capaz de selecionar o que é mais adequado à realidade da escola, a fim de alcançar objetivos como a autorrealização intelectual, social e emocional dos alunos.

 Diante disse, nota-se então, ´que a   coordenação pedagógica de uma escola supõe um conjunto de características para o seu bom funcionamento. Podemos destacar as quatro variáveis mais importantes neste processo:

* O objetivo da coordenação é a realização dos objetivos da escola, através da melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

* Sendo a coordenação um processo dinâmico, a melhoria da qualidade do ensino não depende apenas daqueles que desempenham os papéis de coordenação, mas também das ações, das influências e do envolvimento de todos aqueles que, de alguma forma, participam do processo.

 * Uma vez que a coordenação é um processo dinâmico, é mais significativo que seu foco se concentre na ação supervisora. A análise do comportamento da equipe de coordenação pedagógica aumentará a compreensão do processo como um todo.

 * Como a coordenação tem o objetivo de melhorar a qualidade do ensino, a ação da mesma implica sempre em mudança; dessa forma, ela é vista como um processo de mudanças, sendo o coordenador um agente dessa transformação.

Para o coordenador pedagógico, é essencial o conhecimento de como a escola está organizada e como estabelece suas relações internas e externas, pois o coordenador realiza seu trabalho em um ambiente organizacional. A ação do coordenador se dá dentro de uma estrutura administrativa e esta exerce influência na organização total.

Ao analisar a escola sob o ponto de vista organizacional, percebemos que ela é um tipo especial de organização, devido aos seus objetivos específicos e ao fato de ela lidar com pessoas o que, em geral, não permite que se crie uma “fórmula mágica” que resolva todos os seus problemas. É necessário que o coordenador pedagógico conheça como se dá a estruturação escolar e as   particularidades de cada unidade de ensino, pois ele terá que se adaptar a suas necessidades.

Assim, escola é uma instituição social, e para sobreviver, precisa atender a dois requisitos básicos: manter-se internamente e, simultaneamente, ser adaptável ao meio externo. Isso significa que, ao mesmo tempo em que deve haver um esforço da escola para responder às necessidades sociais, ela deve se estruturar internamente através da interação entre os indivíduos e a manutenção de sua organização em longo prazo. Sendo assim, dois problemas mais apontados pelos coordenadores pedagógicos estão relacionados ao comportamento dos alunos e dos pais, sendo a indisciplina dos alunos e a falta de participação dos pais na vida escolar destes, os principais problemas de um coordenador pedagógico. Podemos relacionar estes problemas à desagregação familiar.

Para tanto,  o coordenador pedagógico exerce funções muito específicas, que vão desde a elaboração do currículo escolar em parceria com os diretores e professores, ao contato direto com os pais de alunos, lidar com os próprios alunos e a formação continuada de professores. Apesar de exercer funções tão particulares, o coordenador pedagógico não tem uma formação específica. Em geral, estes profissionais são formados em pedagogia, apresentando especializações ou cursos de formação específicos para sua área.

Portanto, podemos perceber então que o processo de transmissão de conhecimento é resultado de uma série de variáveis, sendo elas internas e externas à sala de aula, e envolvendo todos os participantes no ambiente escolar.

BIBLIOGRAFIA

 Faustini, Loyde Amália (org.). Supervisão Pedagógica em ação”. São Paulo(Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas,1981.

Revista Nova Escola, Editora Abril. Edição 10/2008. “Pensar a escola, uma aventura de 2500 anos”.