Professor Me. Ciro José Toaldo

Lamentavelmente no dia 02 de setembro de 2018, num domingo à noite, os meios de comunicação do Brasil, divulgavam o incêndio que destruía o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Museu este, com 200 anos de História, onde se guardavam relíquias brasileiras e tantas outras Histórias sejam da América e até do mundo.

Neste Museu estavam relíquias valiosíssimas, como o crânio de Luzia (a primeira brasileira) e de tantos vestígios e riquezas importantíssimas de nosso Brasil. Não esquecendo que neste local, D. João VI, D. Pedro I e tantos outros ali residiram por muitos anos.

A tristeza e o desdém deste episódio trágico impulsiona ao grito de descaso pela não valorização cultural, seja por parte de autoridades e até mesmo das elites que fazem questão de esquecer o nosso passado. Escrevo isto por ouvir tantos apelos de funcionários e responsáveis do Museu que clamavam por providencias para a sua manutenção. Mas, enfim, ele foi destruído pelo fogo!

Lembro-me que em dois mil, quando fazia o Mestrado em História na UFMS, fomos participar de um Congresso Internacional na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ) e um dos locais que visitamos foi o Museu Nacional, algo fascinante! Aquela foi uma visita que me motivou a ter mais vontade de querer estudar com profundidade a nossa História.

Mas, certamente, como professor de História, ficará gravado em minha memória o que vivenciei junto aos meus alunos do sexto ano, na segunda-feira, 03/09/18, encontrei alunos que se reportavam a respeito do incêndio do Museu, afirmando que “o fogo havia destruído a História que estudamos no livro”; inclusive um deles estava muito triste com o que havia acontecido.

Realmente é triste ver o que aconteceu com o Museu Nacional, mas é preciso ter coragem em se lutar pela História, quando se percebe a sensibilidade de alunos ao entender a importância da História. Ela existe, não apenas para se estudar e tirar boas notas, mas, principalmente para compreender nossa História e, entender que os governos ainda não perceberam que o valor de um povo esta na preservação de seu passado e de sua cultura.

Quiçá não vejamos mais barbaridades como que ocorreu com o Museu Nacional, isto estava sendo anunciado há muito tempo e, por mais que a imprensa diga que não houve vítimas, posso afirmar que a maior delas foi a nossa História que ficou sem inúmeros vestígios fundamentais para entendermos nosso passado e cultura.