A evolução da lingerie

Por Vinicius D' Amato Vaz | 16/05/2014 | Saúde

Usadas por mulheres do mundo todo, as lingeries são as peças de baixo da vestimenta das mulheres, composta por sutiãs, calcinhas, camisolas, cinta – ligas, espartilhos, shorts e outras peças que despertam a libido e o imaginário de ambos os sexos. São mais de 3 mil anos de história, com uma mudança significativa em relação aos modelos iniciais, conheça um pouco da história e da importância da lingerie.

O início

Evolução da Lingerie

Mais ou menos há mil anos antes de Cristo, as mulheres em Creta já usavam corpetes simples para sustentar a base do busto, deixando os seios nus. Elas se inspiraram na Deusa das Serpentes, um ideal de beleza feminino na época. As mulheres da idade média já usavam peças como o corselete, como a cota, uma túnica amarrada com cordões e o bliaud, algo como um corpete que poderia ser amarrado nas costas e nas laterais. O bliaud apertava o busto com uma espécie de couraça costurada a uma saia usada por baixo das roupas. Outras peças também surgiram na idade média, das quais se destacam o surcot, um colete em cima do vestido e o sorqueire, uma peça justa que ficava abaixo do busto.

Nos séculos seguintes XV a XIX a lingerie mais usada foi o espartilho, mas que causou problemas à saúde e desconforto. Quem queria manter aquela cinturinha podia se encrencar com problemas sérios, principalmente na coluna. Os seios são o principal foco, sendo estes forçados para cima por cordões apertados amarrados na parte de trás. Durante esse período as calcinhas também já tinham se tornado popular, mas não eram do jeito que são hoje. Elas eram conhecidas como ceroulas e seu comprimento chegava até os joelhos, que com o tempo foram diminuindo até chegar aos tamanhos atuais.

Século XX

As mudanças mais significativas na lingerie ocorrem principalmente pelas mudanças culturais e as exigências do público feminino, sobretudo no século XX, causada principalmente pela evolução tecnológica. Surgiram novos materiais, tornando a lingerie mais confortável, durável e também menores. O próprio espartilho já era mais flexível, tornando a silhueta feminina mais “normal”, mas foi o sutiã, o invento mais interessante da época. Patenteado em 1914, essa peça foi desenvolvida para as mulheres que trabalhavam em fábricas, pois era necessária uma roupa de baixo que permitisse maior movimentação e mobilidade. Os primeiros sutiãs possuíam armações de metal e eram feitos de algodão.

Logo o espartilho seria substituído pela cinta, que diminuía a silhueta e permitia mais mobilidade que o espartilho. Outras criações foram surgindo nos anos seguintes, alavancados pelas mudanças de comportamento da época. A moda das roupas justas e cinturas marcadas era predominante, com a criação também das cinta – ligas e meias 7/8, uma peça mais sexy, que meche até hoje com a sensualidade e libido das pessoas.

O sutiã também foi de grande importância para a emancipação de mulheres do mundo todo, mostrando uma mudança de comportamento, sobretudo com a queima em praça pública, em um ato pela liberdade feminina. Ma década de 80, algumas afirmaram usar nada por baixo das camisas, mostrando que os valores poderiam ser modificados.