A Formação da Leitura e Escrita no Processo da Alfabetização

RESUMO:                  

Do mundo, todavia a alfabetização na leitura e escrita é muito importante para todas as pessoas, facilitando o seu convívio em sociedade e para isso é necessário que os primeiros passos de alfabetização aconteçam de forma plena, significativa e o professor é visto como o grande intermediário da aprendizagem e aprimoramento do conhecimento, e para isso, precisa alfabetizar de forma motivadora e criativa. São vários os autores que contribuem com estudos voltados para o entendimento do processo de aquisição da leitura e da escrita, contribuindo de forma significativa com ideias, teorias, fazendo da alfabetização uma maneira mais simples e menos complexa de aprendizagem. O mais importante para a alfabetização não é apenas o método utilizado, mas como será utilizado, esse conhecimento, seus verdadeiros objetivos. Visando assim uma nova perspectiva de alfabetização para o educando, explorando a construção de sua história, tornando-se crítico, e assim exercer de forma plena sua cidadania, e também atingindo o desenvolvimento cognitivo e afetivo, sendo necessária que o professor busque nova metodologia para promover uma aprendizagem que possa contribuir com o desenvolvimento do ser em sua totalidade.

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem – Leitura/escrita – Alfabetização.

 

1 - INTRODUÇÃO

Este estudo aborda a importância da aquisição da leitura e escrita como algo que vai além do reconhecimento e da decodificação das palavras, e enriquece a experiência e o conhecimento da pessoa que realiza a leitura. O desenvolvimento na leitura e na escrita é um processo lento que não deve ser antecipado e muito menos pular etapas quando esta alfabetizando os alunos como educação infantil ou serie inicias.

Nas pesquisas realizadas em alguns artigos científicos, bibliografias como teses e dissertações, e livros, sobre o processo na alfabetização da leitura e escrita não podemos deixar de revera história do desenvolvimento da leitura e na escrita, e os métodos de alfabetização e vai até as práticas escolares e as sugestões pedagógicas de como trabalhar a aquisição da leitura e na escrita de forma significativa, promovendo o desenvolvimento e a aprendizagem do ser.

A alfabetização precisa envolver os diferentes conceitos atribuídos pelos estudiosos, ela vai além, não pode ficar exclusivamente entre quatro paredes, deve ser aproveitado tudo que envolve o convívio da criança, expondo assim os caminhos que o sujeito percorre para ter uma alfabetização plena.

Para ser considerado um ser alfabetizado não basta apenas saber ler e escrever, é preciso muito mais que isso, é necessário o entendimento, a interpretação do que se lê, e também do que se escreve, é necessário apresentar na escrita um foco, um objetivo, pois escrita não são letras soltas e sim uma junção de letras que foram um contexto.

O objetivo desta pesquisa é mostrar como acontece o processo de desenvolvimento da leitura e da escrita, abrangendo os métodos de alfabetização utilizados por diferentes estudiosos, contribuindo de forma agradável para o desenvolvimento da aprendizagem, de forma que o educador possa aplicar suas metodologias voltadas para uma alfabetização prazerosa.

A capacidade de ler e escrever são de importância tão singular para a vida de uma criança, que a sua experiência escolar se constitui em facilidade ou dificuldade no aprender. Por isso, a maneira como a leitura e a escrita são ensinadas determinarão o modo como perceberá a aprendizagem. E para promover uma aprendizagem significativa é necessária a intervenção do professor, o qual precisa usar métodos diferenciados, usar a criatividade para promover a alfabetização.

A leitura e a escrita vêm sendo estudada há muito tempo por vários estudiosos, mas para a realização desta pesquisa contamos com a ajuda dos autores “Emília Ferreiro”, “Ana Teberosky”, “Paulo Freire” e outros que apresentam contribuições para o processo de leitura e escrita. Evidenciando assim a importância do ato de ler, através da função social da leitura, presente nos diferente uso da leitura de mundo de cada pessoa e sua influência na aprendizagem do leitor e do escritor.  Para melhor compreensão da pesquisa o presente artigo foi dividido em dois capítulos.

O primeiro capítulo inicia contando um pouco da história do desenvolvimento da leitura e da escrita que vai desde a antiguidade até os dias de hoje, enfatizando sua importância para a vida em sociedade.

O segundo capítulo apresenta reflexões que trazemos métodos de alfabetização inspirado em Emília Ferreiro que são o sintético, o analítico e o silábico que exercem importante função sobre a aprendizagem e principalmente para a aquisição da leitura e da escrita na alfabetização. Envolvendo também os níveis pré-silábicos, hipótese silábica, silábico alfabético e o alfabético. Finalizando com as práticas escolares e sugestões pedagógicas que possam nortear o educador a ampliar seu conhecimento e aprimorar sua prática pedagógica voltada para a aprendizagem e o desenvolvimento de seu aluno.

Enfim o entendimento da leitura e na escrita envolve muito estudo, e que o sucesso da alfabetização, não é o método a ser escolhido, e sim, a realização desta alfabetização, trazendo para a sala de aula, a realidade do aluno e o conhecimento já adquirido por ele, envolvendo não somente o aluno, mas o ambiente, e por fim o professor.

1 - O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO

O processo que envolve o desenvolvimento da leitura e escrita implica reflexão sobre a forma de ver o mundo que está associado à observação, aanálise. A leitura e a escrita são visto como o meio de conhecer. Sendo assim é possível dizer que está ligado inteiramente ao conhecimento formal e informal. Conhecimento informal de mundo e conhecimento desenvolvido nas instituições. Compreender a problemática que envolve o processo de leitura e escrita principalmente na alfabetização requer pesquisas de diferentes teorias e métodos.

A história fixação da leitura e escrita segundo Zilberman (1991) se transformaram no tempo. Caminhando na direção da facilitação e da civilização. Com o surgimento da imprensa a partir do século XV o mundo passou a produzir textos impressos. Uma evolução que foi percebida com o passar do tempo. E assim a história da leitura consiste na história da possibilidade de ler.

O desenvolvimento da leitura e da escrita é um processo que vem evoluindo com o tempo baseado nas necessidades de toda uma geração. Cada época e cada classe social formam os homens a sua imagem e semelhança, e as mudanças na sociedade são constantes, os valores mudam, as instituições sociais mudam, o pensamento muda de uma sociedade para outra.

Segundo Freire (1981) a leitura do mundo precede a leitura da palavra, a realidade e a linguagem se predem de forma dinâmica, uma complementa a outra. E a importância do ato de ler inicia com a leitura do mundo e se completando com a leitura das palavras.

O início do processo de leitura e escrita data-se desde os primórdios, primeiramente com a leitura de mundo, evoluindo para os desenhos rupestres nas paredes das cavernas e mais tarde a criação dos códigos escritos, momento em que dividia entre aqueles que liam e os que não liam. Tornando a leitura uma necessidade humana facilitando a comunicação entre as sociedades.

Segundo Araújo (2008) a leitura é um eixo em torno dos quais muitos caminhos são delineados, são considerados complexos. E para serem compreendidos deve ser baseado no que é experiência. Dando referência primeiramente a leitura de mundo, que remete ao leitor a reelaboração dos sentidos. Assim, a leitura passa a ser vista como um processo dinâmico, alicerçando em uma configuração homem-mundo-homem.

A leitura e a escrita ao tornar uma necessidade humana separa o texto codificado do ato de ler e assim foi criado o ato formal de aprender a ler.

No Brasil alfabetização da leitura e da escrita segundo Zilberman (1991) baseia-se na necessidade de criar a escrita reconhecida pela sociedade e a sua socialização como forma de comunicação. Possibilitando assim o acesso a escrita por vários membros da sociedade, o que implica a existência de uma instituição responsável por fazê-lo, assim surge a escola que carece de profissionais qualificados para decodificarem e decodificarem as tarefas de letras e alfabetizar.

Para Vygotsky (1984) a instituição escolar desempenha um papel crucial no desenvolvimento humano. A escola na sua perspectiva é a instituição detentora de formas de saber culturalmente mais avançadas que podem ser transferidas através da instrução formal, nas interações entre professores e alunos no contexto da sala de aula.

Ensinar os alunos a ler e escrever é uma das principais tarefas da escola. A leitura e a escrita são muito importantes para que as pessoas exerçam seus direitos, possam trabalhar, possam trabalhar e participar da sociedade com cidadania, se informar e aprender coisas novas ao longo de toda a vida. (MEC, 2006, p. 5).

A escola é o ambiente propicio para a construção da aprendizagem, local em que se prepara o cidadão para a vida. O processo de ensino aprendizagem não se constrói somente na escola, ultrapassa os muros das escolas, e assim o processo de aquisição da leitura e da escrita se constrói na escola, na família e principalmente na sociedade.

A aprendizagem na escola acontece principalmente com a participação do professor, o qual é visto como mediador do conhecimento. Para o MEC (2006), na escola as crianças e adolescentes precisam entrar em contato com diferentes textos, ouvir histórias, observar adultos lendo e escrevendo, e além disso receber muito incentivo do professor.

Mas,  como afirma Zilberman (1991), a necessidade de formar uma sociedade letrada data-se do avanço do capitalismo em que houve a necessidade de identificar valores e do acumulo de capital.

Leitura então se consolidou como prática, nas suas várias acepções. Produto da escola e critério para ingresso e participação do indivíduo na sociedade, veio a ser valorizada como ideia, por distinguir o homem alfabetizado e culto do analfabeto e ignorante. A leitura passou a distinguir, mas afastou o homem comum da cultura oral; nesse sentido, cooperou para acentuar a clivagem social, sem, contudo, revelar a natureza de sua ação, pois colocava o ato de ler como um ideal a perseguir. O ainda não leitor apresenta-se na situação primitiva de falta, que lhe cumpre superar, se deseja ascender ao mundo civilizado da propriedade, por consequência, do dinheiro e da fortuna. (ZILBERMAN, 1991)

Diante desta abordagem percebe-se que o conhecimento da leitura e da escrita é considerado de grande importância para a vida do ser humano, tornando a escola local de referência para aprimorar o saber. 

Para Barbosa (1990), a leitura e a escrita ao longo do tempo passaram por várias transformações, foi evoluindo aos poucos, proporcionando uma nova era na história da humanidade. Cada cultura expressa esse desenvolvimento de maneira diferente. Coma grande acumulo do saber, então surge à necessidade de armazenar esses conhecimentos novos. Segundo Barbosa (1990, p. 33) “a utilização da escrita para o registro do saber produzido pelo homem é acompanhada por uma transformação gradativa nos mecanismos de transmissão do conhecimento”.

            Aos poucos foram criando símbolos que representavam determinadas informações, e então passaram a ser feita a leitura dos símbolos, ou seja, uma está interligada a outra.

 É possível afirmar que uma das grandes “invenções” da humanidade até hoje foi partir da necessidade do homem de criar registros, armazenar dados, enfim, de preservar sua história.

Como afirma Barbosa (1999, p. 34) “a escrita é considerada um marco de passagem da pré-história para a história. É principalmente a partir do registro escrito que se recompõe a forma de vida de um povo em uma determinada época”.

[...] a pintura foi um antecedente da escrita. A pintura era inicialmente dirigida por um impulso estético. À medida que os desenhos passam a transmitir, a comunicar fatos e ideias, os aspectos artísticos deixam de ser os mais relevantes. As pinturas, o desenho, passam a ser utilizados como símbolo como auxilia para identificar uma pessoa ou objeto. Passam a ser mais estereotipados, sem preocupação com detalhes. Esta é uma etapa descritiva, em que a função dos registros é descrever (BARBOSA, 1999, p. 35).

            Segundo Barbosa (1999) as primeiras manifestações da escrita foram os desenhos rupestres desenhados nas cavernas, evoluindo com o passar do tempo, em que a escrita passou de desenhos para símbolos dando origem ao alfabeto. Os desenhos representavam objetos, animais que os nômades representavam nas paredes das cavernas, com a finalidade de comunicar com o grupo. [...]