A educação é tomada como uma estratégia política de forma a inserir os sujeitos na cidadania e no mercado profissional de forma ética. Então, é imprescindível que a formação do pedagogo deva ser redimensionada, pois tomá-la apenas como licenciatura não é mais o suficiente, já que a sociedade reconhece e assume esse profissional como o cientista da educação e não mais como um mero professor apenas do espaço escolar, pois hoje, o pedagogo deve estar em diferentes ambientes de desenvolvimento humano. É certo que ao ingressarmos ao curso de Pedagogia, questionamo-nos acerca do próprio curso, do papel do pedagogo na formação educacional, afinal, esta identidade profissional vinculava-se de um especialista em ciências da educação.

            Apesar dos percalços durante a trajetória no Brasil do pedagogo e sua função, temos avançado nas discussões e no entendimento a fim de atingir nossas metas no processo ensino aprendizagem. Mas esse conhecimento já construído oferece importantes contribuições à educação, à medida que desvela o próprio processo de compreensão da atuação de sua prática e a realidade educacional, rompendo as mazelas que perpassam às fragilidades e aos limites do sujeito, elevando suas potencialidades, contribuindo para as conquistas.

            Ainda temos um longo caminho, mas sem dúvida, alcançaremos o topo de uma educação para todos e de qualidade se nós educadores contribuirmos de forma ética, reflexiva e crítica na nossa própria formação, pois o nosso papel no desenvolvimento da vida dos sujeitos é uma responsabilidade definitiva. O Brasil precisa de educação de qualidade, e, portanto, devemos contribuir para avistarmos à tão sonhada boa formação, quando nos aperfeiçoamos, constituímo-nos em sujeitos críticos e reflexivos, e então, formaremos cidadãos (nossos alunos) com opinião relevante, pois, é mais que certo de que, não há crescimento num país sem uma boa educação, essa é nossa missão.

Referências:

AGUIAR, Márcia; SCHEIBE, Leda. Formação de profissionais da educação no Brasil:
o curso de pedagogia em questão. Revista Educação & Sociedade, ano XX, nº 68, Dezembro, 1999.

BRASIL. Decreto-lei n. 1190, de 4 de abril de 1939. Dá organização à Faculdade Nacional de Filosofia.