A VERDADEIRA NATUREZA DA IGREJA

Em 08/05/2024

Tema: DEUS NÃO HABITA EM TEMPLOS FEITOS POR MÃOS HUMANAS | Por Jeane Kátia 

Texto bíblico base: 

Atos dos Apóstolos 17: 24 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens.

A Bíblia afirma que o nosso corpo é Templo do Espírito Santo, e afirma, noutras palavras, que aqueles que receberam a Cristo como Senhor e Salvador foram selados com o Espírito Santo de Deus. 

No Antigo Testamento, Deus por meio do profeta anunciou que seria dessa forma, ou seja, a intenção de Deus nunca foi habitar em templos feitos de tijolos. 

Para entender isso melhor é preciso ter em mente que o homem é corpo, alma e espírito. O corpo, a Bíblia afirma que voltará ao pó quando morrermos, o espírito voltará para Deus e a alma é aquela que dependendo de nossa escolha em vida, irá para o céu ou para o inferno após a nossa  morte. 

Sabendo que o homem possui corpo, alma e espírito, é preciso entender que o nosso espírito é o lugar em nós que só Deus pode habitar. É do tamanho de Deus, só cabe Deus. Muitos na ânsia de preencherem esse "vazio" não se dando conta de que é o lugar em nós onde Deus quer habitar, tentam preencher esse "vazio" de muitas formas; mas não conseguem. Porque o nosso espírito, lugar em nós para a habitação do Espírito Santo, só pode ser preenchido por Ele. 

Quando a Bíblia diz que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, a Bíblia estar a nos dizer que a Igreja não é aquele lugar onde nos reunimos: assembleia de Deus, Católica, Maranata, Presbiteriana, Batista, etc; estar a nos dizer que a Igreja somos nós. Exemplo: quando a igreja primitiva sofreu perseguição, os irmãos (Igreja) precisaram se reunir nas casas um dos outros e não mais nos templos feitos por mãos humanas. E não deixaram de ser Igreja por causa disso. Pelo contrário, foi ali que eles entenderam o que de fato é a Igreja. Foi ali que eles se deram conta de que eles, devidamente reunidos e em comunhão, eram a Igreja. Infelizmente, porém, no decorrer da história, institucionalizaram a igreja de modo que essa visão se perdeu, mas precisa ser urgentemente recuperada.

Fica claro nas Sagradas Escrituras que a Igreja somos nós que um dia, tendo nos arrependido de nossos pecados e reconhecido nossa condição de separados de Deus nos achegamos a Ele, por meio de Cristo Jesus  aceitando a Jesus como SENHOR e Salvador de nossas vidas, ficando também claro nas Sagradas Escrituras que é nesse momento que somos selados com o Espírito Santo de Deus.

As igrejas Batista, Assembléia de Deus, Presbiteriana, etc, têm o seu valor enquanto lugar onde a Igreja se reúne. Mas a Igreja somos nós. Embora essas placas denominacionais tenham importância enquanto lugar de culto, deve-se ter em mente o fato de que a Igreja para ser Igreja não será Igreja apenas se se reunir nesses locais de culto, isso porque, se a Igreja que somos nós, em comunhão se reunir em casas ou em qualquer outro lugar para prestar culto a Deus e ouvir Sua Palavra, ela estará sendo Igreja porque ela é a Igreja e não aquele templo feito por mãos humanas.

Cabendo ao ministro do Evangelho a responsabilidade diante de Deus de fornecer à Igreja alimento sólido, ou seja, condições de que haja crescimento na Graça e no conhecimento; e isso não se consegue com pregações vazias de Bíblia.

Mas assim como o ministro do Evangelho tem diante de Deus a responsabilidade de oferecer à Igreja alimento sólido (ensino da Palavra), cada um de nós enquanto membros do corpo de Cristo (Igreja), temos, assim como os crentes de Beréia, o dever de estarmos atentos no sentido de verificar na Palavra se aquilo que nos tem sido ensinado está ou não de acordo com as  Sagradas Escrituras.

Nós que um dia aceitamos a Jesus como SENHOR e Salvador de nossas vidas, individualmente, somos membros do corpo de Cristo (Igreja) e reunidos somos a Igreja. E é justamente porque só somos Igreja quando reunidos, que o estar desigrejado não encontra respaldo bíblico. Atualmente estou, mas a Verdade de Deus não muda para se tornar conveniente a mim e nem a você que também se encontra nessa condição.

Ou seja, sozinha, embora eu tenha em meu espírito o Espírito Santo de Deus habitando em mim, eu não sou a Igreja. Sou apenas membro desse corpo (Igreja). E, como já falei acima, só quando como membros nos reunimos é que somos a Igreja.  E é de se ressaltar, que é da Igreja, corpo de Cristo, que não podemos estar desligados. É arriscado demais ao membro estar fora do corpo! Congregar é preciso! 

Se os líderes de igrejas nos dias atuais se recusam a entender isso que aqui foi dito,  que diferença há entre  eles e os líderes judeus do período neotestamentário? Nenhuma! Aqueles, não querendo abrir mão, junto ao império romano, de seus privilégios como líderes judeus, cegavam-se para aquilo que estava claro nas Sagradas Escrituras. E aí? Refletir sobre isso é preciso, não é mesmo?

Entendam que eu não estou dizendo que vocês não devem congregar numa igreja Batista, Assembleia de Deus, Presbiteriana, etc.. E sim, que ao se reunir lá vocês tenham em mente que a Igreja somos nós nos termos aqui já explicados.

Quanto ao pastor (ministro do Evangelho), cabe a ele o dever de buscar, a cada dia,  mais conhecimento na Palavra a fim de fornecer à Igreja condição de que os seus membros cresçam na Graça e no conhecimento. A Bíblia não pode ser de forma alguma tratada como mero pontapé inicial para pregações. Pregações vazias de Bíblia, por mais belas que sejam, são capazes de, no máximo, produzir bons cidadãos e/ou religiosos sinceros. Mas é a Palavra que tem o Poder de provocar em nós a mudança que começa de dentro para fora a fim de nos levar à condição de verdadeiros discípulos de Cristo. Penso que isso deva ser motivo de nossa reflexão.

Meu nome é Jeane Kátia e eu quero vos lembrar que Deus a todos incondicionalmente ama e a todos igualmente chama ao arrependimento.

Eu sou a autora do livro teológico "O Filho de Deus analisado à luz das Sagradas Escrituras", o qual encontra-se disponível para download gratuito em anexo a este artigo.