Famosa como uma das mais características do Brasil, a comida mineira reúne simplicidade, sabor e tradição, que remonta à época do ciclo do ouro e pedras preciosas, resultado do encontro de diferentes raças e culturas que, entre a necessidade de se comer bem com pouco tempo e recursos disponíveis, moldaram a culinária mineira.

O tempo passou, os costumes evoluíram e a cozinha mineira manteve suas características, ganhando destaque dentro e fora do Brasil. Os restaurantes especializados em seus pratos típicos se multiplicaram em fazendas, hotéis, pousadas e nas cidades, onde as pessoas buscam resgatar o sabor das tradições.

A simplicidade marcante da culinária mineira e seu sabor característico estão intimamente ligados ao período colonial. O modo de preparo e os temperos fáceis garantem a confecção de pratos típicos, ricos e variados, como diferentes tipos de linguiça, o torresmo, o feijão tropeiro e o frango com quiabo, angu e couve, sem falar nos queijos, doces, bolos, broas e o apreciado pão de queijo. A cachaça mineira ganhou destaque como bebida apreciada pelo europeu e exportada para diversas partes do mundo.

Em Minas, as receitas familiares passam, de geração em geração, através de cadernos cuidadosamente escritos a mão com letras caprichadas, onde são registrados os segredos de sua culinária. A hora das refeições é o momento dos encontros familiares, das “prosas” e da integração entre as pessoas.

Por causa das origens históricas da constante busca pela riqueza rápida e altos preços praticados por ambiciosos mercadores, os habitantes de Minas Gerais criaram um jeito mais fácil e barato de comer. Os pratos mineiros mais tradicionais são os provenientes do fundo do quintal de casa (frango, porco, feijão, milho, mandioca e verduras). Outra característica que se arrasta pelo tempo é a fartura. Come-se muito bem nas casas mineiras, onde uma visita é obrigatoriamente seguida de café fresco, broas de milho, pão de queijo e doces em compotas com queijo branco. Essa tradição é ainda mais forte no interior...