La formación docente em cuestión: política y pedagogia

1.Tradições na formação docente e suas presenças na atualidade

Muitos docentes devido à sua formação tradicional acabam por ter muitas dificuldades em orientar a sua prática e a reflexão sobre estas tradições é um exercício útil para que eles possam compreender os processos de formação e a sua ação sobre suas práticas, vendo as constantes mudanças como meros expectadores.

Vale ressaltar que para se entender o porquê disso é necessário compreender as tradições para que se compreenda o presente, fazendo uma análise do processo, tanto no presente como no passado.

A origem histórica dos programas de formação docente está unida à conformação e ao desenvolvimento dos sistemas educativos modernos, requerendo a participação de pessoas idôneas que conduzissem a ação escolar, mas, o Estado não vê os docentes – e os educadores em geral, como uma categoria profissional e sim como meros funcionários.

Por um bom tempo, o "saber-fazer" predominou sobre a formação teórica e disciplinar, havendo na formação docente um mínimo de saber básico e de técnicas de aula. Além disso, o docente tinha um papel fundamentalmente moralizador e socializador, reforçando os traços centrais da tradição normalizadora e tendo a sua função confundida como sendo "uma segunda mãe", sendo vista como uma função feminina, mesmo tendo alguns, embora poucos, homens na carreira.

Além da constante deterioração das condições de trabalho e da crescente burocratização que incentiva à reprodução educacional no lugar da transformação pela educação, muitos professores vêm se autodesvalorizando e como mecanismo de defesa contra os projetos do Estado, acabam por privilegiar o compromisso afetivo com os alunos ao invés de trabalhá-los ou questioná-los.

A baixa qualidade não é problema exclusivo dos cursos pedagógicos, mas podemos estendê-la à formação numa disciplina específica, por isso, o profissional da educação deve buscar uma atualização constante, independentemente do governo a oferecer ou não e mesmo com as dificuldades, como os baixos salários, para se adequar-se à educação do seu tempo.

Segundo DAVINI (1995), a tradição acadêmica, como produto da racionalidade positivista, mantém a desvalorização do conhecimento pedagógico – visto como um depósito de teorias isoladas, e da crença na neutralidade da ciência.

Para haver uma boa prática docente, é preciso que os docentes dominem aquilo que ensinam, algo que sabemos que não ocorre, com totalidade, na sua prática e isso faz com que a escola seja vista como incompetente, mas será que os docentes são realmente os responsáveis? Pois é difícil trabalhar na era pós-moderna, numa instituição que ainda está na era moderna.

Durante a chama educação tecnicista, por volta da década de 70, não somente o ensino era visto como técnico, mas a função do professor também o era, a te mesmo na formação dos docentes em cursos de graduação.

Por ser considerado algo técnico, o êxito ou fracasso escolar se explicava pela "aptidões naturais", ou seja, o aluno que reprovasse, o fizera por não ter "aptidão" ou até mesmo por "não possuir inteligência", não sendo levando em conta, outros fatores. Com isso, alguns educadores, começam a se preocupar com a educação e pensam que poderão resolver todos os problemas enfrentados, pela psicopedagogia.

Nos cursos de formação se insistia muito, quanto ao planejamento, como ferramenta indispensável ao trabalho docente, porém, na prática era algo meramente formal, tendo em conta que os docentes não tinham autonomia para definir os conteúdos.

As tendências representam projetos ideológicos dos docentes como forma de resistência aos projetos de dominação das tradições hegemônicas. Entre essas tendências temos a Escola Nova, que pregava a livre expressão e que teve início na década de 1920.

Dentro da ótica participativa e de transformação da prática, temos as tendências sobre a formação dos docentes na década de 80. A América Latina já possuía um enorme acervo de investigação, além de textos sobre a escola reprodutora, opressora e segmentada. Esse debate se desenvolveu num contexto de transformações políticas, após a recuperação da democracia que se deu após longos anos de autoritarismo, surgindo assim pedagogias críticas e participativas.

Na década de 90, o discurso muda, podendo ser apreciada a democratização e sendo adotado o discurso econômico-administrativo, fortalecendo a criticidade e, basicamente, eliminando a pedagogia hermenêutico-participativa.

Todas essas tendências sustentam um discurso prescritivo acerca do que o docente "deve ser": exemplo moral, modelo, difusor de conhecimentos, disciplinador, etc.

Para superar as diversas tendências, além de conhecê-las, é preciso que o docente não se conforme e nem aja com passividade, podendo utilizar o melhor do que cada uma oferece e que lute incessantemente por uma educação democrática e que forme cidadãos críticos.

 

2.Poder, Controle e Autonomia no Trabalho Docente

 

Os macros diagnósticos acerca do não cumprimento das políticas educativas fizeram surgir a necessidade de se aproximar das práticas sociais ou dos sujeitos.

Um bom trabalho pedagógico exige, do docente, um processo de ponderação e escolhas alternativas, bem diferente dos processos de produção mecânica.

Na realidade o poder é só um recurso sem relação e quando há relações entre os sujeitos, as mesmas não são transparentes.

O tipo de ensino a ser oferecido nas Universidades, para formação de docentes, nos dá condições de se verificar o tipo de docente que se pretende formar.

A educação atual tende a ignorar os saberes dos alunos e que o docente é portador de conhecimentos significativos, sendo a maior parte dos estudos voltados para os resultados obtidos, ou seja, êxito ou fracasso escolar. Porém, para que haja um ensino de qualidade é importante incluir questões ideológicas e de compromisso com a problemática sociocultural da clientela, verificando cada caso, já que o corpo discente é heterogêneo e cada aluno possui suas particularidades e saberes culturais, podendo, dessa forma, suprir as necessidades de cada um, portanto, não se deve, homogeneizar as turmas, pois isso impediria o desenvolvimento do educando de forma mais ampla.

As políticas públicas democráticas deveriam assegurar medidas para que a educação fosse de qualidade, propondo medidas que valorizassem os docentes e outras que os levassem a se autovalorizar. Além disso, os professores são peças importantíssimas para a formação de cidadãos críticos, éticos, confiantes, solidários e ativos.

Desde a sua origem a função docente esteve ligada ao governo e enfrenta desde aí, muitas dificuldades econômicas e de condições de trabalho, além das dificuldades burocráticas. Junto a isso, temos o não investimento em qualificação docente quanto às tecnologias educativas, por parte do Estado, fator que aliado a outros, desprestigiam e debilitam a função docente.

A inclusão de alunos das mais diversas classes sociais acaba violentando as tradições das instituições de formação de docentes, tendo em vista que não se prepararam para as mudanças, fazendo com que a educação entrasse em crise.

Além do excesso de serviços administrativos que, por muitas vezes, afastam o professor da parte pedagógica, temos o surgimento de materiais elaborados por experts, tiram a autonomia do professor e acaba gerando conflitos entre experts e docentes, além disso os professores reclamam, com razão, da falta de participação familiar, porém, quando a família participa, acaba se sentindo muito cobrado por ela.

A cada dia, menos jovens se interessam pela carreira docente, tendo em vista, que os salários e as condições de trabalho não são das melhores, afastando assim, pessoas capacitadas e atraindo pessoas não qualificadas, que vêm à profissão como algo que proporcionará um "dinheiro fácil" e na primeira oportunidade partirão para a outra, não a realizando com amor.

Diversos estudos indicam que os docentes formam uma subclasse, tendo em vista a desunião dos mesmos e a passividade quanto ao surgimento de novas medidas impostas pelo governo que são aceitas, muitas das vezes, sem questionamento.

A educação é uma coisa pública, tendo os seus assuntos desenvolvidos em instituições criadas para isso, porém é necessário definir processos de formas e controles legítimos que fortaleçam a autonomia docente, para que haja um bom ensino. Além disso, sabemos que quem realmente constrói o currículo escolar é o docente, que está presenciando o dia-a-dia do aluno e que por mais que venha algo totalmente pronto, é ele quem definirá o que será abordado em classe.

Para que o professor conquiste uma real autonomia ele precisa se preocupar com outros fatores, além do salário, como as relações sociais democráticas e a autonomia para realizar o seu trabalho, não aceitando passivamente tudo aquilo que lhe é imposto e passando a refletir sobre a sua prática, constantemente.

 

3.AS INSTITUIÇÕES DE FORMAÇÃO DOCENTE- CAMPO DE TENSÕES POLÍTICAS E PEDAGÓGICAS

Diversos estudos realizados em vários países, têm mostrado que a divisão de tarefas nos centros de formação são abstratas e que o seu ambiente organizacional e pedagógico tem um peso decisivo na conformação das práticas docentes.

O conhecimento prévio do estudante que ingressa numa universidade, habitualmente é reconhecido e o aluno ao ingressar na mesma, tem dentro de si, um modelo internalizado de docente.

A autora observa que há uma grande disparidade entre o que é ensino na faculdade com a realidade da sala de aula, e, parte disso, se deve aos efeitos dos governos autoritários que levaram as instituições a um processo de isolamento, que leva à fragmentação e ao desinteresse da formação docente por parte de muitas universidades, principalmente as de grande porte.

DAVINI diz que foi realizado um estudo numa universidade brasileira que mostrou que os cursos são isolados, não havendo uma comunicação entre eles e fala sobre os cursos de "complementação pedagógica", que diminuem a qualidade da formação docente.

Em muitas especialidades, em que há a possibilidade de se escolher entre bacharelado e licenciatura, os discentes acabam escolhendo, em sua maioria, o bacharelado, tendo em vista que a carreira docente não é devidamente valorizada.

Muitas instituições acabam optando em ter em seu quadro de funcionários, ex-alunos, pois a equipe, nesse caso, a equipe docente, estará mais bem integrada com a realidade e a forma de trabalho da escola, tendo em vista, que o docente já internalizou o trabalho de outro docente daquela instituição, porém essa maneira de se trabalhar está correta? Por um lado podemos pensar que sim, para seguir aquilo que está predeterminado, porém, nos cabe analisar que o processo de formação e trabalho docente está em constante mudança e muitas práticas hoje aplicadas já estão ultrapassadas, devendo ser revistas. Cabe ressaltar que as instituições não são as únicas culpadas, muito disso se deve há falta de políticas públicas educacionais.

As recentes políticas educacionais também demonstram problemas, uma vez que as universidades estão muito isoladas das escolas de educação básica, produzindo um saber que não vai ao encontro das necessidades da mesma, dificultando o fortalecimento da formação docente e a transformação das escolas.

Uma alternativa para minimizar estes problemas seria o comprometimento de todos os atores envolvidos no processo de formação docente, para que juntos possam buscar mudanças através de novas atitudes e de reflexão sobre a prática, para que assim se caminhe rumo à melhoria da formação docente e, consequentemente da qualidade de ensino na educação básica.

 

4.Pedagogias na Formação dos Docentes: Problemas da Formação em Ação

 

DAVINI diz que entre os problemas mais citados pelos docentes, temos: a separação da teoria com a prática, a fragmentação, a ruptura entre as disciplinas pedagógicas e as disciplinas específicas e a dificuldade de influir na transformação pedagógica das práticas escolares. Além disso, observados que os professores das disciplinas básicas têm um maior prestígio em relação aos demais.

Quando o enfoque acadêmico se sustenta pela "racionalidade técnica", se supõe que os problemas da prática são meramente instrumentais e que se resolve pela aplicação das investigações teóricas.

Este enfoque vê as pessoas como tabula rasa, ou seja, as pessoas nascem sem saber nada (ou iniciam determinado estudo sem saber absolutamente nada) e vê a prática da função docente como algo neutro, objetivo e homogêneo, não respeitando as diferenças entre as pessoas e não refletindo sobre a prática. Por mais que este enfoque seja questionado, ainda é muito utilizado em cursos de formação docente, tanto inicial como em serviço.

Segundo este enfoque da racionalidade técnica, se valorizava o "saber fazer", sendo visto como docente competente aquele que aplica as técnicas e as teorias particulares da prática.

Segundo este enfoque, os problemas se restringem às matérias pedagógicas, tendo o ensino do conhecimento teórico das matérias específicas, mostrado traços tendenciais que representam obstáculos semelhantes.

A crescente especialização do conhecimento e o desenvolvimento da investigação têm colaborado com a organização dos planos de estudos estruturados em disciplinas e essa questão nos mostra alguns problemas tendo em vista que acredita que o docente necessita dominar os marcos conceituais de sua disciplina nos mais diversos níveis.

Todos sabem, ou deveriam saber, que é extremamente atualizar os conhecimentos, porém, muitas instituições formativas não passam conhecimentos atualizados, não que os saberes antigos devam ser desprezados, porém, devem ser contextualizados. Além disso, outro problema é ver os conteúdos como objetos a serem transmitidos, pois assim, a aprendizagem é vista como o dominar das definições dadas pelos experts no assunto, porém, o que é extremamente necessário é a vinculação da teoria com a prática, ou seja, integrá-las.

O crescente mal estar com os estilos pedagógicos e curriculares foram levando à reivindicação do valor da prática como fonte de aprendizagem. Ele foi reforçado pelos diversos questionamentos, levantados por muitos graduados acerca da formação recebida, que indicam que realmente aprenderam a ser docentes no dia-a-dia, em seus ambientes de trabalho, passando a reivindicar a reflexão sobre a prática como fator primordial do processo formativo.

Entre muitos aportes relevantes é mostrada a importância de se gerar enfoques alternativos de formação que partam da investigação na prática e no desenvolvimento da autonomia e do pensamento crítico, permitindo assim uma aproximação com a realidade local.

Este enfoque, tendo em vista que valoriza somente a prática, tem seus aspectos positivos como a reflexão e a análise das práticas docentes, porém não se utiliza de muitas teorias, deixando-as de lado, o que debilita o desenvolvimento da prática docente, pois, apesar da importância da experiência no processo formativo, ela, isoladamente, não resolve os problemas, pois necessitamos de fontes de estudo para junto com ela aprimorarmos o nosso trabalho a cada dia, pois acaba desestimulando as dimensões socioculturais e ético-políticas.

É necessário transformar aquilo que temos, da forma que é, fazendo ajustes que gerem mais eficiência, pois a realidade é, também, aquilo que está interiorizado em cada um. Portanto, é importante se valorizar a realidade dos atores escolares, aplicando técnicas na ação docente, desde o seu processo formativo.

Sabemos que a formação inicial dos docentes prepara para trabalhar num meio diferente ao que estudam, porém, a educação fornecida na graduação dos docentes, não são muito indicadas para suprir alguns anseios dos futuros docentes, que acabam por incorporar ações docentes de seus professores da educação básica.

É importante que os futuros docentes analisem o saber prévio dos seus alunos, para que possam dar sentido ao processo de ensino-aprendizagem, bem como, o devem fazer, os atuais docentes, para um aperfeiçoamento da sua prática.

Com estes enfoques, observamos que é necessário construirmos uma pedagogia de formação docente que desenvolva contextos institucionais atualizados e que se deve buscar uma prática integrada, ou seja, a cada dia, devemos estar refletindo e analisando nossa prática docente, dentro dos diversos enfoques e concepções teóricas, para a ajustarmos, visando a um melhor aproveitamento dos educandos e, também, a uma melhor prática docente.

 

5.NOTAS PARA A ELABORAÇÃO DE UMA PEDAGOGIA DE FORMAÇÃO DOCENTE

Entre as teorias e a prática

Quando o estudante sai da faculdade e enfrenta o trabalho acaba por não encontrar muitas conexões entre o que aprendeu e o que será necessário utilizar na prática docente, isso porque, muitas teorias acabam sendo somente psicológicas, impedindo estudos analíticos sobre o trabalho escolar, como os estudos de caso.

A conexão entre teoria e prática docente é extremamente importante para a formação do educador, pois assim, será uma formação comprometida com a transformação da ação, ou seja, transformar a teoria em prática, com a sua aplicação.

O Objetivo e O Subjetivo

Estudos mostram o peso do conhecimento discente quando do seu ingresso na universidade, pois de acordo com ele, ocorrerá o desenvolvimento do educando, aliadas às experiências de vida de cada um, devendo estimular a capacidade para questionar as próprias teorias, confrontar suposições, desenvolver a autonomia e a ação e conectar-se com o conhecimento.

A falta de tratamento pedagógica da formação docente, acaba afetando toda a escola, tendo em vista, que produzirá docentes com muitas dificuldades de executarem o seu trabalho, principalmente a trabalhar com a heterogeneidade em todos os seus aspectos, portanto, para que haja uma boa educação é necessário que haja uma reestruturação profunda dos modos de pensar, perceber e atuar.

Entre o pensamento e a ação

As tendências do ativismo, na formação dos docentes, têm feito prevalecer uma formação voltada para o saber fazer, entendido como um fazer técnico, quase mecânico.

Os docentes devem buscar diversas fontes de informação e confrontar concepções, além de elaborar uma rotina no desenvolvimento de algumas ações específicas, mas, se os mesmos não desenvolverem o juízo e a observação para interpretá-las, estarão condenados a serem superados por elas.

Além disso, devem desenvolver uma pedagogia centrada no estudo da prática e do exercício docente da ação reflexiva, sendo um caminho para um exercício racional da prática docente, através da escolha dos melhores meios para se atingir determinados fins.

Segundo DAVINI, esta parece ser a estratégia mais próxima das características específicas do trabalho docente e dos requisitos de uma "boa educação".

O indivíduo e o grupo

A formação dos docentes, tanto na graduação como em serviço, requer o desenvolvimento de estratégias em grupo, nas quais os sujeitos discutam e analisem as dimensões sujeitas a estudos e contrastem seus pontos de vista, cabendo ressaltar que a aprendizagem é individual e que cada um assimilará de uma maneira, porém, a escola não organiza tempo e espaço para um trabalho colegiado.

 

 

A reflexão e a "boa receita"

Hoje, a saudável recuperação da reflexão crítica e contextualizada sobre as práticas de formação está acompanhada de um vazio de orientações práticas para o desempenho docente nas escolas, mais além do que propõem as bibliografias de enfoque tecnicista e condutista.

Este enfoque procura orientar a análise e os critérios de ação e permitir ao docente decidir entre alternativas e comprovar resultados.

Os docentes e os estudantes são adultos e trabalhadores

É importante ter em conta, que o adulto também é um ser inacabado e que a aprendizagem durante a vida é um processo permanente em todas as esferas de sua vida, devendo sob esse ponto, a formação e o aperfeiçoamento, considerar sempre a discussão sobre os fins do seu trabalho. Assim, o docente deve analisar os fatores não só do ambiente escolar, mas, também, os externos, do dia-a-dia do aluno e da comunidade, buscando laços para uma constante reorganização da escola, tendo estas questões centralizadas nas propostas de formação docente.

DIMENSÕES E ESTRATÉGIAS DA FORMAÇÃO DOCENTE

A formação docente inclui dimensões e estratégias como a atualização permanente dos conhecimentos pedagógicos, científicos e tecnológicos; a análise do contexto social da escolarização e a reflexão sobre a prática no contexto específico do desenvolvimento de alternativas para a ação na escola.

A reflexão sobre o próprio processo de ensino-aprendizagem requer centrar-se na ação pedagógica como objeto de análise e intervenção ao longo da formação e do aperfeiçoamento profissional, para que assim seja dada significação aos processos educativos.

Podemos relacionar estratégias centradas na prática com outras dirigidas à circulação de informações e experiências ou ainda à produção de projetos em conjunto, entre elas destacamos:

- Estudo de casos;

- Estudos de incidente crítico;

- Módulos, materiais escritos, vídeos e gravações;

- Estudos ou trabalhos dirigidos ao ambiente escolar;

- Conferências, entrevistas públicas, mesas redondas;

- Reconstrução da própria bibliografia;

- Grupos de estudo e reflexão;

- Tutorias;

- Investigações sobre a ação;

- Grupos de elaboração de projetos;

- Seminários;

- Aprendizagem e reflexão sobre a tarefa e

- Estágio.

É importante manter um equilíbrio entre o estudo de situações e o acesso a teorias e informações que permitam efetuar uma leitura delas, procurando gerar dispositivos de formação, como trama de estratégias integradas e subordinadas em função de uma lógica pedagógica global na busca constante de uma educação de qualidade em todos os níveis e para isso, é preciso buscar uma melhor formação docente.

Portanto, há muitas formas encontradas no processo formativo docente, porém é necessário buscar as melhores formas e estratégias para formar um docente "mais completo", ou seja, um docente que vá em busca do conhecimento, que reflita sobre a sua prática e que, entre outras questões, contextualize o saber à realidade, valorizando os conhecimentos prévios dos seus educandos e estando mais preparado para realizar a docência.

 

 

Referência Bibliográfica

DAVINI. María Cristina.

La Formación docente em cuestión: política y pedagogia.

Buenos Aires: Paidós, 2005 - 2ós, 2005 – 3ª Edição.