William Horst Adam

Resumo

O presente artigo relata a importância da atividade física para os/as aluno/as do PROEJA FIC. Também menciona que as Atividades Físicas, incluindo a prática de exercícios físicos, ajudam na qualidade de vida do/a trabalhador/a e podem prevenir as doenças psicossomáticas.

Palavras-Chave: PROEJA FIC, Qualidade de vida, Atividades Físicas, Benefícios.

Minha experiência no PROEJA FIC é inédita, nunca havia trabalhado com alunos/as adultos/as antes, porém me senti muito à vontade, pois logo percebi que tive boa receptividade nas atividades iniciais que propus e, que veio ao encontro às expectativas dos alunos. Procurei iniciar com dinâmicas para conhecer o melhor possível os/as meus/minhas educandos/as, dinâmicas de socialização para fazer uma pequena sondagem que seria útil para o encaminhamento das próximas aulas.
 Minha experiência até então vinha do ensino fundamental, quando trabalhei e trabalho ainda com crianças e adolescentes.
 A principal semelhança com o ensino na escola regular é a atração por atividades práticas, os/as alunos/as  estão cientes dos benefícios que as atividades físicas trazem e o bem-estar que elas lhes proporcionam, estão muito mais atentos/as, curiosos/as e acham importante tudo o que lhes é ministrado(com raras exceções). O/a aluno/a do ensino regular já vê as explicações com um olhar “perda de tempo”, talvez uma explicação para esse fato seria o fator humano natural, ou seja, não conseguem permanecer por muito tempo sentados e concentrados.
 Em relação às diferenças, o que é marcante é que os/as jovens do ensino regular são mais “inquietos/as” no sentido de não se concentrarem muito em explicações e detalhes das atividades teóricas a serem trabalhadas. Os/as adultos/as, por sua vez, têm uma capacidade maior de reflexão, pois trazem consigo uma grande experiência de vida, entendem que os conteúdos são importantes e precisam ser  aprofundados. Em contrapartida, fica um pouco restrito a cobrança da “técnica correta”, uma vez que trazem a ideia de “certo” e “errado”.
 Um estilo de vida sedentário, cuja atividade física não esteja inserida no seu dia a dia, tem como consequência uma regressão dos sistemas funcionais, no caso da musculatura esquelética uma atrofia nas fibras musculares, perda parcial da flexibilidade articular e também um comprometimento de alguns órgãos vitais.
 Segundo Nahas:

o estilo de vida e os hábitos são estabelecidos em grande parte, antes da vida adulta, e podem influenciar grandemente nossa saúde na meia idade e na velhice. Neste processo, o conhecimento adquirido e a nossa atitude são de fundamental importância (2006, p. 25).

Os/as adultos/as, há muito tempo afastados/as dos bancos escolares e das práticas de educação física na escola, trazem concepções muito próprias acerca da atividade física. Sendo assim, a prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas ideias que tentavam explicar a associação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética à prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são importantes e se relacionam.
 Segundo Nahas (1997), as formas mais comuns de Atividade Física do ser humano podem ser classificadas em atividades de trabalho e de lazer. Estas distinções são importantes para estudos epidemiológicos, haja vista que as evidências atuais sugerem que diferentes formas de atividade física estão associadas a diferentes aspectos da saúde.
 A prática regular de exercícios físicos proporciona vários benefícios sob todos os aspectos do organismo, traz melhoras na força e tônus muscular, bem como na flexibilidade, fortalecendo também ossos e articulações. Outro benefício trazido com relação à saúde física é a perda de peso e redução da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora dos níveis de diabetes e colesterol total e aumento do HDL (colesterol bom). Todos estes benefícios exercem importante relação com o controle para manutenção dos níveis destas doenças bem como na prevenção das mesmas.
 O exercício físico auxilia também na saúde mental, traz benefícios na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora no fluxo sanguíneo, ajuda na capacidade de lidar com problemas e no controle do estresse. Há redução da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da depressão.
 A pessoa que adota o exercício físico regular no seu estilo de vida deixa o sedentarismo para trás, sendo assim, passa a ter uma vida mais ativa diminuindo o risco de morte por doenças do coração em 40%.  Demonstrando desta forma que uma pequena mudança é capaz de uma grande melhora na saúde e, consequentemente, na qualidade de vida.
 Percebo que os/as alunos/as durante ou após uma aula de ginástica sentem-se muito bem, é de consenso que se adotarem a prática regular terão benefícios futuros.
 Os/as alunos/as procuram tirar dúvidas a respeito do efeito benéfico dos exercícios físicos, também relatam suas experiências profissionais e situações que lhes causam “dor”.  
 Já ministrei aulas expositivas usando o data-show a respeito de LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbio Osteomuscular causado pelo Trabalho). Ainda pretendo trabalhar com o tema Qualidade de Vida, considerando esta nos dias atuais de fundamental importância para se ter uma vida saudável.
 Este é meu objetivo maior como educador, que o/a aluno/a do PROEJA FIC leve o aprendizado dos benefícios que a atividade física traz para a vida e não somente para o período em que participou do projeto.

REFERÊNCIAS

 NAHAS, Markus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 4. ed. Londrina: Midiograf, 2006.
 NAHAS, Markus Vinicius (1997). Atividade física como fator de qualidade de vida p.21-27.
 NAHAS, Markus Vinicius(1995). O conceito de vida ativa: a atividade física como fator de qualidade de vida.