A importância da alimentação para o desenvolvimento das crianças. 

Conforme o artigo 205º da Constituição Federal de 1988, todo indivíduo tem direito a uma educação de qualidade, tutelando em um ambiente sadio propicio ao desenvolvimento pleno de cada um. Logo, faz-se presente a necessidade de recursos que influenciam diretamente o processo de ensino-aprendizagem das crianças e adolescentes. Sob esse viés, o Programa Nacional de Alimentação Escolar resguarda o direito de todos os alunos à uma alimentação escolar balanceada e adequada, visando a garantir segurança alimentar e nutricional dos alunos, de forma igualitária. Além de se responsabilizar pelo controle de qualidade e distribuição de alimentos pelo país, o PNAE tem por objetivo contribuir para o crescimento do indivíduo, a aprendizagem, o desenvolvimento integral, dando ênfase ao rendimento escolar de cada um, inclusive aos que necessitam de uma atenção específica, sem desrespeitar a particularidade de um ou outrem.  

A merenda escolar tem grande importância no que diz respeito ao desenvolvimento dos sujeitos, por muitas vezes, ela acaba sendo a única refeição diária de alguns alunos, estes pertencentes às famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade. Essa realidade fomenta ainda mais a discussão à despeito dos sistemas de ensino oferecerem refeições mais saudáveis e nutritivas para todas as crianças matriculadas, providas de tal direito. Assim, todos os esforços que permitem um aprofundamento ao assunto e a concretização desse direito para com a melhoria da qualidade alimentícia distribuída aos matriculados são bem-vindos, essenciais para toda a etapa de sua vida.

É evidente que a dieta das crianças interfere diretamente em sua saúde e, por consequência, em suas atividades de vida diárias. A alimentação, assim sendo, impacta diretamente no processo de aprendizagem do público infanto juvenil, interferindo no desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. Em resumo, uma alimentação de qualidade permite que as crianças se desenvolvam e desenvolvam suas potencialidades. Assim, uma dieta nutricional equilibrada permite aos pequenos a energia necessária para absorver e assimilar todos os aprendizados pelos responsáveis passados, desde o nascimento até as fases seguintes. Nesse sentindo, as pré-escolas, creches e escolas tem como papel fundamental estimular o desenvolvimento integral dos seus alunos, de acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Toda criança deve, portanto, ter acesso a nutrientes básicos e essenciais para garantir um crescimento saudável.

Além disso, não somente as instituições de ensino tem por obrigatoriedade cumprir com sua função, mas a família e a sociedade também são responsáveis pela formação do indivíduo em formação. Para tanto, é na infância que o menor aprende a desenvolver uma relação saudável com a comida. Sendo assim, tanto a família quanto a sociedade devem se preocupar e conscientizar para com todos a respeito de uma alimentação segura e eficaz para a evolução da criança em seus diversos aspectos.

Sob esse viés, manter um diálogo durante todo o processo da criança e acompanha-la é um hábito que todos – a escola, os responsáveis e a população- deveriam buscar fazer, sendo de extrema necessidade o incentivo para uma melhor alimentação. Entender quais são as preferências dos alunos e filhos é um bom começo para o exercício de sua autonomia, podendo a criança se sentir livre e aberta para tomar decisões. Em decorrência de sua adaptação, os entes têm como dever fundamental regular o consumo de alimentos, moderadamente, para que assim evite expor os menores, desde cedo, à uma alimentação inadequada e evite futuros problemas à sua saúde.

Ademais, a escola desempenha um papel muito importante por estimular a alimentação saudável entre os alunos, além de oferecer a mesma em seu espaço escolar, de modo regular e saudável. Os pais, por sua vez, devem orientar os pequenos a tomar decisões mais conscientes e equilibradas, sempre prezando pelo bem-estar necessário para uma vida saudável e produtiva. Também, é muito interessante a participação dos alunos no processo de preparo do alimento, tal prática influencia diretamente no desenvolvimento cognitivo e analítico das crianças, despertando o interesse dos menores sobre o assunto, além de possibilitar a essas conforto e segurança para assim consumir dos alimentos. Os educadores, podem ensinar os cuidados necessários ao manuseio dos alimentos, de maneira entretida e descontraída, sempre os lembrando da importância do consumo saudável e natural.

           Portanto, a educação se preocupa com as demais dimensões do desenvolvimento humano em sua plenitude. A educação alimentar, logo, é fundamental em qualquer fase da vida, principalmente na infância, época decisiva para o crescimento, vez que as crianças crescem fazendo boas escolhas, aprendem a importância da diversidade do prato e tendem a ser adultos responsáveis e mais saudáveis.  Desse modo, é de extrema relevância que a criança aprenda desde muito cedo a se alimentar de maneira correta. Contudo, a educação alimentar infantil é fundamental para evitar futuros problemas à saúde, e visar em um cidadão pleno e saudável. Tudo isso favorece a aprendizagem. Indubitavelmente que, para além dos conteúdos escolares, as crianças e jovens levarão o aprendizado adquirido por toda a sua vida.

 

  1. Jane Gomes de Castro : Graduação Ciências Biológicas e Pedagogia; Especialização: Ecoturismo e Educação Ambiental
  2. Adriana Peres de Barros: Graduação  Pedagogia; Especialização em Educação Infantil e Psicopedagogia.
  3. Jaqueline Lopes de Carvalho: Graduada em Pedagogia; Especialização em Educação Infantil e Alfabetização.