RESUMO

Esta monografia discorre teoricamente sobre o assunto pertinente à gestão escolar e os tipos de lideranças que a permeiam, por apresentar a caracterização da pessoa do gestor como ator principal na liderança da escola. Procura-se analisar neste artigo monográfico os atributos que a pessoa do gestor escolar necessita como parte de sua essência humana para trabalhar com o grupo pertencente à sua gerência. Reconhece-se sua importância tanto no sistema organizacional quanto no estrutural dentro do ambiente escolar, sabendo-se que sua liderança possui a capacidade de construir ou não um ambiente prazeroso, inovador e qualificado do ponto de vista da gestão escolar. Dentro desta análise é possível perceber três tipos de lideranças que supostamente adentram pelo espaço escolar: a liderança autoritária, a liderança liberal e a democrática; levando-se em consideração suas qualidades e dificuldades através de uma investigação pautada no entendimento de autores consagrados como Paro e Chiavenato, fundamentando-se, também, esta monografia a partir de novos educadores-pesquisadores que abordam em suas pesquisas o tema em questão. Compreender a dimensão do papel do gestor escolar e seu contato com o corpo docente e com a comunidade escolar significa determinar o desenvolvimento de uma escola e a harmonia do ambiente. Para isso, é importante que se entenda seu papel na direção da escola observando as faces de uma liderança que seja humanizadora, competente, amparadora, coerente, flexível e determinada em apreender conhecimentos voltados a uma educação libertadora que qualifica este gestor como parte da família de cada pessoa que pela escola passa.

Palavras-chave: Gestor Escolar; Tipos de Lideranças; Gestão Escolar Democrática.

1 INTRODUÇÃO

Tornar-se um gestor escolar não é apenas obter teorias que determinem sua conduta nesta função, é preciso revestir-se de conhecimento humano que esteja mais relacionado com as experiências, das atividades diárias, registradas nas escritas de educadores que já vivenciaram esta etapa; valorizando, deste modo, o ensino aprendizagem em sua gestão, enquanto ele mesmo se aperfeiçoa em seu ambiente de trabalho que é a escola.
Não é inteligente se pensar que a capacitação profissional não é adequada ao desenvolvimento da função de gestor, imaginando que os instintos deste gestor o guiarão para o sucesso ou para o reconhecimento pessoal, pelo simples fato de se sentir uma pessoa apta para influenciar sua equipe sem que esteja orientado academicamente para exercer tal função.
Na verdade, um gestor escolar precisa trabalhar suas múltiplas inteligências para que este desenvolvimento realize em si mesmo benefícios que se espalhem em seu ambiente de trabalho tanto com toda sua equipe quanto com a comunidade escolar, considerando que, como ser humano, o dever de se colocar no lugar do outro é inerente a esta função como líder escolhido para gerir uma unidade escolar.
Aliás, colocar-se no lugar do outro é humanizar-se, sentindo-se parte da comunidade que habita no entorno da escola, reverberando uma sabedoria valorosa que atribua em sua função o desejo de crescer e de ampliar seus próprios horizontes.
Para que esta gestão se complete é necessário que o gestor escolar conheça bem a si mesmo e os tipos de lideranças que foram constituídos ao longo do tempo, procurando extrair de cada uma delas possibilidades de enxergar a sua própria liderança.
E, para que se consolide sua função gestora na escola é interessante que ele estude, pesquise, busque, se construa, se desconstrua e se reconstrua a cada passo de sua carreira, aprendendo a ser um ouvinte da dor e da necessidade de quem o acompanha e das pessoas que adentram no local em que ele está arregimentado.
Em nível de convivência humana, o gestor escolar precisa incentivar sua equipe a contribuir com a harmonia do espaço escolar, gerando através de incentivos o desejo nesta equipe de melhorar sua conduta, conduzindo-a a sonhar com uma educação competente que enfrente diariamente as demandas sociais que surgem de tempos em tempos.
Mediante tais pensamentos, manifestam-se indagações que encaminham os pesquisadores a um novo modo de se refletir a respeito da liderança na gestão escolar, tais como: “Que implicações surgem quando um gestor torna-se autoritário no ambiente escolar?” “Até que ponto um gestor escolar entende que não deve cobrar nada à sua equipe, deixando-a a vontade para decidir e resolver os conflitos existentes no ambiente escolar?” “É saudável uma gestão escolar atuar com uma liderança alicerçada na democracia e na participação de todos que estejam ao seu redor e no entorno do ambiente escolar?”
Levando-se em consideração de que não há respostas prontas para estes e outros questionamentos é que se deseja nesta monografia analisar, investigar, observar e compreender até que ponto torna-se saudável a mistura ou não destes tipos de lideranças no processo de construção interior e profissional de um gestor escolar ou se isso se torna inadequado em sua função a ponto de gerar conflitos internos e desgastantes.
Desta feita, é primordial se pensar acerca da natureza da liderança que envolva um gestor escolar, quanto ao equilíbrio emocional e profissional, que não pode se ater a um modelo inflexível, mas a um protótipo renovável quando as circunstâncias exigirem, diariamente, em sua atuação; gerando respeito sempre no espaço de quem está em sua presença ou sob sua liderança, para que não seja imputado a este gestor o esfriamento das atitudes de sua equipe, causando inquietações desnecessárias enquanto lidera.
Para que seja apropriada a compreensão da leitura destas escritas, procurou-se dividir o tema escolhido em capítulos, que se posiciona a partir de subtemas, que compreendem, resumidamente, a relação do gestor escolar com os estilos de lideranças que ele assume ou não ao longo de sua carreira.
Deste modo, esta monografia registra em seu capítulo 1 a introdução que conduz o leitor a compreensão acerca de toda a pesquisa acadêmica; ressaltando no capítulo 2 o registro sobre o que vem a ser um gestor escolar, sua definição a partir da expressão “diretor ou administrador escolar”; apresentando no capítulo 3 os tipos de liderança que se destacam na gestão escolar; não se esquecendo de expor no capítulo 4 a conclusão, finalizando todas as etapas da fundamentação teórica, registrando, além disso, as fontes em que se apoiou cada pesquisa.