MOLLICA, Fátima Borges da Fonseca[1]

SANTOS, Valério Xavier dos [2]

 

RESUMO

Este artigo tem por objetivo destacar a importância dos vínculos familiares no desenvolvimento cognitivo das crianças portadoras do espectro autista embasado nas contribuições teóricas de Jean Piaget, Enrique Pichon Rivière e Henri Wallon sobre a afetividade. O primeiro lugar onde recebemos carinho e aceitação, é na família, nela nossas origens são definidas e seu ambiente deve ser acolhedor e harmonioso. Um aspecto que garante a harmonia familiar é a afetividade. Sendo assim, buscamos descrever o quanto é importante o seu empenho para a superação das dificuldades apresentadas por um de seus membros quando diagnosticado com o espectro autista. Procuramos mostrar que os resultados encontrados em nossas pesquisas, colocam a afetividade em um papel de destaque, tornando-a essencial para pleno desenvolvimento cognitivo dessa criança. É importante um diagnóstico realizado precocemente, e a atuação de uma equipe médica especializada para que se possa atender a múltiplas necessidades geradas pelo autismo. Associado a este tratamento, métodos de inclusão são primordiais para amenizar os sintomas, contribuindo para a conquista da autonomia da criança autista.

 

Palavras chave: Autismo; Desenvolvimento cognitivo; Afetividade.

 

INTRODUÇÃO

A proposta deste artigo é enfatizar a importância da afetividade para o desenvolvimento da criança autista.  Para isso foi realizada uma revisão bibliográfica onde pudemos perceber mudanças no que diz respeito à Interação social, comunicação verbal e alteração de comportamento quando pais e professores estabelecem vínculos afetivos com a criança.

O autismo infantil conhecido como um transtorno global do neurodesenvolvimento compromete principalmente a socialização, comunicação e cognição de seus portadores. Seus sintomas são persistentes e requer tratamentos prolongados.

A falta de conhecimento e de tratamento para este transtorno causa um atraso muito grande no desenvolvimento das crianças, isto prova a incessante necessidade de investigação sobre o tema que tanto chama a atenção da população, que associa o autismo às estereotipias clássicas do TEA.

Entre os aspectos relevantes para o desenvolvimento cognitivo das crianças autistas estão os laços afetivos e a inclusão social. Trabalhar com crianças diferentes requer um grande desafio nos dias atuais.

Ter uma criança com TEA significa uma mudança completa na rotina do lar, o autismo requer dedicação por parte de todos os membros da família, estes, devem aprender a lidar com a nova situação, buscar conhecimento para relacionar-se com essa criança. 

Um outro fator a destacar, é a inclusão escolar, que de acordo com a LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 (BRASIL, 2015) destaca a importância de as crianças autistas passarem a frequentar escolas regulares exigindo uma revisão das práticas tanto das instituições escolares quanto de seus educadores, bem como uma aceitação de convívio por parte dos colegas de sala de aula e seus familiares, rompendo antigos paradigmas e criando novos.

Muitos são os locais onde uma criança com autismo pode estabelecer alguma forma de vínculo, porém é na escola que ela passa boa parte do seu dia, por este motivo, professores e colegas devem ser preparados para este convívio numa verdadeira pratica inclusiva estabelecendo vínculos afetivos que permitam o desenvolvimento do aluno TEA. No entanto, é na família onde esses laços afetivos constituem um “porto seguro” protegendo-os desde os primeiros dias de vida, numa luta diária onde cada pequeno passo é comemorado como uma vitória; demonstração de entrega total, preservado para todas as etapas da sua vida.   Assim, buscamos oferecer informações que podem contribuir para o desenvolvimento dessas crianças.

 

2 AUTISMO E AFETIVIDADE

 

2.1. AUTISMO

 

 

A palavra “autismo” tem a sua origem no alemão “AUTISMUS”. O psiquiatra Eugen Bleuler foi o primeiro a utilizar o termo a fim de descrever um paciente esquizofrênico. O prefixo grego “AUTO”, ‘de si mesmo’, mais o sufixo ‘ISMOS’, indicativo de ação ou estado, reforçam a denotação do vocábulo. 

 

Essa expressão “autismo” foi utilizada pela primeira vez por Eugene Bleuler em 1911, para designar a perda de contato com a realidade com dificuldade ou impossibilidade de comunicação, comportamento esse que foi, por ele, observado em pacientes diagnosticados com quadro de esquizofrenia. (AJURIGUERRA,1977, apud ASSUMPÇÃO, 2015, p.3)

 

De acordo com a classificação no DSM5 (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014), o autismo está classificado como um transtorno- Transtornos do Espectro do Autismo (TEA).  Segundo a bióloga Patrícia Cristina Baleeiro Beltrão Braga (2015 apud AGUIAR, 2015), para ser considerada uma Síndrome, é preciso conhecer o gene causador e saber exatamente o quadro clínico, fato que não corresponde com a realidade do TEA. Portanto, o autismo não é uma doença, mas sim um distúrbio no neurodesenvolvimento que geralmente aparece até os três primeiros anos de vida e compromete principalmente as habilidades de comunicação e interação social. Outra característica do autismo são os movimentos estereotipados que podem incluir : andar na ponta dos pés, estalar os dedos, balançar o corpo e outros maneirismos; esses movimentos são realizados como uma fonte de prazer ou forma de se auto acalmar, que nas palavras de Assumpção Junior e Kuczynski (2015), costumam ocorrer para aliviar a ansiedade gerada pelos pensamentos obsessivos e podem, às vezes, ser exacerbados por situações de estresse. Segundo Teixeira (2016) a criança pode preocupar-se com objetos que giram, passar longos períodos de tempo olhando um ventilador, como pode ainda desenvolver um interesse em outras atividades como: memorizar números, enfileirar objetos, repetir certas palavras ou expressões. As vinculações aos objetos, quando ocorrem, diferem dos objetos transicionais habituais, no sentido de que existe uma preferência por objetos rígidos.

 

2.2. INTERAÇÃO SOCIAL

Dentro do espectro autista, podemos encontrar diferentes manifestações de contato, que vão desde a aceitação no próprio convívio familiar com demonstrações de carinho, afeto e diálogos, até uma total recusa às tentativas de aproximação.

Segundo Teixeira (2016), assim como existem crianças que conseguem interagir bem e frequentar lugares com grande concentração de pessoas, existem casos de crianças com autismo mais severo, onde a multidão, luzes e sons tornam-se insuportáveis, gerando reações imprevisíveis tais como birras, autoagressões, etc.

O ambiente social é responsável por grandes transformações, e é no convívio social que ocorre o desenvolvimento de suas potencialidades, dadas através do estímulo contínuo, pois a falta de interação social é um dos aspectos que interferem no desenvolvimento dessas crianças.

Esta falta de interação social é considerada como uma síndrome comportamental que impede o seu relacionamento e contato com outras pessoas. Tendo em vista os cuidados especiais que devem receber essas crianças, faz-se necessário uma dinâmica familiar e escolar voltada a todos os aspectos do seu desenvolvimento que vise diminuir a exclusão social ao qual elas estão sujeitas. Acentuando que:

 

Para enriquecer o ambiente existem alguns protocolos de intervenção que incluem, por exemplo exposição diárias à diferentes fragrâncias de perfumes, escutar diferentes ritmos musicais durante o dia, realizar diferentes atividades motoras e assim por diante. Basicamente, a criança é estimulada diariamente com pelo menos trinta exercícios combinados com estímulos diferentes envolvendo os cinco sentidos. (TEIXEIRA, 2016, p.63)

 

A relação familiar traduz um sentimento de segurança indispensável para o relacionamento com o mundo externo. Esta relação resultará em confiança, indispensável para o seu relacionamento fora do convívio familiar, principalmente no convívio escolar.

Assim, o estímulo afetivo é a base para novas conquistas e desenvolvimento cognitivo das crianças.

 

Grandes estudiosos, como Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934), já atribuíam importância à afetividade no processo evolutivo, mas foi o educador francês Henri Wallon(1879-1962) que se aprofundou na questão. Ao estudar a criança, ele não coloca a inteligência como o principal componente do desenvolvimento, mas defende que a vida psíquica é formada por três dimensões - motora, afetiva e cognitiva -, que coexistem e atuam de forma integrada.  (SALLA, 2011, p.1)

 

2.3. COMUNICAÇÃO VERBAL

Considerado um dos tipos mais graves de autismo, o autismo de baixo funcionamento compromete a comunicação verbal, porém, esta nem sempre está presente nas crianças autistas.

Há casos, em que a fala ocorre por volta dos quatro ou cinco anos de idade, e ainda existem casos de portadores de autismo nunca falarem. “Um dos grandes problemas no tratamento do Transtorno do Espectro Autista é a demora na identificação dos sintomas e o consequente atraso para se fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento”. (TEIXEIRA, 2016, p.58)

Essa situação é preocupante para os pais que esperam pela hora de vê-los falarem. É comum crianças autistas apresentarem alterações de linguagem e comunicação, fazer uso de frases curtas, e sem intenção de comunicação, não havendo diálogo. Referem-se a si mesmo na terceira pessoa, não aponta, e muitas vezes utiliza-se de outra pessoa para obter as coisas que desejam: objetos ou alimentos, evitando a linguagem verbal.

Um dos sintomas mais comum dentre as características da linguagem no autismo é a ecolalia imediata e a ecolalia tardia. A ecolalia imediata ocorre quando a criança repete da mesma forma a fala do outro, aquilo que acabou de ouvir. E a tardia quando repete algo que ouviu anteriormente.

 

Ecolalia Imediata é a repetição de algo que a criança acabou de ouvir e a ecolalia tardia é a repetição de informações ouvido anteriormente – minutos, horas, dias, semanas, meses ou anos. Algumas pessoas veem a ecolalia como fala sem sentido, mas há alguns profissionais que acreditam que a ecolalia pode servir como uma função de comunicação para o indivíduo com autismo. (CARVALHO, 2013, p.1)

 

A criança autista muitas vezes apresenta comportamentos agressivos por não saber expressar os seus sentimentos através da fala. Neste momento a família deverá incentivar a pedir o que deseja, deverá falar pausadamente o nome do objeto desejado para que ela possa compreender a pronuncia correta.

 

A criança possui uma espécie de dispositivo para a aquisição da língua. Esse dispositivo permite à criança operar sobre as expressões que ela ouve à sua volta de maneira que consegue elaborar uma gramática implícita e internalizada, não consciente. A hipótese de Chomsky explica esse “milagre” da aprendizagem da língua materna nos aproximadamente nos cinco primeiros anos de vida. (CHOMSKY, 1965 apud GODOY e SENNA, 2013, p.40)

 

A aquisição da linguagem não depende da inteligência da criança, existe uma dissociação entre suas capacidades linguísticas e cognitivas. Assim como existem crianças com problemas cognitivos com alto desenvolvimento da linguagem, poderá ocorrer o contrário, crianças com desenvolvimento cognitivos preservados e habilidades linguística alteradas. “A presença da linguagem oral é considerada um importante fator preditor de habilidades sociais e funções adaptativas futuras, o que enfatiza seu valor prognóstico”. (VOLKMAR, 2003 apud ASSUMPÇÃO JUNIOR, 2015, p. 94)

 

2.4. ALTERAÇÃO DE COMPORTAMENTO

O comportamento estereotipado das crianças autistas é com certeza bem preocupante para pais e professores.

A procura imediata por terapias que possam auxiliá-los a lidarem comesse comportamento parece ser a intervenção mais acertada para tais distúrbios, porém em momentos de crise, com certeza, carinho e afagos trarão conforto às crianças.

 

“Os exemplos mais comuns de estereotipias observadas nessas crianças são: flapping (movimentos de balançar as mãos), rocking (mover o tronco para frente e para trás), andar nas pontas dos pés, movimentar as mãos na frente do rosto, girar sobre o próprio eixo, observar objetos que giram ou correr sem um objetivo claro”. (TEIXEIRA, 2016, p.28)

 

Outro aspecto característico do comportamento das crianças autistas é o isolamento. Preferem ficar sozinhas, evitam o colo e o contato visual, parecem viver em um mundo isolado, mantendo comportamentos repetitivos e sem finalidade aparente.

Demonstram-se retraídos, apáticos e apresentam indiferença ante ao ambiente que frequenta, além de serem resistentes às mudanças.

As birras e agressões aparecem em situações diversas, sendo mais comuns em casos de não permissividade.

 

“Muitas vezes a ausência de respostas das crianças deve-se a falta de compreensão do que está sendo exigido e não de uma atitude de isolamento e recusa proposital. A continua falta de compreensão do que se passa ao seu redor, aliada à escassa oportunidade de interagir com crianças “normais” é que conduziria ao isolamento, criando assim, um círculo vicioso”. (BAPTISTA e BOSA, 2002, apud MARINHO e MERKLE, 2009, p.7)

 

2.5. AFETIVIDADE FAMILIAR

Cuidar para manter uma família saudável em todos os aspectos é um desafio muito grande principalmente nos dias de hoje, quando a necessidade de trabalho leva à ausência dos pais por períodos prolongados fora do ambiente familiar. Conciliar trabalho, afazeres domésticos e educação dos filhos, por vezes podem gerar desiquilíbrios e estes por muitas vezes refletem no ambiente familiar ou escolar causando forte sentimento de culpa por parte das mães que trazem para si toda a responsabilidade devido a sua ausência.

Oferecer uma educação familiar que garanta um convívio social equilibrado, respeitando as diferenças existentes nos diversos grupos ao qual serão inseridos e oferecer uma formação escolar de qualidade, requer grande dedicação por parte de seus membros.

Através da afetividade, do bom acolhimento, a criança estará preparada para criar novos laços sociais.

Nem sempre todos os membros de uma família tende a possuir uma vida saudável. Diferenças físicas, ou mentais podem ocorrer por parte de um dos seus membros e acabar por desestruturar este ambiente, causando ciúme por parte dos irmãos devido a intensa necessidade de cuidados que este requer.

 

Quando a família verifica que possui um filho acometido pelo transtorno autista, essas expectativas de como será a criança, sua genética, personalidade, futuro, amor, medo e carinho, tornam-se mais intensa e confusa. Podem ocasionar comprometimento e mudanças em relação aos aspectos afetivos-emocionais dos pais e como consequência ocorrem prejuízos na psicodinâmica familiar. (MONTE e PINTO, 2015, p.1)

 

Por certo tempo acreditou-se que o autismo poderia ser ocasionado pela falta de afeto, negligencia e até violência por parte da mãe. Esta teoria não é mais aceita visto que após muitas pesquisas científicas concluiu-se que a afetividade é importante para o desenvolvimento, mas nunca consequência da sua condição. “Antigamente, acreditava-se que as chamadas “mães geladeiras” seriam as causadoras do autismo infantil. O termo refere-se a mães que demonstravam pouco ou nenhum afeto em relação aos filhos, são negligentes e violentas”. (TEIXEIRA, 2016, p.36)

Acreditar no desenvolvimento do seu filho é fundamental para que se construa, passo a passo, a confiança através do incentivo e relação mãe- filho. É possível obter uma evolução no que diz respeito à fala e comportamento, devido à afetividade recebida por esta criança na família que aceita a sua condição e procura a ajuda de profissionais qualificados acreditando no desenvolvimento de suas potencialidades.

 

Caso a criança apresente atrasos significativos, precisa ser avaliada criteriosamente por uma equipe médica especializada. Logo, a precocidade do diagnóstico e do tratamento são fundamentais para ajudar no prognostico e permitir que a criança seja tratada desde a idade pré-escolar. (TEIXEIRA, 2016, p.58)

 

Ao receber a notícia de um filho autista, os pais da criança passam por abalo emocional muito forte. As expectativas sobre a vinda dofilho idealizado são destruídas diante da realidade de ter em casa uma criança com deficiência. A falta de conhecimento sobre o assunto, o medo do desconhecido e a incerteza sobre o futuro, acabam por desestruturar o ambiente familiar dessas crianças.

A princípio, os pais são tomados por uma forte sensação de culpa e negação, até aceitarem a nova situação e buscarem ajuda de profissionais na esperança de encontrarem uma explicação e cura para o autismo. Aos poucos, passam a entender e aceitar a nova realidade.

Outra situação que gera insegurança, é o fato da criança ser exposta a outros membros da família, o medo da não aceitação acaba por afastá-los dos demais, alterando o relacionamento familiar.

 

A dinâmica familiar com uma criança autista sofre mobilizações de aspectos financeiros até relacionados à qualidade de vida física, psíquica e social dos seus membros. Os pais devem superar a perda do filho ideal, para que possam perceber as reais capacidades e potencialidades de sua criança. (SILVA, 2009, p.7)

 

O tratamento permanente à criança autista por uma equipe de profissionais especializados onera o orçamento familiar. Esta situação financeira gera mais um desgaste, quando os pais deixam de lado a diversão, limita suas atividades a fim de economizar nos gastos.

Essa nova dinâmica, exige grande dedicação por parte de todos os membros da família no atendimento à criança.  O tratamento diversificado e prolongado implica em uma revisão das tarefas desempenhada no lar.

Faz-se necessário também um suporte às famílias destas crianças, que vivem um constante stress diante dos esforços pela busca do desenvolvimento intelectual, afetivo e social de suas crianças.

 

Segundo Sprovieri, Assumpção Jr. (2001) o fator autoestima apresentou maior comprometimento, pois um filho com tal doença desvaloriza a família. É como se a família não pudesse contar com apoio da sociedade, pois esta geralmente desprestigia crianças deficientes. A família vivencia uma pressão social quando tem um integrante que não corresponde às expectativas sociais. (MONTE e PINTO, 2015, p.8)

 

 

2.6. METODOLOGIA

Este artigo foi elaborado através de uma revisão bibliográfica. Para sua realização foi necessária a leitura de livros, a análise artigos publicados, além da consulta em revistas especializadas e pesquisa eletrônica sobre o tema.


  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Transtorno do Espectro Autista afeta grande número de famílias no mundo. Muitas teorias tentam explica-lo, porém, suas causas ainda não estão definidas. Quando diagnosticado precocemente e tratado por uma equipe especializada, a criança autista alcançará significativos resultados no que se refere ao comprometimento da fala, interação social e problemas comportamentais.

         Um aspecto relevante para o tratamento do autismo sem dúvida, é   a afetividade. O carinho e a dedicação recebidos no ambiente familiar influenciam de forma indispensável o seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

Professores também deverão dedicar igual sentimento à criança, estimulando-as e desafiando-as no ambiente escolar.

Pais e professores, portanto, devem rever suas práticas educacionais no atendimento às crianças autistas e, empenhar-se em estabelecer laços afetivos a fim de estimular tais mentes a descobrirem suas capacidades.

Na esperança de uma melhora para desenvolvimento e   inclusão social, este artigo procurou descrever os problemas enfrentados pelas crianças e por suas famílias ao passar pela experiência de ter um filho deficiente.

E ao concluirmos que não somos iguais, que somos portadores de forças cognitivas diversas, não podemos nivelar e comparar os seres humanos, mas sim acreditar e investir em suas diversas habilidades.

 

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Érica. As origens do autismo. Ler e Saber: Autismo, São Paulo, Ano 1, n.1, p.6-7, 2015.

AMARO, Fausto. Eugen Bleuler, 2014. Disponível em: <http://www.revpsiqlx.org/Upload/artigo/files/61b5cb68-9fb5-4065-bbb3-510ffadb23e9.pdf>. Acesso em 08 de Maio de 2016.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

ASSUMPÇÃO JUNIOR, Francisco B. KUCZYNSKI, Evelyn. Autismo Infantil: Novas Tendências e Perspectivas. São Paulo: Editora Atheneu, 2015.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 06 de Julho de 1015.  Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em 17 de Mio de 2016.

CARVALHO, Selma, Ecolalia – Distúrbio muito comum na comunicação verbal dos Autistas, 2013. Disponível em: <http://selmamcarvalho.blogspot.com.br/2013/07/ecolalia-disturbio-muito-comum-na.html >. Acesso em 16 de Maio de 2016.

GODOY, Elena; SENNA, Luiz A. G. Psicolinguística e Letramento. Curitiba: Ibpex, 2013.

MARINO, Eliane A. R.; MERKLE, Vania Lucia B. Um olhar sobre o Autismo e sua Especificação. 2009. Disponível em:< http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/1913_1023.pdf>. Acesso em 15 de Maio de 2016.

MONTE, Larissa da C. P.; PINTO, Arlan A. Família e autismo: Psicodinâmica familiar diante do Transtorno e Desenvolvimento Global na Infância.2015. Disponível em <http://portal.estacio.br/docs%5Crevista_estacao_cientifica/02-14.pdf>. Acesso em 12 de maio de 2016.

SALLA, Fernanda. O Conceito de Afetividade e Henry Wallon, 2011. Disponível em <http://educainfantilicara.blogspot.com.br/2013_03_01_ archive.html>. Acesso em 10 de maio de 2016.

SCHMIDT, Carlo (org.). Autismo, educação e Transdisciplinaridade. Campinas: Papirus, 2014

SILVA, Scheila B. da. O autismo e as transformações na família, 2009. Disponível em <http://siaibib01.univali.br/pdf/Scheila%20Borges%20da%20Silva.pdf>. Acesso em 22 de maio de 2016

TEIXEIRA, Gustavo. Manual do autismo. Rio de Janeiro: Best Seller, 2016.    

 

[1]Graduada em História pela Universidade de Taubaté. Pedagogia pela Faculdade TEREZA PORTO MARQUES. Pós Graduada em Linguagens da Arte e Curso Sequencial em ARTES PLASTICAS pela Faculdade Santa Cecília

[2]Orientador de trabalhos acadêmicos do Centro Universitário Internacional UNINTER.