Roberto Ramalho é Advogado, Jornalista e Relações Públicas

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A Guerra das Malvinas, em inglês Falklands War e em castelhano Guerra de las Malvinas ou Guerra do Atlântico Sul ou ainda Guerra das Falklands foi um conflito armado entre a Argentina governada pelo general Leopoldo Galtieri e o Reino Unido governado pela primeira-ministra Margareth Tatcher ocorrido nas Ilhas Malvinas (em inglês Falklands), Geórgia do Sul e Sandwich do Sul entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982 pela soberania sobre estes arquipélagos austrais tomados por força em 1833 e dominados a partir de então pelo Reino Unido.

Sentindo que tinha enormes chances de recuperar a Ilha a Argentina reclamou como parte integral e indivisível de seu território, considerando que elas encontram "ocupadas ilegalmente por uma potência invasora" e as incluem como partes da província da Terra do Fogo, Antártica e Ilhas do Atlântico Sul.
Foi um conflito terrível entre os dois países e o o saldo final da guerra foi a recuperação do arquipélago pelo Reino Unido e a morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e 3 civis das ilhas.

Na Argentina, a derrota no conflito fez com que resultasse no fortalecimento da luta contra a ditadura e a consequente queda da Junta Militar que governava o país e que havia sucedido as outras juntas militares instaladas através do golpe de Estado de 1976.

A restauração da democracia como forma de governo veio acontecer um ano depois mais precisamente  em 10 de dezembro de 1983 com a vitória de Raul Alfonsin para presidente da República. Por outro lado, a vitória no confronto entre Argentina e Reino Unido permitiu ao governo conservador de Margaret Thatcher obter uma nova vitória nas eleições de 1983 e a sua consequente reeleição.

Agora, transcorridos 27 anos da guerra entre Reino Unido e a Argentina os países da América latina declaram apoio unânime ao governo de Buenos Aires, pela soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas.

E o maior apoio não poderia vir senão do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que propôs em Cancún, durante a cúpula do Grupo do Rio, que a ONU “reabra o debate” sobre a questão entre a Argentina e a Grã-Bretanha.

Sobre a soberania da Ilha indagou o presidente Lula: Qual é a explicação geográfica, política e econômica de a Inglaterra estar nas Malvinas? Quais as explicações políticas de as Nações Unidas já não terem tomado uma decisão dizendo: não é possível que a Argentina não seja dona das Malvinas, mas um país (Reino Unido) a 14 mil quilômetros de distância?

Agora para resolver definitivamente esse conflito caberá a Organização das Nações Unidas reunirem os governos do Reino Unido e da Argentina.

A minha opinião é a de que as Ilhas Malvinas passem a pertencer definitivamente à Argentina pondo fim ao assunto já que territorialmente falando sua localização está bem próxima do país Sul-americano.