“A formação do professor frente às teorias e concepções pedagógicas contemporâneas”

 

 

Sueli Aparecida Correia de Oliveira

Licenciada em Pedagogia pela UFMT Universidade Federal de Mato Grosso

 

Especialista em Educação Infantil e Alfabetização pela Faculdade Afirmativo

 

 

Resumo: Atualmente  nossa sociedade e a evolução na maneira de educar tem cobrado cada vez mais na formação dos educadores sendo assim o presente vem apresentar algumas questões a respeito da formação do professor frente às teorias e concepções pedagógicas contemporâneas é importante destacar que o pedagogo deve ser um profissional capacitado para encarar fatos e situações diferentes da prática educativo em diversos seguimentos sociais e profissionais; além disso deve possuir competências e habilidades para trabalhar em processos de coordenação, planejamento, execução e avaliação.

 

Palavras Chaves: Educação, formação do professor, concepção pedagógica.

 

 

 INTRODUÇÃO

Este artigo vem apresentar pressupostos teóricos justificar a relevância do professor conhecer como se deu a construção do percurso histórico da educação; também busca  descrever pressupostos teóricos e práticos das teorias curriculares: não crítica ou tradicional, crítica e pós-crítica; assim como, expor como a gestão da sala de aula, ou seja, as práticas de ensino podem oportunizar a melhoria da aprendizagem; e ainda comentar a respeito da atuação docente para o desenvolvimento das aprendizagens.

O professor tem um papel muito fundamental no processo de ensino de aprendizagem pois, cabe a ele a motivação para a realização dos trabalhos proposto e manter seus alunos interessados e atentos, utilizando-se dos meios mais diversos, como as tecnologias, visando o desenvolvimento da aprendizagem com vistas a produção do conhecimento, sendo assim é possível afirmar que a função do educador é mediar os conteúdos para que estes possam ser apropriados para os alunos, incidindo intencionalmente na sai aprendizagem e desenvolvimento.

 

TEORIAS E CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS

 

O professor precisa saber como foi o processo de construção da educação com o passar do tempo, e como esse processo se moldou diante da evolução da cultura humana. Com isso, é possível vermos como a educação evoluiu e com ela as metodologias e práticas escolares.

Ter conhecimento a respeito do histórico da educação promove uma melhor noção do contexto no qual estamos inseridos atualmente, e sempre quando olharmos para o passado vemos formas de evitar muitos erros que já foram cometidos e dessa maneira podemos buscar um futuro mais assertivo e eficiente para o cenário educacional.

O estudo da história da educação é relevante por causa do seu potencial formativo, uma vez que possui a capacidade de fazer com que os alunos raciocinem de maneira que compreenda o porquê estudar determinada matéria e tema, além disso, ajuda a compreender o modelo educacional que temos nos dias atuais, e na compreensão dos possíveis erros que aconteceram de forma que agora podemos evita-los ou preveni-los.

Nóvoa (1999 apud GATTI Jr 2008, p. 226-227) defende a História da Educação como fundadora das ciências da educação em quatro ideias principais:

 

 1. “[...] A História da Educação deve ser justificada, em primeiro lugar, como História e deve procurar restituir o passado em si mesmo, isto é, nas suas diferenças com o presente... [...]”.

2. “A História da Educação pode ajudar a cultivar um saudável ceticismo, cada vez mais importante num universo educacional dominado pela inflação de métodos de modas e de formas educativas [...]”.

3. “A História da Educação fornece aos educadores um conhecimento do passado coletivo da profissão, que serve para formar a sua cultura profissional. Possuir um conhecimento histórico não implica ter uma ação mais eficaz, mas estimula uma atitude crítica e reflexiva”.

 4. “A História da Educação amplia a memória e a experiência, o leque de escolhas e de possibilidades pedagógicas, o que permite um alargamento do repertório dos educadores e lhes fornece uma visão da extrema diversidade das instituições escolares do passado [...]”.

 

Sendo assim, cabe ao futuro educador estudar a História da Educação para compreender o passado, e partir das representações construídas, compreender que são criações humanas e partir desta experiência pensar o presente   aprimorando dessa forma o olhar a respeito da experiência vivida auxiliando com o exercício de um olhar reflexivo.

Ter continua dúvida, desnaturalizando o acontecimento histórico, construir uma herdade cultural sobre sua profissão e área de atuação, faz com que se adquire um conhecimento bibliográfico que te permite explicar quando preciso o papel do profissional da educação.

 

O mínimo que se exige de um educador é que seja capaz de sentir os desafios do tempo presente, de pensar a sua ação nas continuidades e mudanças do trabalho pedagógico, de participar criticamente na construção de uma escola mais atenta às realidades dos diversos grupos sociais. (NÓVOA, 1996, p. 01).

 

O estudo história deve analisar se os vestígios deixados foram estabelecidos em um espaço- tempo, uma vez que cada momento histórico, a educação atendeu a determinada finalidade que condiziam a visões de homem e de mundo, constituindo dessa maneira a relação entre os fatos passados e presentes.

A formação de professores para a educação básica é um assunto de muitas discussões no meio educacional a partir da preocupação em se formar profissionais críticos e reflexivos, conscientes e comprometidos com uma educação de qualidade.

 Dessa forma quando falamos de currículo é um grande desfio, uma vez que em assumindo cada vez mais espaço de destaque no meio educacional, nas áreas de conhecimento pedagógico. 

As teorias curriculares críticas superam a ideia de um currículo homogêneo, simplesmente prescritivo e argumentam que o mesmo representa intencionalidades de diferentes ordens: entre elas: política, social e econômica na constituição dos saberes.   Quando falamos em teoria critica temos que citar Paulo Freire, um grande pensador que s preocupou intensamente com a educação popular, com os problemas educacionais brasileiros e que contribui significante para a teoria crítica do currículo. De acordo com Pacheco (2001, p. 51) “a teoria crítica é um espaço de contestação, uma outra forma de olhar a realidade e um compromisso político com o que pensamos e o que fazemos.”

As teorias críticas apresentam que não existe uma teoria neutra, uma vez que toda teoria se baseia nas relações de poder. Isso está contido nas disciplinas e conteúdo que reproduzem a desigualdade social que colabora para que diversos alunos saem da escola antes de aprender e conhecer as habilidades das classes dominantes. É visível que o currículo é um assunto que prega liberdade e um espaço cultural e social de lutas.

As teorias pós–críticas expõem com ênfase as preocupações com a diferença, com as ligações saber-poder no meio escolar, o multiculturalismo, as diferentes culturas raciais e étnicas, por fim, não é uma questão de superação da teoria crítica, mas segundo Silva (2007, p. 147),

 

 [...] a teoria pós–crítica deve se combinar com a teoria crítica para nos ajudar a compreender os processos pelos quais, através de relações de poder e controle, nos tornamos aquilo que somos. Ambas nos ensinaram, de diferentes formas, que o currículo é uma questão de saber, identidade e poder.

 

O currículo, a partir da teoria pós–crítica, deve ser visto como um complemento, tido como algo que produz uma relação de gêneros, pois predomina a cultura patriarcal, como uma forma de aprofundamento e ampliação às teorias críticas. Esse currículo é a fundamentação no pós-estruturalismo que acredita que o conhecimento é algo incerto e indeterminado. Essa teoria critica a desvalorização do desenvolvimento cultural e histórico e o conceito de modernidade como razão e ciência.

A gestão de sala de aula são todas as ações realizadas pelo professor onde o mesmo procura promover um ambiente de aprendizagem efetiva, em que todos os alunos se sintam em segurança e sendo estimulados a aprender, a gestão e algo realizado diariamente, onde o educador sempre está controlando, percebendo identificando os problemas e procurando soluções por meio de planos de ação.

O processo educacional sempre foi alvo de constantes conflitos e apontamentos que incentiva a sua evolução em diversos aspectos, principalmente no que alcança a condução de metodologias de ensino por nossos educadores e a valorização do contento escolar formador para nossos educandos.

Algumas práticas de ensino podem oportunizar a melhoria da aprendizagem são: a socialização que propõem atividades educativas que geram interação e colaboração e criação entre os alunos, a valorização dos alunos que busca a valorização dos conhecimentos dos alunos que já trazem consigo para a escola e as conquistas alcançadas em seu dia á dia, a  aprendizagem compartilhada esta contribui para estimular a pratica de aprendizagem entre pares onde busca criar vários momentos  onde os próprios alunos ensinam algo que sabe para os colegas, a interdisciplinaridade essa promove projetos interdisciplinares, inclusive de ação continuada e de longo prazo; construir planejamentos por áreas do conhecimento, considerando e correlacionando os objetivos de aprendizagem de cada componente curricular.

 

CONCLUSÃO

 

Conclui-se que o curriculum tem grande importância dentro do ambiente escolar e na formação dos professores, contudo ele não é composto apenas por sabores formais, mas, também informais, dando a possibilidade para que os educadores transmitem seus conhecimentos culturais aos alunos.

Pode se concluir que a inserção do histórico da educação para a formação dos futuros educadores promove uma melhor noção do contexto no qual estamos inseridos, e sempre quando olharmos para o passado veremos formas de evitar muitos erros que já foram cometidos e dessa maneira podemos buscar um futuro mais assertivo e eficiente para o cenário educacional.

Sendo assim, devemos olhar no passado trazendo uma reflexão para o presente sobre os erros e acertos que no passado o Estado e a população em geral tiveram para com a Educação.

Este também serviu para apresentar práticas de ensino podem oportunizar a melhoria da aprendizagem, assim como é importante a mediação do professor no processo de ensino aprendizagem.

 

REFERENCIAS

 

NÓVOA, António. História da educação: percursos de uma disciplina. Lisboa/Portugal. Universidade de Lisboa. Texto traduzido em 1996.

 

PACHECO, J. A. Teoria curricular crítica: os dilemas e (contradições) dos educadores críticos. Revista Portuguesa de Educação. P. 49-71. 2001. Disponível em:

 

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.