Nielson Aparecido Rodrigues da Silva
Maximiliano Yoshio Kakitani
Dirce Campos
Julia Petrin
Ana Carolina de Souza Beraldo
Karla Danielle Pereira
Marcos Alexandre
Marilda Keiko Onoda
Marcos Antonio Ramires
Shirlei Núbia Cruz
José Oscar Mundário



Apresentação ___________________________________________________________________________
Excelente: que é muito bom. Definição dada pelo dicionário Aurélio eletrônico ed. 3.0.


"Grita na rua a Sabedoria, nas praças, levanta a voz" Pv 1:20.


Dia a dia sobrepuja nosso prazer inesperado na mudança circunstancial dos fatos que até então, acreditávamos estáveis. A globalização, hiper-potencializada pela tecnologia, gera um processo mutável, numa velocidade escandalosa. E a capacidade deste escândalo não tem limites. As mudanças ocorrem a cada instante, milésimos de segundo, graças à inteligência e o entendimento do homem, e aceitamos ou não, estamos presos a elas. Necessitamos, todavia, nos adaptar a esta modernidade, sem esquecermos de preservar determinados valores morais, educacionais, cívicos e religiosos, os quais foram passados por nossos pais (pelo menos deveria ser assim) e das quais não podemos simplesmente renunciar.

Destarte, esta maneira de transformação, assinalado por impulso ou retardamento, tem como marca a conversão do que foi ontem, no que está sendo hoje e o que virá a ser amanhã. Precisamos nos acautelar desses privilégios e agirmos com responsabilidade, equilíbrio e sabedoria.

Diante deste diapasão, compreendemos ser a educação o processo fundamental e necessário para a sobrevivência do homem. Educação esta o código impulsionador do verdadeiro desenvolvimento, qualquer que seja a área de atuação.

É o meio pelo qual o indivíduo aborda tudo o que a humanidade produziu, porém, de forma consciente e racional. Se nos primórdios já havia importância, nos dias atuais é ainda mais decisivo, já que vivemos numa sociedade baseada no conhecimento, com competitividade, em todo e qualquer segmento. .

E nesta "selva de pedra e neste capitalismo selvagem", que a excelência do saber é fundamental. Para ser e ter. Contudo, não podemos deixar de compartilhar este conhecimento com quem está ao nosso lado, nosso semelhante, numa contribuição para a melhoria do mundo em que vivemos, uma vez que as novas tecnologias criaram novos espaços para a aprendizagem.

Ao indivíduo é lançado um mundo de oportunidades, não apenas profissionalmente, mas também, na construção do caráter e reconstrução de saberes. Transformando indivíduos com senso crítico para agir com cidadania.

O professor excelente é aquele que além de prestar um bom serviço à comunidade, sabe reverter qualquer estado de ineficiência e inoperância naquilo que é plenamente desenvolvível, não podendo faltar, todavia, o conhecimento necessário para que ao exercer esta missão, o faça com caráter, competência e, sobretudo, responsabilidade.

Para o desenvolvimento deste artigo abordaremos a seguir alguns temas relativos ao contexto professor/escola ? escola/família ? espaços físicos da sala de aula ? entre outros, sempre na busca da excelência, como profissionais que somos na grande área da educação, formadores de cidadãos. Isto é uma escolha.



Ou isto ou aquilo - Cecília Meireles
Ou se tem chuva e não se tem sol, Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou se tem sol e não se tem chuva! ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou se calça a luva e não se põe o anel, Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
ou se põe o anel e não se calça a luva! e vivo escolhendo o dia inteiro!
Quem sobe nos ares não fica no chão, Não sei se brinco, não sei se estudo,
quem fica no chão não sobe nos ares. se saio correndo ou fico tranqüilo.
É uma grande pena que não se possa Mas não consegui entender ainda
estar ao mesmo tempo nos dois lugares! qual é melhor: se é isto ou aquilo


PCN ? Parâmetros Curriculares Nacionais & LDB ? Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


Criados em 1997, pela Secretaria de Educação Fundamental os Parâmetros Curriculares Nacionais, segundo o Ministro da Educação e do Desporto da época, Sr. Paulo Renato Souza, têm como objetivo principal auxiliar o professor na execução do seu trabalho, compartilhando o esforço diário de fazer com que as crianças dominem os conhecimentos de que necessitam para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade, sabendo que isto somente será alcançado, se for oferecido à criança brasileira pleno acesso aos recursos culturais relevantes para a conquista de sua cidadania, incluindo tanto os domínios do saber tradicionalmente presentes no trabalho escolar quanto as preocupações contemporâneas com o meio ambiente, com a saúde, com a sexualidade e com as questões éticas relativas à igualdade de direitos, à dignidade do ser humano e à solidariedade. Os PCNs são referenciais para a renovação e re-elaboração da proposta curricular, reforçando a importância de que cada escola formule O seu projeto educacional, compartilhado por toda a equipe, para que a melhoria da qualidade da educação resulte da co-responsabilidade entre todos os educadores, considerando que a forma mais eficaz de elaboração e desenvolvimento de projetos educacionais envolve o debate em grupo e no local de trabalho, e ainda, auxiliam o professor na tarefa de reflexão e discussão de aspectos do cotidiano da prática pedagógica, a serem transformados continuamente pelo professor. (1997, PCN ? vol. 1, Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais, p.6 e p.9).

Algumas possibilidades para sua utilização são: rever objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento das atividades, expectativas de aprendizagem e maneiras de avaliar; refletir sobre a prática pedagógica, tendo em vista uma coerência com os objetivos propostos; preparar um planejamento que possa de fato orientar o trabalho em sala de aula; discutir com a equipe de trabalho as razões que levam os alunos a terem maior ou menor participação nas atividades escolares; identificar, produzir ou solicitar novos materiais que possibilitem contextos mais significativos de aprendizagem e; subsidiar as discussões de temas educacionais com os pais e responsáveis (1997, PCN ? vol. 1, Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais, p.9).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº. 9.394), aprovada em 20 de dezembro de 1996, consolidou e ampliou O dever do poder público para com a educação em geral e em particular para o ensino fundamental. Vê-se no art. 22 dessa lei que a educação básica, da qual o ensino fundamental é parte integrante, deve assegurar a todos "a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores", fato que confere ao ensino fundamental, ao mesmo tempo, um caráter de terminalidade e de continuidade. O ensino proposto pela LDB está em função do objetivo maior do ensino fundamental, que é o de propiciar a todos formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de condições de aprendizagem para: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores e; o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social" (art. 32) (1997, PCN ? vol. 1, Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais, p.16 e 17).

Em ambos os casos, tanto na LDB quanto nos PCN, deixam muitos pontos a serem discutidos para adequações e que são abertos a novas experiências no âmbito educacional. Como podemos querer que tais leis ou diretrizes funcionem em toda a extensa área territorial do nosso país, se há tantas diferenças culturais, econômicas e por que não, educacionais, que geram realidades tão diversas.
Cabe então, aos municípios, estados e ao próprio governo federal, gerar divisas para que tais mudanças, ou adequações, sejam feitas para que o ensino alcance um patamar de qualidade no mínimo aceitável, pois do que consta em diversas matérias e pesquisas, professores dispostos a fazer com que a LDB e os PCN funcionem existem em todos os lugares.

Nota-se também a falta de participação da família, citada tanto na LDB quanto nos PCNs, que fazem com que se tenha a ilusão de que os pais que vão às escolas e participam são os pais dos melhores alunos, quando o que acontece na realidade é o inverso, sendo que os melhores alunos são filhos de pais ou responsáveis que participam da educação dos filhos.


METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUAS


Desde que foram sistematizadas as línguas com a criação do alfabeto, discute-se a necessidade da utilização de métodos na aquisição e aprendizado dessas línguas.

Não nos cabe aqui analisar os diferentes tipos de métodos, uma vez que nossa intenção não é discutir sobre esses métodos, mas debater sobre as dificuldades encontradas no ensino de línguas, tanto materna como a estrangeira.

O ensino tradicional de línguas focou demasiadamente nas práticas normativas de ensino, desconsiderando a realidade lingüístico-social dos alunos. Este foco apenas sobre a parte normativa desmotiva o aluno, pois não se faz a aquisição da língua dentro do seu contexto social, apenas um aprendizado em blocos em que o aluno, na maioria das vezes, não faz a ponte entre o normativo e o social, entre as regras da língua escrita e a realidade da língua falada, ou seja, não é trabalhado o aspecto intelectual do educando, bem como suas peculiaridades sócio lingüísticas de produção, leitura e interpretação de textos orais e escritos.


O método a ser utilizado é muito importante mas a forma com que ele será trabalhado é fator decisivo para o sucesso do aprendizado ou aquisição da língua.

O professor antes de escolher o método a ser utilizado precisa conhecer a realidade sócio-linguística de seu público alvo e então elaborar um plano de trabalho em que os alunos possam interagir durante o processo de aprendizado dentro de sua própria realidade.

O Professor Valnir Chagas entende que ouvir, falar, ler e escrever são aspectos instrumentais do ensino de idiomas que não podem ser atingidos isoladamente (Chagas, 1957,420), assim justificamos a necessidade de mesclagem dos diversos tipos de métodos (AGT, DIRETO, MEDOTO DE LEITURA, AAL, ABORDAGEM COMUNICATIVA, entre muitos outros) de acordo com a necessidade do momento de aprendizado de cada educando.

O professor deve ter como objetivo ensinar a língua e não sobre a língua. Língua é o que o conjunto de falantes nativos de uma língua dizem e não o que um grupo de pessoas acham que eles deveriam dizer. A gramática normativa, muitas vezes, aponta como deveriam ser usados os termos, porém não corresponde a língua falada por seus usuários. O educando precisa entender toda essa complexidade, daí a necessidade de adquirir competência para interagir o aprendizado às situações reais.

Não podemos definir até que ponto a metodologia empregada faz a diferença entre o sucesso e o fracasso da aprendizagem, pois o aluno tanto pode deixar de aprender como aprender com sucesso apesar da abordagem usada pelo professor. Reforçamos então nossa idéia de que o importante é ter a sensibilidade de reconhecer quando um método está sendo útil para o aprendizado e usar essas abordagens como fator facilitador para se atingir os objetivos propostos.

Nenhum método é bem sempre, nem serve para qualquer pessoa, cada um precisa de um olhar diferenciado, da mesma maneira que cada paciente precisa de um olhar diferenciado de seu médico, ainda que sua doença seja a mesma de muitos outros.

COMO A LEITURA INFLUENCIA SUA VIDA?

Independente de qualquer tipo de leitura, todas tem seu significado e passam alguma mensagem sendo elas positivas ou negativas. As negativas parecem que deixam marcas, mas geralmente passageiras que com o passar do tempo cai no esquecimento, mas ao contrário, as positivas parecem que dão ânimo, fazem das pessoas seres que lutam para se tornarem melhores ou irem a busca dos seus sonhos.

Fazer leitura ajuda no desenvolvimento intelectual de cada um, quem lê tem um intelecto mais rápido propício a conseguir se concentrar mais facilmente, e, além disso, podem e conseguem se expressar com mais ênfase, em apresentações, teatros, e discursos. Além de ajudar também no raciocínio, em obter novos conhecimentos, aprender novos vocabulários, enfim auxilia em todos os aspectos.

Damos o exemplo da escrita, quando uma pessoa for prestar um determinado vestibular se ele tiver uma carga grande de conhecimento, com certeza ele se sairá bem na prova de redação, pois as idéias irão fluir na sua cabeça tornando a prova simples. Digamos que em uma entrevista de emprego onde ele tenha domínio de vocabulário, certamente ele vai causar uma boa impressão, onde passará na frente dos outros concorrentes.

Cabe ao professor o papel de fazer crescer cada vez mais o numero de crianças que se interessem pela leitura, despertando a curiosidade e desenvolvendo estratégias de compreensão. Lembramos que ler também é comunicação "Ler, dentro desta visão, é um processo interativo como conversar ? porque tanto o leitor como o escritor dependem um do outro" (Nuttall 1982).

Atualmente diversos livros estão sendo escritos já para chamarem a atenção, eles vem bem coloridos, cheios de desenhos e imagens 3d, onde as crianças ficam impressionadas com as formas e acabam se interessando pela historia contada, fazendo que cada vez mais eles queiram saber das historias que cada livro trás de diferente.

Enfim leitura só traz benefícios a nossa vida, faz a gente crescer moralmente, intelectualmente, e espiritualmente, nunca é tarde de mais para fazer deste exercício uma forma de prazer nas nossas vidas.

Como diz Francis Bacon ? "A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita exatidão".


O MAIOR DESAFIO DO PROFESSOR:
ENSINO VS APRENDIZAGEM

Levando em consideração a educação pública no nosso país o professor tem uma grande dificuldade em ensinar, devido a fatores importantes para que isso ocorra, é o que relata uma reportagem da Revista Galileu de Fevereiro de 2007 na edição 187: " Classes lotadas, alunos desinteressados, material ultrapassado e salários baixos. Com certeza não é isso que ninguém gostaria de enfrentar em seu dia-a-dia"

Os docentes de escolas públicas passam por isso todos os dias, pois o excesso de alunos em uma mesma sala dificulta muito o ensino, ou você dá atenção para uns ou dá para outros, dificilmente conseguirá atender a todos. O desinteresse de alguns é definitivamente triste, ao mesmo tempo em que não presta atenção, fazem com que os outros colegas também não prestem, diminuindo o rendimento da sala. Muitas vezes o material utilizado em sala de aula é muito ultrapassado, o que leva ao desinteresse do aluno pela leitura e pelo aprendizado, temos que nos adaptar com a nova era, com a nova tecnologia, fazer com eles se interajam e isso só é conquistado se falarmos a mesma língua.

Por fim , o pão nosso de cada dia , o salário, que é tão almejado por todos os trabalhadores, a Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) divulgou em outubro as principais estatísticas sobre a situação dos professores no Brasil em 2002 e uma dessas estatísticas é o Rendimento Médio Mensal do Professor, que mostra o quanto o professor não é devidamente reconhecido pelo seu trabalho, pois uma sociedade só é construída através de uma boa, ou melhor, excelente educação e cabe ao Governo reconhecer e incentivar.
Veja os dados abaixo:
PERFIL DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
O Inep divulgou em outubro as principais estatísticas sobre a situação dos professores no Brasil em 2002. Aqui estão algumas delas. A pesquisa está no site www.inep.gov.br.
PROFESSORES ATUANDO
EI: 259.203
1a a 4a do EF: 809.125
5a a 8a do EF: 800.753
EM: 468.310

RENDIMENTO MÉDIO MENSAL DO PROFESSOR
EI: R$ 422,78
EF de 1a a 4a: R$ 461,67
EI de 5a a 8a: R$ 599,85
EM: R$ 866,23

FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
14,7% do EI: Formação superior
18,3% de 1a a 4a do EF: Licenciatura
70.7% de 5a a 8a do EF: Licenciatura
74,9% do EM: Licenciatura

Cursos de graduação com licenciatura
1991: 2.512
2002: 5.880

Vagas nos cursos públicos de licenciatura
1991: 74.808
2002: 153.889

Concluintes em licenciatura
1991: 103.875
2002: 176.569
EI: ENSINO INFANTIL; EF: ENSINO FUNDAMENTAL; EM: ENSINO MÉDIO

Além de todos esses fatores, muitos professores não possuem o conhecimento que deveriam ter para estar na frente de uma sala de aula. Segunda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), até 2006 os professores do Ensino Fundamental e Médio precisam ser formados em um curso superior de licenciatura, infelizmente não é isso que acontece, dados da Inep mostram que quase 30% dos professores de 5ª a 8ª série e do ensino médio atendem a essas exigências da LDB. "O governo para ajudar nessa formação tem investido por meio de cursos de ensino a distância", diz a reportagem da Revista Galileu na mesma edição (187).

Para termos o reconhecido valor com profissionais da educação devemos cumprir com muita importância as exigências da LDB, pois a aprendizagem do professor é contínua e nunca deve parar; aproveitar as oportunidades dadas é dar espaço para se transformar em um super educador.


A PRECÁRIA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA.

Estamos imersos em um mundo totalmente interligado por meio de tecnologias super avançadas. As informações são passadas para o mundo todo o tempo real, sejam elas de qualquer natureza. Coisas são criadas de tal forma que nos espantamos com tanta tecnologia. Estamos, portanto falando de um mundo globalizado, interligado, avançadíssimo e, de tal forma, que nossa "mortal" imaginação já não o acompanha mais. Mudanças bruscas e rápidas acontecem constantemente. O que hoje olhamos, procuramos entender e julgamos super moderno, amanhã já estará ultrapassado. Tudo se remova com muita velocidade e precisão no mundo atual. E, no entanto, em meio a toda essa corrida ao progresso, podemos dizer, as nossas escolas publicas, esfaceladas e sucateadas, tem contribuído para esse tão acelerado progresso cientifico e tecnológico? As queixas relacionadas à estrutura física e conservação da escola, segundo professores: são as salas de aulas muito sujas, espaços sem nenhuma beleza, sujos cheios de matos, com vidros quebrados, pastas que não fecham, janelas que não abrem, ventiladores (quando há) quebrados, banheiros mal-cheirosos, quadros brancos quebrados e riscados, disso eles reclamam diariamente. Outro problema enfrentado pelos professores é a falta de garagem para seus veículos daqueles que os tem, é claro. Acontece que alguns alunos, sentindo se ameaçados ou humilhados por seus professores, demonstram isso e talvez, joguem esse sentimento para fora, danificando os bens matérias dos professores. Desta forma, riscam e quebram carros, furam pneus, tiram retrovisores, calotas e etc. Isso é motivo de angustia para o professor.

Mas o que se pode observar de modo geral, é que a falta de espaços físicos agradáveis e adequados dificulta o trabalho docente e o desanima no desenvolvimento de sua tarefa dentro a instituição escolar. Porém, junto a essa queixa está a tensão sentida cotidianamente pelo professor.

As instituições escolares, hoje, estão sendo estruturadas e mantidas com alguns programas nacionais onde são destinadas verbas à escola com objetivos específicos tais como pequenas reformas, e material permanente como mobiliários, além da própria merenda escolar, etc.

Estes programas, quando bem aplicados pelos gestores escolares, tem contribuído para amenizar as condições de trabalhos na escola. Porém, mesmo em uma escola onde aparentemente os recursos destinados são bem aplicados, a falta ainda é um imperativo grave.

Juracy Machado Pacífico: Mestre em Psicologia escolar e do desenvolvimento humano.Professora do curso de pedagogia da UNIPEC.


O PERFIL DO ALUNO

O perfil do aluno muda com a influência de vários fatores físicos e químicos do meio em que vive. É mais fácil fazer um perfil desejado, imaginado do aluno.

O aluno que dá problema em sala de aula normalmente vem de uma família desestruturada com grande influência negativa do ambiente familiar, do lugar onde mora, principalmente dos amigos.

Para fazer o perfil de um aluno está em perceber, compreender o quotidiano dele.

Os princípios básicos vêm de casa. Se os pais participam da vida escolar de seus filhos aumentam 20% o rendimento escolar. Os pais deveriam dividir a responsabilidade com a escola.

A obrigação do aluno é estudar. Então vamos cobrar. Colocar limites.

Outro item a ser questionado é: Será que o professor dá aula que vale a pena? Muitas vezes falta metodologia do professor. O professor não consegue dar o que planejou porque se houver desinteresse dos alunos, gera indisciplina.

Mas, os professores também não sentem motivados porque o governo não os valoriza.

Um pouco de culpa cabe também à escola que muitas vezes não tem estrutura física, e com material ultrapassado. A direção com pessoas que não tem capacidade.
Temos que valorizar mais a educação.

Para se falar em perfil de aluno precisamos analisar e relacionar com percurso escolar, a saúde, o meio familiar, as atividades extra escolar, o governo.


O PROFESSOR IDEAL

O bom professor ou o professor ideal, se assim que podemos chamá-lo, aquele que está atento com as mudanças do tempo, e falando em nosso tempo, que se preocupa com os avanços tecnológicos para se aproximar dos alunos, de outros profissionais de sua área e do conhecimento.

O profissional da educação (mais precisamente o professor) precisa ter uma série de qualidades e colocá-las em prática:

? Falar e intermediar com clareza para que os alunos não fiquem com dúvidas;

? Interpretar os temas atuais usando uma linguagem de fácil acesso para que os alunos entendam;

? Buscar o máximo de prazer na profissão, ser alegre e repassar isso para as pessoas;

? Acreditar e respeitar no potencial de cada aluno percebendo os diferenciais de cada um;

? Se motivar e procurar o melhor se atualizando com o conhecimento;

? Usar de artimanhas como jogos e brincadeiras educacionais (xadrez, quebra-cabeças, jogos da memória...), para proporcionar curiosidades, desafios e motivação aos educandos.

"Embora seja muito importante, não baste ter conhecimentos para fazer o aluno aprender". Estudo feito pela pesquisadora Marceli Lopes, psicóloga e mestre em educação.

Aqui percebemos que o professor não só age como intermediador entre aluno e conhecimento, mas como educador de aspectos morais e muitas vezes fazendo o papel que é para ser da família.

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO

Todos precisam fazer a sua parte assim como os professores tem o dever de ensinar, os alunos têm o dever de aprender e os pais sempre presentes na vida escolar do filho em todo o momento. Quando esse objetivo for alcançado, com certeza a escola do amanhã será bem melhor. E como um veículo automotor. Para que o veículo possa funcionar com perfeição é necessário que o motor esteja bem regulado, a bateria em perfeito estado de conservação e também não pode faltar óleo e nem água no radiador.

A escola da mesma forma, pois quando ocorrer essa interação entre escola, aluno e família ocorrerá a perfeição. O professor tem a função de ensinar seus alunos com amor, paciência e principalmente o respeito que tem de haver entre ambas as partes.
Mesmo que seja uma classe barulhenta, o professor tem que aprender a trabalhar com esses alunos e se for possível buscar apoio psicológico e fazer com que esses alunos consigam acompanhar a matéria e até mesmo conseguir sua formação .

A direção deve chamar o responsável por esses alunos para que se descubra o porque esses alunos agem desta maneira e procurar ajudar esses alunos para que eles possam ser um alguém no futuro. É isso que precisa ser feito para pois se a direção da escola passar esse apoio para a família e essa família aprender a lidar com esses problemas, as coisas serão diferentes.

REFERÊNCIAS

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CAIADO, E.C. A importância da parceria família e escola. Disponível em <http://www.educador.brasilescola.com/sugestoes-pais-professores/a-importancia-parceria-familia-escola.htm#> Acesso em out. 2009.
CHAGURI, J.P. A importância da Língua Inglesa nas séries iniciais do Ensino Fundamental. In: O Desafio das Letras, 2, 2004, Rolândia. Anais Rolândia: FACCAR, 2005.
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JUSTE, M, Na frente da sala de aula. Disponível em <http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT638980-1720,00.html> Acesso em: fev. 2009.
MOÇO, A. Indisplina: Como se resolve? In: Nova Escola, n.226 ? out 2009. p. 82 ? 89.
PAIVA, V.L.M. O. O lugar da leitura na aula de língua estrangeira. Vertentes, n.16 ? jul / dez 2000. p.24 ? 29.
VICHESSI, B. O que é indisciplina? In: Nova Escola, n.226 ? out 2009. p. 78 ? 81.
ZACHARIAS, V.L.C.F. O que são realmente dificuldades de aprendizagem. Disponível em <http://www.centrorefeducacional.com.br/adificeis.htm> Acesso em: out. 2009